Frio e Fogo - por Tynah

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Frio e fogo

Capítulo 1: Capítulo 1
(por tynah , adicionado em 17 de Outubro de 2006)

Eu sempre gostei muito de dançar, era algo que me encantou desde criança, e por toda minha vida quis trabalhar com isso. E após muitos anos de dedicação esforço e sacrifícios hoje eu era uma conçeituada professora de dança e tambem de ginástica e musculação.
Vivia agora em Florianópolis, mas passara parte de minha juventude nas academias da Califórnia, fui a convite de uma garota com quem eu namorava na época ela era de lá e estava no Brasil fazendo intercâmbio, assim nos conheçemos.
Desde que me formei em educação física e concluí um curso de dança em Salvador; para mim não havia melhor lugar para se desenvolver a habilidade da dança, que não fosse na Bahia. Tive ótimos empregos lá fora, pois todos querem aprender a dançar como as brasileiras e então uni o útil ao agradável e consegui me realizar profissionalmente e emocionalmente, pois trabalhar com o corpo e para o corpo era algo que sempre fiz com prazer.
Já estava devolta a minha terra natal a mais de dois anos, enfim consegui comprar a casa dos meus sonhos, era simples de madeira clara com uma varanda bem grande onde eu estendia minha rede e passava horas ali olhando o mar que ficava a pouquíssimos metros da casa. Eu morava com dois labradores, um casal; Barth e Meg, meus fiéis amigos e companheiros. O resto da família tbem moravam naquela praia porém um pouco mais afastados, no centro da cidade.
Mas pra mim não havia melhor lugar do que aquele pedaçinho de paraíso.
Aos 35 anos de idade eu já não estava mais em busca de alguem, um amor. Sempre fui movida pela paixão, pelo momento, nunca fiz planos ou algo assim quando surgia alguem em minha vida eu procurava fazer tudo, viver tudo de uma forma intensa e apaixonante e quando a paixão acabava, restava a amizade e eu ja estava de coração aberto a uma nova emoção.
Uma de minhas melhores amigas, Alice dizia que esse meu modo de conduzir a vida era uma receita para a eterna juventude, pois eu nem de longe aparentava os 35, meus cabelos muito negros e longos até a cintura lisos, porém nas pontas formavam leves cachos, eu os mantinha sempre assim, apenas cortava as pontinhas quando estas estavam muito queimadas, pele bronseada e macia, e o corpo era sempre em forma, afinal minha profissão o mantinha assim, não era muito alta mais sempre fui mais alta que minhas ex namoradas e eu gostava disso. Mais o que me deixava com a aparencia de mais jovem, eu acreditava que era minha felicidade, meu jeito tranquilo de levar a vida, eu era feliz e isto era perçebido por todos os que me rodeavam, eu estava sempre pronta pra rir. E até aquele momento eu pensava que minha vida era completa, ledo engano.

..............
Tarde de quarta feira e era um dos dias mais agitados da academia, era início de verão e todos estavam querendo correr atrás do tempo perdido, queriam perder os quilinhos que conquistaram no inverno. A todo momento mais alunos chegavam procurando por milagres, ou seja, exculpir seus corpos em dois ou tres meses, era até divertido ver o empenho com o qual eles começavam as aulas. Eu era sócia desta academia juntamente com Alice, e em dois anos a academia havia crescido muito tornando-se a terçeira mais requisitada da cidade.
Eu acabava de prender meus cabelos num rabo de cavalo bem no alto da cabeça, pra iniciar minha última aula do dia quando Suzana; a recepcionista da academia irrompeu o vestiário de forma brusca e apressada.
-Clara, vc não acredita!-Ela falava de uma forma exageradamente chocada o que me fez preocupar-me.
-O que foi menina, o prédio vai explodir?!- Aproximei me dela e segurei seus ombros.- Fale. O que houve?
Ela respirou fundo e falou:
-Adivinha quem acabou de falar comigo ao telefone?-Antes que eu pudesse abrir a boca ela continuou.-Vc nunca vai adivinhar é a coisa mais incrível que eu...
-Pelo amor de Deus criatura fale de uma vez, que me matar de curiozidade?
-A secretária da mulher que esta dando o que falar aqui na cidade...acabou de ligar, a senhora Antônia Cândido...vai fazer academia aqui!
No mesmo instante me veio a mente o documentário que eu ja havia lido a respeito daqula mulher, havia lido em uma revista, sobre a vinda dela para o estado, viera a negócios, ela era conheçida por ser uma mulher poderosa no meio empresarial, por sua imensa fortuna que lhe fora herdada do pai e que soubera administrar e ampliar com maestria. Sabia que ela era de origem portuguesa e que vivia lá, era tudo o que sabia. No entanto no momento todos falavam dela devido aos altos investimentos que ela vinha fazendo por todo o estado, inclusive a construção de shoppings e fábricas por várias cidades Catarinenses.
Agora eu observava a euforia da menina loira de 24 anos que vibrava a minha frente diante da notícia.
-Não é maravilhoso! Ela vai atrair mais e mais clientes pra nós vc não acha?
-Eu acho que vc é uma menina muito doidinha! Não creio que esta mulher venha fazer academia aqui, mais mesmo que ela venha, acho melhor vc não ficar gritando isso por aí, talvez ela tenha optado por uma academia modesta justamente para evitar assédios!
-È mesmo, acho que vc tem razão. Vou ficar quietinha.
Eu simplesmente adorava o jeito infantil de Suzana, era contagiante, aproximei-me dela e a sacudi pelos ombros em um gesto de brincadeira:
-Agora va trabalhar sua pirralha, ou te dou uns bons puchões de orelha!
-Sim senhora chefa!
Disse ela batendo continencia e saindo do vestiário em desparada.
Eu fiquei ali rindo daquela loirinha boba.

-Poxa vida eu estou esgotada hoje, Alice! Eu havia acabado minha aula e estava agora na sala de Alice esperando-a para ir embora. Me atirei no sofa cor creme que tornava aquela sala aconchegante e elegante.
-É foi um dia bem corrido mesmo. Mais agora me conte o que achou da idéia de termos uma empresária tão importante em nossa humilde academia?
Abri meus olhos e preguiçosamente respondi:
-Ai, eu acho que ela será bem vinda assim como todos os nossos clientes e...se fosse uma atriz ou uma cantora, sei la! Mais eu acho que será mais uma, ela não é tão conheçida assim.
-Eu sei, mais eu e vc sabemos quem ela é!
-Quem ela é?
-Além de uma mulher muito poderosa la na terra dela e acho que apartir de agora, aqui tbem, dizem que ela é uma mulher estremamente difícil de se lidar, uma pedra de gelo!
Eu fiquei por alguns instantes pensativa pra depois comentar;
-Olha amiga, desde que essa pedra de gelo não quera esfriar o nosso ambiente por mim ela pode ser o que ela quiser, agora vamos que estou morta de fome.

Cheguei em casa como sempre, as nove e meia da noite, assim que estacionei meu carro na garagem fui recepcionada por meus adoráveis cães, Meg pulava em mim e por um instante achei que fosse cair.
Com muito custo entrei em casa seguida pelos dois, Barth logo foi deitar-se no sofá enquanto Meg me acompanhou até meu quarto.
Tomei um longo banho, fazia muito calor, senti uma vontade imensa de tomar um banho de mar, mais desisti. Coloquei o peixe que minha mãe havia preparado pra mim, no microondas e fiz um suco de cajú, uma de minhas bebidas favoritas. Peguei os pratinhos de Barth e Meg, abasteçi com muita ração e os servi. Eles devoravam tudo com um apetite voráz de sempre.
Agora era minha vez de comer, estava faminta, no entanto no instante em que levava o o garfo a boca o telefone tocou.
Suspirei fundo e corri pra atender:
-Oi.
-Oi amiga, sou eu...
-Alice. A amiga que gosta de me fazer passar fome!- Disse com falsa irritação para logo em seguida rir antes de perguntar:
-Fala querida, o que houve?
-Preciso de um favor de irmã!
-Ai meu Deus, aí vem bomba!
-Quero que seja uma espécie de personal trainer da senhora Antônia por duas semanas!
-O que?
Eu não podia acreditar no que acabava de ouvir.
-Deixa eu explicar, tá! A secretária dela me ligou a dez minutos, disse que havia ligado pra academia mais só a Suzana estava lá, então ela lhe deu meu telefone.
-Continue...
-Bem, me pareçe que por problemas de saúde, a empresária precisa praticar exercícios físicos, mais não tem tempo e nem...paciência pra encarar uma academia.
-E...
E então ela quer alguem na casa onde ela está hospedada, tres veses por semana pra auxilia-la nos exerçícios.
-Mas...
-E a secretária dela disse que ela quer alguém competente, experiente e que não seja nenhuma curiosa ou expeculadora!
-Alice eu...
-Então eu falei seu nome e prometi a ela que estará lá amanhã as oito horas da manhã sem falta!
-Vc não fez isso!
Senti um frio esquesito no estômago, Alice apressou-se em se justificar:
-Amiga por favor, não estamos em condições de recusar clientes ainda mais do porte dela, ela vai pagar o triplo do que vc ganha por aula!
-Mais...o triplo?!
-Sabia que iria se interessar, agora ouça que vou te passar o indereço.
-Alice vc me paga!- Ela tinha razão, uma oferta dessas não estavamos em condições de recusar, eu algumas vezes ja havia trabalhado como personal mais não gostava muito era preferível uma sala com mil alunos do que com um apenas. Mais eu iria encarar afinal eu era uma proficional.


A casa era simplismente um sonho, ficava numa das praias mais sofisticadas da cidade, ficava no alto de uma montanha de onde se podia ver o mar por todos os lados, o jardim parecia uma obra de arte, eu no primeiro momento achei que estivesse em um spa, mais logo peçebi que se tratava de uma casa mesmo aliás uma mansão. Fui recepcionada por Maria a secretária particular da tal senhora, era uma mulher muito bonita olhos verdes cabelos loiros, curtos aparentava não ter mais de 40 anos, usava um terninho cinza o que lhe dava um ar executivo, e claro usava óculos:
-Oi, vc é a Clara não é!?Perguntou ela apertando minha mão.
-Sim, sou eu Clara Assis.
Eu ainda estava boba com o lugar, por dentro era ainda mais espantoso, tudo empecávelmente arrumado, flores e folhagens decorando todo o ambiente inclusive alguns coqueiros!
-Bem Clara eu gostaria que vc aguardasse aqui, a senhora Antônia ainda não acordou e...acho que se esqueçeu do compromisso. Encomoda-se em esperar um pouco?
Ela tinha um leve sotaque Português, mais quase que passava desperçebido.
-Claro que não, imagina eu espero sim.
-Òtimo, eu vou ver se ela já...
Nesse instante eu ouvi passos vindos do andar de cima, e em seguida vi uma mulher surgir no início da escada.
Mesmo a distância perçebi que se tratava de uma mulher bem alta, mantinha um rabo de cavalo bem na nuca, usava uma camisa branca e uma calsa social azul marinho.
Ela ficou por alguns segundos lá parada olhando pra nós, eu fiquei sem saber o que dizer e me pareçeu que Maria tbem.
-Posso saber o que vc faz aqui?
Sua voz era grave, firme, enquanto ela indagava, descia lentamente os degraus da escada.
Maria corou naquele momento antes de responder por mim.
-Ela veio para sua aula senhora Antônia e....
-E eu posso saber quem autorizou essa AULA a essa hora?
Ela mantinha as mãos nos bolsos da calça, agora estava a minha frente, seu olhar me causou um calafriu, mais mantive-me a olha-la o fato de notar que ela era mais alta que eu e se mostrar claramente contrariada com minha presença me intimidou um pouco mais me mantive impassível!
-Acertamos isto ontem com o doutor Eduardo, a senhora não se lembra?
-Isso então é entre vc e o doutor Eduardo. Não acertei nada com ninguem e quero essa moçinha fora da minha casa agora.-E olhando fixamente para sua secretária ameaçou:-E da próxima vez que tentar tomar decisões em meu nome, vc será demitida no mesmo instante entendeu! Vi os olhos de Maria encherem-se delágrimas. Então novamente ela me olhou
de uma forma tão repulsiva, com um desprezo que eu me senti muito mal, e no instante seguinte senti uma raiva que a muito tempo não sentia. Vi Maria desdobrar-se em argumentos e a cada momento ficar mais nervosa ainda, mais a outra mantinha-se inabalável.
-Vc é surda por acaso?
Foi a pergunta fria e petulante da mulher, dirigida a mim.
Nesse momento me vi tomada de uma raiva que não pude mais conter. Olhei-a bem no fundo dos olhos e desatei a falar:
-Olha aqui dona, quem vc pensa que é pra tratar a mim e a essa coitada dessa forma?
Vi claramente a expressão de surpresa da outra e isso me fortaleçeu, quando ela quis falar eu a interrompi:
-Pensa que só porque tem dinheiro tem o direito de tratar as pessoas como seus escravos?-Aproximei-me dois passos dela e aí sim notei o quanto ela era mais alta do que eu, mais não me intimidei, fuzilei-a com os olhos e concluí:-Pois saiba que da próxima vez que vc olhar pra mim dessa forma ou tentar me agredir com palavra, eu quebro a sua cara!
Saí apressadamente porta afora sem olhar pra tras apenas com a imagem daquela mulher insuportável na minha memória.




Capítulo 2: Cap 2
(por tynah , adicionado em 20 de Outubro de 2006)

Dirigi em alta velocidade por todo o trgéto até a academia, as belas praias, as encostas, as pessoas bonitas no caminho me passavam desapercebidas. Eu não conseguia deixar de pensar no quanto aquela mulher me irritou no quão fria e arrogante ela era. A muito tempo eu não me sentia com tanta raiva de alguém.
Tive um dia muito agita na academia, Alice ao saber do que ocorrera quis tomar providências, ligar pra mulher, mais eu decidi que queria esqueçer aquele episódio e não queria mais falar sobre o assunto. Foi o que fiz, trabalhei o dia todo, e como ainda não me sentia muito bem, fiquei até mais tarde na academia e passei meia hora dançando sozinha numa sala ao som de Enia, sua música leve e profunda tinha o dom de me acalmar, e fui pra casa um pouco mais tranquila.
No entanto logo que cheguei tive a agradável surpresa de encontrar minha mãe na cozinha preparando minha comida preferida; anchova ao molho de camarão. Eu a saudei com um gostoso beijo e abraço e corri pro banho, nesse instante me esqueçi totalmente de Antônia Candido.

Enquanto saboreavamos aquela iguaria divina, eu ouvia as últimas notícias da família, apesar de morarmos na mesma cidade eu pouco os via devido ao exesso de trabalho mais no domingo todos nos reuníamos para um belo almoço.
Minha mãe adorava a cozinhar descubrira esse talento quando ficou viúva, época em que eu tinha 12 anos, como ela não trabalhava enquanto era casada ficou desolada diante da perca de Jonas, e teve de virar-se para me sustentar daí começou a fazer salgadinhos pra vender na praia e logo ficou muito conheçida, um ano depois ja tinha seu próprio quiosck na praia e foi nessa época que conheçera Sanches meu padrasto, um Argentino que se encantara com o sorriso de Mara ele tbem era viúvo e resolvera mudar de vida, vindo morar definitivamente em Florianópolis juntamente com os filhos Juan na então com 15 anos e Diego com 18. Minha mãe os adotara como seus assim como Sanches, como sua filha caçula. Eramos muito felizes morando todos juntos até que meus irmãos se casaram e mudaram-se para suas casas em outras praias, porém em Florianópolis. E eu parti em busca de novas conquista tendo sempre o apoio de toda a família.
Agora ouvia atentamente os comentarios que minha mãe fazia a respeito das novas aventuras de seu pai:
-Sabes que ele agora depois de velho, está dizendo que fará trilha com o Juan nesse fim de semana, acha que eu vou deixar? Não mesmo, ele já tem 60 anos não é mais criança!
Eu observava a mulher a minha frente, que mesmo ja tendo seus 55anos era muito bonita e elegante,mantinha os cabelos curtos e bem escovados, tinha um rosto leve e os olhos negros e profundos, realmente ainda era muito bonita.
Sorri pra ela e começei a me levantei levando comigo os pratos e talheres pra pia:
-Mãe eu acho que não tem nada de mais vc deixar que ele se divirta afinal ele mereçe. Ja está aposentado, trabalhou a vida toda e...
-Não o defenda Clarinha! Eu sei que os anos e anos de taxista dele foram de muito trabalho, mais agora ele tem que descansar!
-Ok, minha mamãezinha mandona. Vc é quem sabe, mas eu acho...
-Não acha nada, agora me conte como vc está. Chega de falar naquele velho metido.
Eu ria muito daqueles comentários, e assim falamos um pouco sobre o meu trabalho e tentei ocultar-lhe o que havia aconteçido naquela manhã entretanto, quando estávamos sentadas na escada da varanda com Meg e Barth nos fazendo companhia, ela por alguns segundo ficou a me observar e em seguida endagou:
-Aconteçeu alguma coisa no trabalho que te chateou minha filha?
Eu apenas suspirei e sorri, meio contráriada, mais acabei concordando e relatei a ela tudo o que havia aconteçido naquela manhâ.
Ela ouviu tudo em silêncio mais não conseguiu disfarçar a surpresa quando soube o que eu havia dito a Antônia:
-Filha...sabe quando foi a última vez que vi vc com tanta raiva assim?
-Não me lembro.
-Vc estava com 17 ou 18 anos e havia perdido o campeonato mixto de surf onde seu irmão vençeu. Me lembro que vc correu atrás dele com o trofeu que ele havia ganhado, se eu e o Diego não segurássemos vc, iria machucar muito o coitado do Juan.
Eu apenas ri.
-A não ser que vc tenha adquirido o habito de ameaçar quebrar a cara das pessoas lá na Califórnia!
-Não mãe, vc tem razão, aquela havia sido a última vez em que eu me senti com tanta raiva, mais vc sabe que não foi por ele ter me vençido no surf!
-Eu sei. Foi o ciúmes, naquele dia vc descobriu que o Juan havia passado a noite com sua namorada a...como era mesmo o nome dela?
-Nadia. Mais no final das contas não era nele que eu tinha que bater, era nela, ele não sabia que estávamos juntas.
-Eu sei querida, naquele momento vc estava abalada, não sabia exatamente o que havia aconteçido. Aquela garota não prestava!
-Nessa idade agente não pensa muito nas besteira que cometemos, mae. Ela gostava de ficar com os vençedores, e como naquele ano eu não vençi...
Perçebi que ela me olhava curiosa, aí eu fiquei curiosa em saber o que ela estaria pensando.
-O que foi dona Mara, por que me olhas assim?
-Como é essa mulher que ofendeu vc?
-Como assim?
-Sabe do que estou falando. É bonita?
-Mãe eu não acredito que está pensando que...
-Não estou pensando nada filha, não estou pensando nada.
Mais eu percebi o olhar dela, era um olhar de quem esta enxergando além de onde eu podia ver.


.........

Tive uma noite maravilhosa, dormi muito como a muito não fazia. O episódio da manhã interior não me tirara o sono graças a visita querida de minha mãe. No entanto eu acordei atrazada e agora corria para não deixar meus alunos esperando.
Estava no trânsito quando meu celular tocou:
-Fala Alice, sei que esto atrazada mais espere que estou chegando!
-Ok, venha logo querida que preçiso de vc aqui agora!
-Estou quase chegando, tchau!
Entrei correndo pela reçepção e mal pude ver o sorrizo de boas vindas de Suzana, passei pelos corredores e subi pro segundo andar onde encontrava-se as salas da administração. Fui direto pra sala de Alice abri a porta de forma brusca, e fui surpreendida ao ve-la na companhia de uma mulher. Maria.

Vi o rosto dela rubro ao me olhar, Alice apressou-se a me alcançar na porta pois eu fiquei gelada ao prescendir o que estaria por vir!
-Venha Clara. Acho que já conheçe a Maria, secretária particular da senhora Antônia e ela...
Alice falava sem parar enquanto me guiava até uma cadeira ao lado de Maria, eu a comprimentei e sentei. Imaginando o que aquela mulher fazia ali:
-Por favor Alice repita tudo o que disse porque eu não estava prestando atenção.
-Bom...Deixe que eu explico, afinal, sou eu quem deve fazer isso.
Maria falava um pouco constrangina no início mas logo em seguida sua voz era mais confiante.
-Eu ainda não estou entendendo!
-Clara eu estou aqui pra te pedir desculpas. Eu a contratei por conta própria sem a devida concordância da senhora Antonia. Apenas eu e o doutor Eduardo, o médico dela, acertamos isto e eu agi. Afinal eu sempre atuo assim.
-Sua superiora é uma grossa!
Eu disse isso calmamente no meu tom normal de voz.
-Eu não diria grossa, digamos que ela seja muito...prática e de certa forma isso a torna...
-Fria.
-O fato Clara é que eu quero que entenda o que aconteçeu. Eu sempre tomo conta da agenda dela, eu marco e desmarco compromissos e cuido para que ela esteja a todos eles sem atrasos, faz 15 anos que trabalho com ela e a 15 anos agimos assim. O que aconteçeu foi que esta foi a primeira vez em que eu marquei um compromisso pra ela de um quase...lazer, ela não se lembrava a essa altura de nada do que o médico havia lhe exigido, ela só pensa em negócios, negócios e negócios.
Ficamos em silêncio por alguns intantes até ela continuar.
-Ela sabia que tinha um compromisso as oito horas da manhã na casa dela, mais como ela vive as voltas com acionistas e investidores e políticos etc, ela achou que iria encontrar no mínimo uma mulher com um terninho ou algo assim. Pra tratar de negócios, e não "perder o tempo dela com uma personal trainer".
Eu me levantei e fui até a janela, imaginando como alguém pode conseguir levar uma vida assim, de onde eu estava podia ber a bahia, o mar estava tão azul, com certeza Antônia nem se dera conta de que estava passando uma temporada em um dos lugares com as belezas naturais mais lindas do mundo!
Voltei-me para as duas mulheres que me olhavam e comentei:
-Tudo bem. Eu já esqueçi o que houve e...sinto muito Maria por ter que conviver com uma mulher assim.
Vi Alice se contorçer na cadeira, e me olhar de forma reprovadora.
-Mais eu...Não vim apenas me desculpar contigo Clara.
Senti o calafrio.
-Vim te pedir pra reconçiderar o que houve e ser a personal da Senhora Antonia.
-Não.
Foi minha resposta descidida.
-Por favor Clara. Conversei com ela e agora ela fará as aulas inclusive foi ela quem fez o calendário com os dias e horários e a Alice me disse que teria como remanejar suas aulas aqui e...
-Vc disse isso Alice?- Eu a fuzilei com os olhos, mais ainda mantinha minha voz calma.
Pensei por alguns instantes e a possibilidade de voltar a ver aquela mulher tão...irritante me fez sentir um medo estranho.
-Eu não sei...
-Ela ira te pagar o dobro do que iria pagar antes!
Então eu aceitei.


Novamente estava naquela mansão maravilhosa e novamente impressionada com o luxo e com a beleza do lugar. Fui encaminhada por um mordomo que me levou pro andar térreo da casa onde havia, para minha surpresa uma academia de musculação. A sala era toda de vidro, um vidro fumê, e ao lado de fora haviam duas piscinas uma coberta e a outra mais a distância, próxima do jardim. Eu estava realmente imprecionada, me aproximei dos aparelhos e vi que eram novos, então começei a mexer nos mesmos queria regulá-los.
-Ola. Bom dia.
Era Maria, como sempre usando um terninnho escuro muita simpatia, trazia uma pasta consigo.
-Oi Maria bom dia, acho que cheguei cedo não é?
-Imagina, assim é melhor, posso te mostrar os exames dela e vc vê o que ela pode e o que ela não pode fazer.
-Ótimo. Assim fica mais fácil.
-Como pode ver ela não tem nada sério, o que teve foi um susto, a pressão dela subiu um pouco além do normal e sentiu-se mal, assim que chegamos aqui. O médico disse pra ela manerar nos compromissos e cuidar mais da saúde, e a obrigou a fazer um pouco de exercícios.
-Realmente, as pessoas precisam se concientizarem de que o corpo precisa de cuidados, e o exercício físico é o melhor cuidado que podemos dar.
-Quem te disse isso?
Uma voz grave atrás de nós encerrou nossa conversa agradável:
Olhei-a de forma desafiadora, não abaixaria minha guarda àquela mulher ou ela pisaria em mim pelos próximos trinta dias:
-Os livros, as aulas, minhas experiências...Tudo isso me faz ter a certeza de que todo o ser humano precisa praticar esportes.
Ela nada disse apenas me lançou um olhar de deboche e voltou-se a Maria:
-Enquanto eu brinco de escilinha, vc continua aquele relatório que te pedi ontém, quando saí daqui vamos direto ao Shopping.
Maria apenas acenou com a cabeça e pedindo liçenca retirou-se do recinto.
Ficamos a sós, eu senti que minhas mãos suavam.
Então professora, vamos logo com isso.
Somente naquele instante notei que ela estava usando roupas de ginástica, calça de coton preta um colâ tbem preto e uma camiseta bem larga por cima, os cabelos presos num coque baixo, pareçia uma professora de balé, ela não relaxava, mantinha aquela postura de nariz em pé irritante.
-Vamos fazer uns alongamentos.
Foi tudo o que eu disse.
Eu ficava a sua frente, a uns dois metros de distância, enquanto fazia os movimentos e ela repetia, eu tentava olhar diretamente para ela mais não conseguia ela me intimidava mesmo. Mais ela me pareçia totalmente a vontade, fazia o que eu pedia e olhava-me diretamente nos olhos pareçia que conseguia captar o que eu pensava.
Dez minutos depois eu a coloquei na esteira, regulei-a de uma maneira leve para uma simples caminhada de 20 minutos, enquanto ela o fazia eu resolvi levantar alteris, era tbem uma maneira de me afastar dela, eu não queria admitir mais estar na presença dela me abalava. Ela pareçia alheia a tudo, com certeza estava pensando nos negócios.
Após seus 20 minutos de caminhada, finalizamos com mais dez minutos de alongamento, e nesse momento aconteçeu algo louco em mim; pedi a ela que se deitasse e unisse as pernas pendendo para um lado e estendesse o braço para o lado oposto, mais ela não conseguia estender devidamente os braços sem que as pernas não se movessem, então me ajoelhei a seu lado segurei suas pernas imediatamente suspirei sem perçeber, temi que ela perçebesse mais ela sequer me olhou continuava atenta a seu próprio braço que agora conseguia manter estendido, porém assim que tirei as mãos de sua perna ela voltou a posição anterior.
-Acho melhor eu segurar então o seu braço.
Me aproximei dela lentamente segurei um de seus braços, agora suas pernas mantinham-se na posição correta, estavamos muito próximas eu estava quase sobre ela porém agora olhava pra mim, eu me senti hipnotizada com aqueles olhos, e pra meu total espanto, me vi sendo atirada ao chão e senti seu corpo sobre o meu antes de ter a boca envadida por labios vorazes. Ela me beijava com fúria, de uma forma avassaladora mordia meus labios e invadia minha boca com sua lingua, eu estava sem folego ainda torpe, entre o choque e o desejo que tomara conta de meu corto, e de repente eu me agarrava a seus cabelos e sugava sua lingua com fúria, senti quando mãos ousadas tentavam invadir o interior de minhas coxas, neste instante me dei conta do que aconteçia e quis me livrar dela, não iria me entregar a alguem que mal conheçia e o pouco que conheçia não me agradava. Ela no entanto me segurou pelos punhos me forçando a continuar deitada, neste instante começei a me debater.
-Me solte... -Eu tentava falar mais ela me tomava a boca novamente.
Lutei contra ela e contra o desejo que tomava conta de meu corpo, ele desejava ser possuído por ela, mais meu consciente dizia não. Então reunindo toda a força que eu tinha, empurrei-a para longe de mim. Ela caiu para o lado e eu me levantei rapidamente. Ainda perturbada, os cabelos em desalinho mesmo estando presos, para meu spanto perçebi que uma alça de meu top havia sido arrebentada. Ambas suspirávamos ofegantes, eu não sabia o que dizer e nem foi preçiso pois vi Antonia compomdo-se rapidamente, lançar-me um olhar de desdem e deixar a sala.
Levei as mãos a cabeça indgnada comigo mesma:
-Deus, como pude deixar isso aconteçer?
Ainda tentava me controlar, controlar meu tremor quando Maria surgiu apressada:
-A senhora Antônia pediu pra avisa-la de que não se esqueça da próxima aula no sábado, ok.
Antes que eu pudesse proferir palavra ela se retirou dizendo um até logo já da porta.
Eu me sentei no chão sem saber exatamente o que tinha aconteçido e o que poderia ainda aconteçer.



Capítulo 3: cap 3
(por tynah , adicionado em 23 de Outubro de 2006)

Eu estava decidida a nunca mais voltar àquela casa, nunca mais ver Antonia Candido na minha frente, estava abalada com o que havia aconteçido, ela havia me tratado como se eu fosse uma qualquer, uma mulherzinha que ela poderia fazer o que quizesse, possuí-la quando e da forma que bem entendesse!
Fui pra casa muito irritada, liguei pra Alice avisando que não iria trabalhar naquele dia, não dei maiores explicaçoes mais ela ja era acostumada com aquele meu jeito, pedi a ela que remanejasse meus horários e incluísse meus alunos com os outros professores e pronto. Desliguei o telefone e fui pro meu quarto.
Mal entrei no quarto e fui logo me despindo, queria livrar-me daquelas roupas, o top rasgado, os cabelos ainda em desalinho, eu estava um horror. Olhava-me no espelho grande que ficava na parede perto da cama onde eu costumava ficar horas dançando, e me via agora totalmente nua, observava meu corpo detalhadamente buscava encontrar algum sinal que a outra poderia ter deixado em mim afinal, foram minutos de um desejo violento em que ambas usaram a força. Felismente não encontrei nada, apenas meus punhos doíam e eu ainda sentia meus lábios arderem. Mirei meus olhos, verdes e vivos, e perçebi que estavam brilhantes, úmidos e uma lágrima correu por meu rosto. Me sentia usada.
Passei toda a tarde na praia, tomei banho no mar, corri com Meg e barth e tentei esqueçer o maldito beijo, ao finalzinho da tarde voltei pra casa, não sem antes tomar uma gelada agua de coco no quiosque do Rico, meu amigo de infãncia e vizinho.
Eu então havia descidido que não deixaria de dar aulas aquela mulher, se fissesse isso estaria assinando a confissão de fraca, de que Antônia realmente havia mexido comigo, então eu imaginava a satisfação com que ela se livraria das aulas, que ela deixava claro que não gostava. Com certeza ela havia feito aquilo pra se diverdir as minhas custas, pra que eu desistisse ou pra que nas próximas aulas eu me sentisse acoada, então eu não iria proporcionar esta satisfação para ela, se aquilo era um jogo, então eu jogaria.

No sábado a aula seria as oito da noite e eu estava uma pilha de nervos, sentia a cada hora que passava meu coração bater mais forte, e me críticava por isso, eram ainda cinco horas da tarde e eu ja não aguentava mais de tanta ansiedade.
-Chefinha, e a festa de hoje, vc vai mesmo não é?
Ouvi Suzana falar quando eu já estava deixando a academia com minha mochila nas costas.
-O que vc disse Suzi eu não ouvi?- Eu passei todo aquele dia muito destraída, estava feliz por ser sábado e o expediênte na academia ser apenas até as cinco da tarde.
-A festa na praia mole, lembra!? Todos os nossos amigos vão estar lá, inclusive o Marquinhos ligou pedindo pra vc ligar pra ele assim que pudesse, quer saber a que horas vc estará lá!
Eu havia me esqueçido totalmente daquela festa, seria um luau, era a reinauguração do bar gls de Marcos, meu amigo da faculdade, todos os verões ele abria suas portas com uma grande festa.
-Claro. Vou sim, a que horas vc e os outros combinaram de ir?
-Entre dez e onze. Vc vai me levar não é chefinha?
Eu a olhei e vi seus olhinhos brilhando, sempre soube que Suzana tinha uma quedinha por mim mais fingia não saber, eu gostava muito dela, mais jamais a vi tendo comigo outra relação que não fosse amizade.
-Olha Suzi eu vou mai tarte porque ainda tenho que trabalhar mais tarde, lembra?
-É mesmo. A toda poderosa. Ta mais vc vai não é?
-Claro menina, se eu não for o Marquinhos não me perdoará nunca!

Agora tinha mais uma preocupação, escolher uma roupa para a tal festa, fazia muito calor então não seria tão difícil afinal, festa na praia, não se exigia muito.
Eu tentava me entreter buscando em eu guarda-roupas um vestido leve e casual para a festa afim de me esqueçer de que em mais ou menos uma hora eu estaria novamente frente a frente com Antonia~.
Eu estava acabando de calçar meus tenis quando o telefone tocou. Imaginei que fosse Marcos, deveria estar ansioso. No entanto me enganei, era Maria:
-Clara, eu estou ligando pra avisa-la de que estamos em Blumenau e não ha condições de chegarmos aí até as oito horas, pois a senhora Antõnia esta ainda em reunião, então vamos adiar a a sessão de hoje. Tudo bem pra vc?
Naquele momento uma sensação estranha se apossou de mim, eu estava triste, frustrada, desapontada.
-Ótimo. Não ha problema algum, até semana que vem então Maria.
-Bom fim de semana Clara.


Ouvi som de businas de carro do lado de fora da casa, era o aviso de que a turma toda estava a minha espera para irmos a festa. Tranquei rapidamente a casa sem antes dar tchau a meu labradores, ao chegar a frente da casa ouvi Suzana da janela do carro de Rico gritar:
-Nossa como ela está gostosa gente!
-Olha o respeito comigo garota, que levar umas paulmadas é!?
Me aproximei dos dois carros que estavam estacionados em frente a minha casa. Luana e a namorada Cíntia em um lindo vectra branco e Rico Suzana Betinho e o namorado Cristian dentro de uma corolla preto.
-Eu sou obrigado a concordar com a maluquinha, vc está um arraso!
Rico falava enquanto olhava para meu vestido branco com estampas coloridas e de cores leves, era estremamente curto, tecido fino e esvoassante, me deixaria com as costas totalmente espostas, não fosse por meus longos cabelos que estavam soltos, nos pés usava um chinelinho com tirinhas decoradas nos tons das estampas do vestido, afinal a festa era na beira do mar.
-Vamos falar sério agora, vou no meu carro, porque não estou me sentindo muito bem então assim eu volto quando achar melhor, sem encomodar vcs, ok.
Suzana rapidamente se manifestou:
-Então vou com vc!
-Não Suzi, eu ainda tenho que fazer algumas coisas antes de ir vou chegar mais tarde, vá e se divirta que logo, logo estarei lá.
Vi sua carinha de desapontamento mais logo em seguida ela já estava rindo de novo.
-Ta bom chefinha mais não demora pq a festa não é a mesma sem vc.
Ouvi Luana manifestar-se do carro atráz:
-Pare com esse puxa-saquismo Suzi, vamos logo que estamos perdendo a festa.-E dirigindo-se a mim ela concluiu- E quanto a vc moça, trate de apareçer logo na festa ou vamos sair a sua caça!
Eu ri e apenas acenei um tchau a eles enquanto via os carros se afastarem, eu não gostava de mentir, mais não queria alimentar qualquer tipo de esperanças em Suzana, tinha medo de que ela confundisse as coisas. voltei pra casa e fui direto a garagem.
Já estava na metade do caminho quando meu telefone começou a tocar insistentemente.
-Oi.-Não reconheçi o numero.
-Olá Clara, sou eu Maria.
-Me surpreendi tanto com o fato que rapidamente estacionei o carro.
-Maria?! O que houve?
-Bem, eu sei que é tarde mas, gostaria de saber se vc esta muito ocupada agora?
Eu olhei meu relógio, era mais de dez horas da noite, o que poderia estar aconteçendo?
-Bem eu...estou a caminho de uma festa agora.
-É que a senhora Antônia pediu que eu a chamasse para sua sessão de hoje.
-Mais...
`-Estamos de partida para Portugal amanhã e não sei ao certo quando vamos voltar, então ela gostaria de fazer aula hoje e amanha atarde antes de irmos e tbem paga-la, é claro.
Fiquei em silêncio por alguns instantes. Ela iria embora, e eu estava preocupada com isso, eu não podia acreditar nisso, eu estava triste com a notícia, como eu poderia estar sentindo aquilo?
Minha surpresa foi maior ainda quando eu me vi respondendo.
-Estarei aí em meia hora.

Fui diretamente pra lá, se voltasse pra casa afim de trocar de roupa, demoraria muito e gastaria muita gasolina, afinal eu não precisaria mecher um músculo, e depois iria a festa, era no mesmo caminho. Com certeza chegaria na festa por volta da uma da manhã.
Fui reçebida novamente pelo educado mordomo, ele me ele me encaminhava a sala de musculação quando ouvi uma voz atras de mim:
-Acho que atrapalhei seus compromissos.
Ao voltar-me vi Maria vindo a meu encontro.
-Oi Maria, na verdade vc não atrapalhou nada, eu vim assim justamente pq daqui irei direto ao meu "compromisso".
-Que bom, Bernardo, pode deixar que acompanho a srta Clara.
O mordomo assentiu e retirou-se.
Fomos para o andar inferior, dirigindo-nos a sala da academia;
-Estou satisfeita em saber que sua superiora, está dedicando-se ás aulas.
-Eu estou surpresa, mais acho que no fundo, no fundo a sra Antonia esta preocupada com sua saúde, e decidiu-se a levar isso a sério como se fosse negócios.
Eu apenas ri e fui até a grande janela de vidro de onde eu podia ver uma das praias, onde as ondas quebravam violentamente contra as rochas. Ouvi Maria dizer:
-Aguarde apenas alguns minutinhos, ela virá logo.
Acenei com a cabeça e ela saiu.
Continuei olhando o mar, revolto, as espumas brancas que se formavam entre as rochas, era tudo tão lindo.
Num dado momento tive a impressão de que alguem me observava então voltei-me.
Vi Antônia olhando pra mim de uma forma que fez meu sangue esquentar minha façe.
Aquele olhar durou apenas alguns segundo pois em seguida notei novamente aquele olhar frio e distante se apossar dela.
-Não te convidei para uma festa!
Apenas suspirei e achei melhor ignorar o comentário.
-Vamos começar? Tentei ser natural.
-Hoje eu não quero transpirar muito, esta muito quente. Vou fazer minha aula na piscina- E olhando pra mim de forma desafiadora continuou- Alguma objeção quanto a isso, ou vc não sabe dar aulas dentro d'agua?
-Faça como quiser, desde que faça.
Foi minha resposta quase desaforada.
Ela saiu e foi para o compartimento seguinte onde localizava-se a pscina encoberta.
Vi ela aproximar-se da pscina e começar a despir-se, senti um arrepio na espinha, ela agia como se eu não estivesse ali, usava um maiô azul, então eu a vi soltar os cabelos que vinham até os ombros, eram castanhos claros e neles haviam discretas mechas douradas. Ela afastava as mechas que lhe vinham aos olhos enquanto encaminhava-se a beira da pscina.
Eu só olhava, não queria mais não conseguia tirar os olhos dela, e o pior é que ela perçebia isto. O som forte de um corpo atingindo a agua fez com que eu disperasse do transe. Ela dava braçadas graciosas na agua e eu me aproximei lentamente. Ela nadou até a borda me chamou.
-Eu não pago a vc para ficar me olhando.
Senti meu sangue ferver, mais ignorei o comentário, afastei-me novamente.
-Bem, fique onde possa ficar em pé para podermos começar.
Ela foi até a outra ponta onde a agua alcançava sua cintura.
Ficou me olhando.
-Suspenda os braços e...-Assim começamos a mais uma torturante sessão de alongamentos.
Dez minutos depois eu lhe pedi que nadasse por alguns instantes da forma que quisesse, ela nadava muito bem, pareçia que ali ela se soltava mais.
Então vi Antõnia deixar a agua e proximar-se, fiquei impassível, ela chegou bem perto de mim e falou:
-Onde vc pretendia ir hoje?
Me surpreendi com a pergunta.
-Eu não pretendia, eu ainda pretendo e irei assim que terminar meu trabalho.
Foi minha resposta segura.
Nesse momento Antônia avançou um passo em minha direção, ficamos muito próximas, tanto que eu podia sentir seu cherio que mesmo depois do banho não a abandonara. Ela me olhou nos olhos de forma desafiadora. Vi naqueles olhos profundamente azuis que ela irritara-se com minha resposta.
Nesse instante eu senti medo. Mais não iria demonstrar a ela, então quis me afastar, ela segurou meu braço e disse:
-E quem te disse que sairá daqui hoje?
No minuto seguinte senti meus pés deixarem o chão, ela me levantava nos braços facilmente, para meu desespero:
-Me solte, sua maluca! Eu estava apavorada queria livrar-me dela mais ao mesmo tempo tinha medo de que ela me derrubasse. Meu desespero foi maior quando perçebi o que ela pretendia fazer.
-Eu não estou brincando Antônia, me solta!
Ela estava a borda da pscina, comigo nos braços.
-Tem cereza de que é isso o que quer?
Nesse instante eu me agarrei em seu pescoço. Ela queria me jogar na agua eu me desesperei.
-Me poe no chão por favor!
Ela ignorando-me totalmente e fez mensão de atirar-me, no entanto eu não a soltei e caímos as duas na pscina.

Quando voltei a tona eu pela primeira vez a vi rindo, ela ria de mim sem parar. Eu toda molhada os cabelos colados no rosto, me sentia uma completa idiota, nadei até a borda ouvindo o som irritante de sua risada. Quando estava fora da pscina ela parou de rir, e eu queria estrangular aquela mulher:
-Sua maluca idiota! Estava possessa, agora ela não ria mais no entanto me olhava insistentemente, só então perçebi que com aquele vestido molhado eu estava praticamente nua na sua frente até mesmo a calcinha branca tornara-se transparente, fiquei totalmente embaraçada.
Antonia saiu da agua e novamente aproximou-se eu instintitivamente afastei-me.
-Não chegue perto de mim sua doida, ou eu acabo com vc.
Eu tentava cobrir meus seios, que através do fino tecido molhado estava totalmente exposto, com os braços e desesperada via Antônia ignorar meus protestos e avançar em minha direção, continuei me afastando até que senti em minhas costas a gelada parede. Eu estava encurralada.
Antônia devorava meu corpo com os olhos enquanto se aproximava.
Meu coração estava descompassado, eu não sabia mais do que estava com medo.
-Fique aí, não...não chegue perto...não...-Antonia calou-me com sua boca enquanto colava seu corpo ao meu, afastando meus braços para poder sentir meus seios intumeçidos, tocou-os de forma abusada e provocante, e eu já não fazia mais nada, abandonei-me ao calor daquele toque, daquela boca, daquele corpo molhado colado ao meu, eu não queria admitir mais queria muito ser possuída por ela naquele momento.




Capítulo 4: cap4
(por tynah , adicionado em 25 de Outubro de 2006)

Era como se de repente eu tivesse sido transportada a outro mundo, a outro lugar. O que eu sentia, o que aqueles beijos e aquelas carícias me causavam, eu jamais até aquele momento havia sentido por alguém, nem mesmo por Nadia.
Antonia não parava de me beijar, e as pouca vezes em que abandonava meus lábios, sua boca se apossava de meu pescoço, minha orelhas, quando seus lábios encontraram meus seios eu senti tremores, ela os sugava através do tecido molhado do meu vestido, e aquilo me exitava mais ainda, até que ela desceu uma alça e expos um deles tocou-o e por alguns segundo ficou a admira-lo para em seguida novamente o devorar com avidez. E suas mãos...elas pareçiam multiplicarem-se, exploravam meu corpo todo e eu até aquele instante me mantinha torpe, paralizada, apenas sentindo, viajando em emoções e sensações. Aquela mulher agora avançava por entre minhas pernas a caminho de meu sexo que latejava de desejo, afastei as pernas para dar passagem a mão atrevida, quando senti o toque eu enlouqueçi e a ouvi sussurrar em meu ouvido:
-Como vc esta molhadinha pra mim, garota! Ai, que delíciaa...
Eu enlouqueçi com aquele sussurro rouco e a puxei mais para mim e começei a morde-la, procurei por seus seios atravez do maiô preto e ao alcançá-los invadi seu decote e senti aquela pele macia, eu queria beijá-los, morde-los, suga-los, mais neste exato momento Antonia bruscamente se afastou de mim.
Fui lançada novamente ao mundo real e perplexa eu a vi compor-se, dar-me as costas e cobri-se com um roupão, depois voltou-se para mim:
-Vá para dentro e peça ao mordomo que a leve até o meu quarto, me espere.
A forma com que ela falou comigo foi como se um baude de gelo fosse atirado sobre minha cabeça, seu olhar agora era novamente o da empresária, da mulher de negócios. Prática e objetiva.
Eu estava meio perdida ainda continuei parada, encostada naquela parede fria, mais não tão fria quanto a mulher a minha frente;
-Não me ouviu? Preciso fazer algumas coisas agora, depois continuamos. No meu quarto.
Mecanicamente, arrumei meu vestido no corpo, tentei com os dedos ajeitar os cabelos, consegui finalmente dar o primeiro passo. Consegui balbuçear apenas.
-Vou pra casa.
-Vc vai pro meu quarto, não consegue aguardar alguns instantes? Venha eu a levo até lá.
Ela rapidamente se aproximou e me pegou pelo braço como se eu fosse algo e não alguem. A fúria que eu ja sentira antes por ela voltou naquele instante, me vi livrando meu braço do aperto de sua mão e me afastei:
-Disse que vou pra casa!
Gritei, e ela apenas me olhou de forma cínica e dando de ombros afastou-se, eu ainda a ouvi dizer antes de ve-la desapareçer:
-Faça como quiser, boa festa srta Clara.

..........

-Bom dia menina! Vamos acorde!
Abri os olhos e vi Diego sentado a beira da cama ao meu lado acariçiando meus cabelos. Era domindo, passava das onze da manhã e eu havia me esqueçido do almoço de domingo:
-O que aconteçeu com vc? Achei que iria dormir na casa da mãe, como sempre faz quando sai aos sábados.
-Eu...queria ficar sozinha.-Nesse instante tudo voltava a minha cabeça. Antônia, eu não havia dormido a noite toda, desde que cheguei em casa, fui direto pra praia, eu chorava, me atirei naquele mar imenso, nadei por horas até a exaustão, depois sentei-me na areia e fiquei ali, pensando no que poderia estar aconteçendo, por que eu me sentia tão frágil, por que ela me abalava tanto, e o que me assustava mais era o fato de que eu me punia por não te-la obedecido e ficado em sua casa, em seu quarto, poderiamos fazer amor a noite toda...mais no instante seguinte eu me arrependia de tais pensamentos. Ela era a pessoa mais insensível que já havia passado por minha vida, e mesmo assim eu a queria.Voltei pra casa apenas quando o sol lançava seus primeiros raios, tomei um banho demorado só então minhas palpebras se cansaram e eu adormeçi.
Agora era despertada carinhosamente por meu irmão querido.
Agora ele me olhava preocupado:
-Aconteçeu alguma coisa Clarinha?
-Não meu querido, definitivamente, não aconteçeu nada!



Na casa de meus pais, como sempre fui reçebida com muito carinho por todos, estavam lá comos sempre, meus irmãos e suas esposas e filhos e meus pais.
Os filhos de Juan e Amanda eram uma comédia aparte, brincar com eles me fez esqueçer por alguns momentos a péssima noite que eu tivera. Luan e Luana gemeos de 5 anos, estavam na faze em que tudo é brincadeira, adoravam correr com meus cães enquanto Junior filho de Diego então com 13 queria apenas a tela do computador.
Assim passamos a tarde, eu tentava a todo custo não demonstrar os sentimentos incertos que me assombravam, porém no final da tarde minha mãe me chamou a cozinha e me indagou:
-Fale,minha filha!
-O que mãe?
-O que está preocupando vc?
Eu não poderia dizer a ela o que havia aconteçido na noite anterior, eu me envergonhava só de pensar no quanto eu havia sido fácil para a outra. Não queria, revelar a minha mãe, não ainda. Sabia que se o fizesse poderia me dizer coisas que eu ainda não estava preparada para ouvir.
-Eu ando com alguns probleminhas apenas, mãe mais vai ficar tudo bem eu prometo.
-Conheço vc Clarinha, mais não vou insistir, vc sabe que sua mãe está aqui pra quando vc precisar.
Eu a abraçei com carinho e senti seu gostoso beijo em meu rosto:
-Eu sei mãe, eu sei.

.........


Apenas anoite eu lembrei-me do que Maria havia dito, onde comentou sobre a possibilidade de eu dar uma aula a Antonia naquele dia pois anoite ela viajaria a Portugal! Não estranhei o fato de ela não ter ligado, com certeza depois de ter contrariado a poderosa, eu estaria demitida.
Tanto melhor, se ela pensava que pelo fato de me pagar poderia fazer o que quisesse comigo estava muito enganada. Se eu quisesse poderia processa-la!Claro que eu não faria isso, mas estava sentindo mil coisas ao mesmo tempo.
Eu sentia tanta raiva dela e ao mesmo tempo eu não queria admitir mais, pensar que não a veria mais me causava um mal estar.
Irritada com meus próprios pensamentos e sentimentos fui cuidar de meus cachorros, já passava das dez da noite, após servilos de uma boa porção de ração enchi um copo com suco de manga e fui sentar-me na rede
para ouvir o melancólico canto das ondas.
Estava perdida em meus pensamentos quando ouvi meu celular tocar na sala. Fui atender, novamente não reconheçi o numero, só poderia ser Maria, mais hoje era certo que eu não iria pra lá. Então Antonia não havia viajado.
-Alô.
-Onde vc está?
Eu tive que me sentar no sofá imediatamente, era aquela voz, a voz forte, era Antônia.
Demorei pra responder, senti minhas mãos suarem. Então ela continuou
-Estou começando a achar que vc é realmente surda.
-O que vc quer?- Consegui pronunciar com cautela.
-Perguntei onde vc está?
-Em casa, ora!
-Eu estou me dirigindo ao aeroporto, e me lembrei de que não efetuei seu pagamento na noite de ontém, então deixarei seu cheque aqui em casa, um de meus subordinados lhe pagará.
Mantive-me em silêncio e do outro lado o silencio se manteve, ficamos assim por alguns segundos, até que eu resolvi quebrar o silencio:
-Boa viagem sra Antônia Candido.
Foi tudo o que eu consegui dizer, e logo em seguida ouvi o estalido do telefone, ela desligara. Fiquei ali por alguns instantes olhando o aparelho na mão, e tentanto controlar o impulso de chorar novamente como uma criança desamparada.



Capítulo 5: cap5
(por tynah , adicionado em 27 de Outubro de 2006)

Como era lindo ver a imagem da beira-mar, com aquelas pessoas bonitas a cuidarem de sua saude. Umas caminhando outras correndo alguns praticando exercícios de musculação, cães felizes e é claro o mar, o lindo e azul mar. Eu, aquela hora da manhã, as oito e meia, fazia aquele tragéto todos os dias até o trabalho, e não me cansava de admirar, ou talvez por estar sentindo-me frágil naquela segunda-feira, depois de um fim de semana perturbador.
Pensei em Antônia a noite toda, sua voz ao telefone ecoavam em meu ouvido. E devido a noite mal dormida, estava com uma aparência horrível, tanto que logo que pisei na recepção da academia Suzana me parou:
-Bom dia chefinha tratante, que cara de poucos amigos!- Disse ela aproximando-se de mim.
-Bom diz Suzi. Não tive uma noite muito boa, e quanto a festa...não pude ir.
Ela me olhou de forma curiosa.
-O que houve?
-Querida, eu não quero falar sobre isso, ok. Mais prometo que irei na próxima festa.
-Comigo!
Vi aquele sorrizinho travesso novamente surgir no rosto da jovem.
-Vc não tem jeito mesmo não é garota! Agora me deixa trabalhar,tá!
E dando-lhe um leve tapinha no braço, me afastei.
Ainda era cedo pra minha primeira aula então resolvi dar uma passadinha na sala de Alice. E como sempre eu a encontrei as voltas com seus papeis e telefone.
-Bom dia Alice!- Comprimentei indo direto sentar-me num sofá!
Alice apenas me acenou e continuou ao telefone.
Eu fechei meus olhos aconchegada naquelas almofadas macias, e meus pensamentos novamente voltaram-se a ela. Por mais que eu me esfprçasse para odia-la, por mais que eu tentasse não pensar nela, era impossivel, eu não a odiava, eu não a tirava da minha cabeça e eu sentia um vazio muito grande em pensar que ela estava longe.
-Ei Clarinha!
Fui sobressaltada com Alice a minha frente me sacodindo.
-O que foi?
-Credo! Ta sonhando acordada, estou te chamando e vc não me ouve!
Suspirei profundamente e nada disse, fiquei olhando pra minha melhor amiga, talvez ela me esclarescesse o que eu estava sentindo.
-Ai Alice!
-Meu Deus! O que está aconteçendo? Que cara é essa?-Sua expressão de preocupação ensaiada me fez rir.
-Preciso da sua ajuda.
-Eu sabia. Manda, aproveita que temos tempo, qual é a bola da vez?
Alice estava acostumada a meus desabafos sentimentais afinal eu gostava de namorar, mais nunca durava muito e ela costumava dizer que eu gostava de colecionar corações partidos, mais eram sempre conselhos de como conquistar e depois de como terminar de uma forma que não houvesse rescentimentos, no entanto agora era diferente e ao final de meu desabafo, ela estava chocada. Principalmente ao saber de quem se tratava:
-Eu...não...acredito! Disse ela bem pausadamente enquanto levantava-se do sofá e se dirigia a cafeteira.
-Em que vc não acredita?
-Amiga, eu estou bege! Vc e a...Antônia Candido!
-Alice por favor, não existe eu e Antonia, existe apenas eu que...que...
-Que está caídinha por ela! -Agora Alice se divertia com a situação.-A sereia da ilha que hipnotizava as pobres mortais e depois cuidadosamente as dispensava...está hipnotizada por uma forasteira, eu não acredito!
-Poxa Alice eu estou falando sério! Droga! Não deveria ter te dito nada.
-Calma amiga, calma. Me desculpe!- Ela se aproximou de mim e tocou meu rosto com ternura.-Eu estou sendo horrível, desculpe. Mais eu nunca te vi assim, digo, me dizer que não dormiu por causa de alguem, de...se entregar tão rápido, lembra, como vc sempre torturava as suas ex! Cama só depois do segundo encontro!
-Eu sei e...
-E agora vc me diz que no primeiro momento em que ficam a sós quase rola e no segundo rola tudo!
-Tudo não, eu...quero dizer, ela...
-Polpe-me dos detalhes querida, sabe que se eu fosse lésbica eu tambem seria capaz de me apaixonar por aquela mulher, ela tem tanta presença!
-Vc nem a conheçe, e tem mais, quem disse que estou apaixonada por ela?
Vi minha amiga ficar me olhando bem no fundo dos olhos, eu odiava quando ela fazia isso.
-Eu...não posso me apaixonar por ela Alice, ela é...horrível, ela é fria!
-Querida, me deixa te dizer uma coisa tá! Vc sempre ditou as regras do seu coração, escolhia por quem se apaixonar. E agora amiga foi seu coração que escolheu.
-E o que eu faço? Te disse como ela me trata, e ela é de outro mundo outra realidade outro país!
-Pare de tornar as coisas impossíveis Clara! Se está apaixonada por ela, fique com ela.
-Como se fosse fácil, e outra coisa eu não vou me submeter a ela como se fosse um de seus empregados, não mesmo!
Alice suspirou e disse:
-Ela vai voltar de Portugal quando?
-Não sei, não sei mesmo.
-Quando ela voltar, aí agente volta a conversar ok!
-Não quero voltar a falar dela, não quero mais pensar nela, e quer saber do que mais, eu vou trabalhar que ja perdi muito tempo falando dessa mulher, tenha um bom dia Alice e bom trabalho.
Então eu deixei a sala dela muito irritada e prinçipalmente abalada por ter agora a certeza de que eu realmente estava apaixonada por Antônia de uma forma que nuna havia me apaixonado por ninguem.

Apenas na quarta feira tive coragem de ir a casa de Antônia buscar o cheque. Era tarde da noite eu havia saído do trabalho e resolvi ir direto até lá.
Ao chegar, mesmo que não quisesse eu tinha a esperança de encontra-la lá, eu queria ve-la, mais isso não aconteçeu. Fui reçebida pelo mordomo que já me conheçia e esperava na sala de estar por seu secretario.
Ele veio me reçeber e apresentou-se como Otávio, além de cuidar dos assuntos dela, ficava em sua casa durante sua ausençia. Simpático e muito curioso.
-Então vc tbem trabalha pra sra Antônia, Gosta?
-Eu acho que não trabalho mais.
-Por que? Foi dispensada já?
-Olha, na realida eu nem sei, mais quando ela voltar talvez eu saiba.
Ele me olhou de uma forma tão curiosa que perçebi que se não saísse dali naquele momento, seria bombardeada com perguntas
Me levantei, já fazendo mensão de me retirar.
-Bem, se já vai eu a acompanho até a porta, e espero que volte mais veses!
Não gostei do comentário tele e muito menos do olhar que ele lançou ao meu decote.
-Tchau. -Respondi friamente.
Estávamos na porta da casa quando vi um carro aproximar-se da casa. Senti um insuportável frio no estômago.
Como uma forma de proteção eu quis dirigir-me logo ao estacionamento onde se encontrava meu carro, sem ao menos olhar para Otávio.
Apenas quando eu estava dentro do carro, tive coragem de olhar para frente e ver quem estava chegando na casa, e pra minha surpresa e decepção, vi uma moça muito bonita descer do carro, cabelos longos e loiros, não deveria ter mais de trinta anos,um corpo lindo, usando um vestido prata muitoto requintado. Um mixto de patricinha e socialite.
Eu a vi entrar na casa como se fosse dona, fiquei ainda por alguns segundos ali olhando e imaginando mil coisa, até dizer a mim mesma em voz alta.
-E se for a namorada dela ou algo assim, o que eu tenho com isso! Não sou nada dela.
E saí em deisparada fazendo os pneus rangerem.


..........



-Não vou não Alice, vá vc.
-Clarinha por favor, eu iria com o Marcio mais ele viajou vc sabe, por favor eu não quero ir sozinha!
Eu olhava aquele convite muito elegante sobre a mesa, convidando os proprietários da academia a desta deinauguração de um shopping em uma praia próxima da ilha, seria um coquetel, naquela noite e pareçia ser uma festa muito requintada, muitas veses reçebíamos convites desse tipo, mais desta vez Alice estava muito empolgada, mais do que o normal. Se fosse em outros tempos eu iria com certeza, mais eu não andava muito animada para festas, queria ir pra casa e dormir.
-Em cima da hora ainda Alice, por favor, eu não tenho roupa pra uma festa assim.
-Ainda da tempo de irmos a uma loja e comprar um vestido bem lindo pra vc, eu pago!
-O que? Alice eu realmente estou te estranhando!
-Eu quero muito ir Clarinha, a tempos não me divirto sem o Marcio, sinto falta disso, vamos relembrar os velhos tempos vamos.
O olhar que ela me lançou me convençeu, e eu amava minha amiga, vi que faria muito feliz se fosse então aceitei.
Saimos mais cedo da academia e fomos as compras, Alice escolheu pra mim um vestido maravilhoso, no entanto quando eu o vesti em casa já me preparando para a festa, o achei muito insinuante, era preto, longo porem com uma fenda do lado que deixava minha perna parcialmente exposta, tinha um decote profundo e nas costas algumas tiras bordadas com pedrinhas que pareçiam cristais, era realmente muito bonito, mais eu agora ali me olhando no espelho sentia-me ensegura.
Mesmo assim fui com ele, prendi os cabelos no alto com apenas algumas mechas soltas delicadamente.
Estava em frente ao apartamento de Alice aguardando sua chegada, ela estava quase vinte minutos atrazada, mais para mim era melhor ainda, assim eu seria obrigada a ficar pouco na presença de pessoas tão diferentes de mim.
-Oi amiga, desculpe o atrazo. Vamos?
-Vamos Alice, vamos a ótima festa!


Ao apresentarmos nossos convites entramos no recinto e realmente se tratava de uma festa sofisticada, todos elegantemente vestidos, homens e mulheres bonitos em um ambiente decorado com muita sensibilidade e bom gosto:
-Viu só Clarinha, que festa! Olha só que lugar maravilhoso!-E olhando-me com malícia comentou-Viu como acertamos no seu vestido, todos estão olhando pra vc.
-Não estou querendo companhia de ninguem hoje Alice, só estou aqui por sua causa!
-Tá bom amiga, ta bom.

Eu estava feliz por ver Alice tão intusiasmada, pareçia uma criança. Logo vimos alguns amigos tbem empresários, mais amigos de Alice do que meus, mais muito simpáticos.
Quando vi que ela estava bem avontade com os amigos, resolvi me caminhar um pouco e observar os belos quadros que estavam espalhados pelo local, queria ficar sozinha,
Eu tomava uma taça de vinho quando vi um rosto que me chamou a atenção. Era a moça loira que eu havia visto na casa de Antônia, estava muito bonita, circulava pela festa de uma forma tão solta e descontraída que pareçia a dona da festa, eu acompanhei seus movimentos por alguns instantes até perçeber que o rosto dela se iluminava e ela lançava um sorriso sedutor a alguem, procurei por curiosidade pela pessoa que reçebia aquele sorriso cheio de segundas intenções, e nesse instante eu a vi.
Tive que piscar algumas vezes para ter certeza de que meus olhos não me enganavam. Era Antônia, a algunas metros de mim, ela tbem olhava para a mulher loira. Vi a outra se aproximar e dizer algo em seu ouvido, Antônia continuou imóvel conversando com várias pessoas como se a outra nem estivesse ali, a outra então saiu, e no instante seguinte Antonia ia atrás dela.
Eu senti minha boca seca, tomei todo o líquido amargo que continha em minha taça e fiquei ali, sentindo um frio no estômago, meu coração batendo descompassado e uma tristeza imensa. Estava sem ar precisava respirar, deixei a sala e fui procurar ar na sacada, pra minha sorte aquele lugar estava vazio, não havia ninguem ali e eu encostando-me no para-peito, pude fechar meus olhos e tentar controlar minha respiração.
Entretanto ao abrir meus olhos ela estava ali, bem na minha frente, mais linda do que nunca.



Capítulo 6: cap 6
(por tynah , adicionado em 30 de Outubro de 2006)

Como eram azuis aqueles olhos que me encaravam de forma tão perturbadora. Ela então, passou a me analizar e eu fiz o mesmo, pude perçeber mais ainda no quanto ela era bonita, usava um vestido que deixava seus ombros expostos, aquela pele branquinha em contraste com o vestido azul, seus cabelos estavam presos e seu rosto iluminado, eu não conseguia parar de admira-la, e torcia para que ela não perçebesse isto. Ela estava com duas taças nas mãos e me estendeu uma:
-Não, obrigado.- Ela me olhava com olhos de um predador pronto pra dar o bote.- Não sabia que estaria aqui.
-Pois eu tinha certeza de que te encontraria aqui, e sei que vc tbem sabia que me encontraria.
-Se eu soubesse que estaria aqui, com certeza eu não teria vindo!
Eu tentava manter minha voz firme e segura.
-Como eu não compareceria em minha própria festa?!
-Pois deveria ter colocado isto no seu convite, assim as pessoas ja viriam mais preparadas pra se defrontarem com uma pessoa assim..como vc!
Ela avançou uma passo em minha direção lentamente. Gelei.
-Que pena, achei que tivesse se vestido assim especialmente pra mim!
Senti o sangue me subir ao rosto, realmente nesse momneto fiquei sem jeito, mais rebati:
-Não seja pretençiosa sra Antônia.
Ela apenas me olhou e novamente me ofereçeu a bebida, eu ja estava um pouco tonta devido ao vinho mais ainda estava tensa, no entanto novamente recusei.
-Vai me dizer que a professorinha não bebe?! Sinto muito querida, não servem leitinho aqui.
Por que ela gostava tanto de me provocar? Eu me sentia encomodada na presença dela, estava nervosa, preçisava relaxar ou ela perçebera o que eu sentia. Então num impulso peguei a taça e tomei tudo de uma vez, meus olhos ficaram vermelhos juntamente com meu rosto, aquilo era muito forte, minha garganta pegava fogo.
Vi Antonia novamente rindo de mim:
-Está querendo me impressionar garota, assim não vai conseguir.
Aquele tom de deboche me irritou profundamente, eu respirei fundo e quis sair, no entanto ela se colocou na minha frente:
-Onde pensa que vai?
-Qualquer lugar, desde que seja longe de vc!
-Não gosta da minha companhia?
Seu tom agora era outro, provocante, enquanto se aproximava mais ainda de mim. De onde estávamos não podiam nos ver, por isso ela não se preocupava com a proximidade:
-Não eu não gosto!Agora quer fazer o favor de me deixar sair?
-Sabe que...não foi isso que eu senti o seu corpo me dizer, naquela noite a beira da piscina!
-Antônia, pare com isso!
Novamente eu estava encurralada a apenas centímetros de distância quando vi Antônia levantar uma das mãos a minha frente e tocar levemente seus próprios dedos, então ela continuou:
-Nãos foi isso o que esses dedos sentiram naquele dia, não é mesmo professora?!-Agora ela falava bem baixinho e forma provocante, me olhando nos olhos. Vi novamente aquele fogo no olhar dela e meu corpo todo reagil, eu não sabia se era o efeito da bebida, mais um desejo louco tomou conta de mim. Mais, novamente ela se afastou e tornou-se novamente a fria mulher:
-Vc me diverte sabia srta Clara!
Eu a odiei novamente, então a olhei firmemente nos olhos e me afastei, e antes de deixar o local falei friamente:
-E vc me da pena sra Antônia!
Dito isto eu saí rapidamente, louca pra sumir. Procurei por Alice e a encontrei próximo ao bar, com algumas pessoas. Disfarçadamente eu a puxei para longe das pessoas:
-Estou indo pra casa Alice.
-Não, imagina ainda é cedo.
-Pois bem, vc fica e eu vou. Tenho certeza que algum de seus amigos a levarão pra casa.
-O que foi amiga, esta tão ruim a festa assim?
-Aconteçe que a...a Antonia está aqui!
-Sim, e o que tem isso? Vcs conversaram?
Nesse instante eu a olhei e vi que não estava nem um pouco surpresa.
-Alice, vc sabia que ela estaria aqui, e não me disse?
-Clarinha, eu...sim. Eu confesso, eu sabia!
-Eu não...
-Calma Clarinha. Me deixe explicar, se eu te dissesse vc não viria!
-Claro que não! Sabe de toda a história, poxa Alice, eu não posso eu não devo e eu não quero ve-la!
-Tá amiga desculpe.
Nesse momento enquanto Alice falava, vi Antônia logo a frente conversando com a estranha loira, pareçiam íntimas, Antonia disse algo para ela e ela riu, depois afastaram-se e vi claramente Antonia, pega-la pelo braço e conduzi-la ao mesmo lugar onde antes eu estava com ela.
Voltei me para Alice:
-Vou pra casa.
-Clara espera.
-Tchau Alice.

Eu estava me dirigindo ao estacionamento quando perçebi que alguem me seguia apressadamente, voltei-me e vi Maria quase correndo pra me alcançar:
-Clara, por favor espere!
-Olha Maria, eu não estou muito bem, tá! Me liga e...
-Clara fique por mais alguns instantes na festa, sim?
-Não entendi, por que quer que eu fique?
-A sra Antonia ela gostaria de...
-Espere um pouquinho Maria, eu não acredito, Vc é realmente uma secretaria eficientíssima não é! Cuida até mesmo dos prazeres sexuais da sua superiora.
-Não Clara...
-Pois diga a Antonia que não sou empregada dela, e muito menos uma qualquer. Leve aquela moçinha loira e linda que esta o tempo todo do lado dela, pra que se divirta! Alem de mais jovem é mais o estilo da sua chefe.
Eu estava transtornada de raiva, e dizia tudo de maneira rude e agressiva, talvez sob o efeito do alcool, mais eu não parava mesmo vendo o constrangemento de Maria.
-Volte pra la Maria e procure o prato da noite para a Antônia, e não erre ou será demitida! Não sou brinquedo de ninguem!
Quando me virei para entrar no carro, surpreendi-me com quem vi atras de mim.
Antonia. Seus olhos estavam transtornados de raiva, eu senti medo nessa hora, ela ouvira a tudo. Mais não deixei que ela perçebesse meu medo, entrei no carro rapidamente e saí em alta velocidade.
Dentro do carro eu não aguentei mais começei a chorar, estava tensa, nervosa. Queria jamais ter ido aquela festa, jamais ter visto Antonia e pior ainda, ve-la ao lado da loira, eu estava transtornada de ciúmes, triste por ter agora absoluta certeza de que o que ela queria comigo era apenas se divertir, pois já tinha alguem em sua vida. Alguem que a acompanhava a festas, linda, sofisticada como ela. Eu me sentia uma tola, até por que não fazia sentido agredir Maria daquela forma, eu não me reconheçia. Dirigia em alta velocidade por todo o trageto até estacionar o carro na garagem de casa.
Porém quando estava saindo da garagem, quase caí de susto ao ver Antônia descer de seu emponente carro, bater a porta violentamente e vir em minha dirção rapidamente como um tigre feróz. Involuntariamente eu corri em direção a porta dos fundos da casa, ela estava com muita raiva de mim e eu tinha mil motivos para não quere-la perto de mim. Abri rapidamente a porta e ao tentar fecha-la fui arrenessada para longe, com a violencia com que ela abriu a porta:
-Saia da minha casa!
Eu tentava me afastar rapidamente dela mais a bebida realmente havia me entorpeçido, e eu tropeçava nos móveis enquanto tentava fugir de minha predadora. Meg e Barth latiam mais não saiam do lugar, até mesmo eles estavam assustados.
-Sua idiota! Quem pensa que é pra falar de mim daquela forma! Quem é vc pra falar com minha secretária daquela forma?
Ela falava ameaçadoramente enquanto avançava em minha direção.
Assustada peguei um vaso e ameaçei:
-Se chegar mais perto eu jogo isso em vc!
Ela parou e me olhou, saíam faíscas daqueles olhos.
-Jogue, mais jogue agora e acerte pra me derrubar pq se não o fizer eu vou pegar vc. E vou te fazer sofrer menina!
Ficamos paradas nos fuzilando com os olhos por alguns intantes, e quando eu menos esperava ela se avançou sobre mim, me tirou o vaso das mãos e o atirou no chão, fazendo com que os cacos se espalhassem por toda a sala.
No minuto seguinte me vi sendo pega pelos ombros e precionada contra a parede.
-Vai se arrepender por ter me irritado!
E em seguida ela apossou-se de meus lábios. Eu estava tonta, tentava me debater mais era inútil, me vi sendo arrastada até o quarto e ser jogada na cama como uma boneca.
-Vai embora daqui...eu vou chamar a...
Novamente fui calada por sua boca, sua lingua impiedosa.
Tentei lutar mais meu corpo estava contra mim, eu ja ardia de desejo, e ela sabia disso.



Capítulo 7: cap7
(por tynah , adicionado em 31 de Outubro de 2006)

Era como se eu estivesse em um sonho, vendo tudo aconteçer e não poder fazer nada para impedir, eu me assistia tentando resistir ao ataque selvagem da outra.
Me pegava firmemente, seus beijos me causavam um mixto de dor e prazer, mordia todo o meu corpo, eu ainda tentava libertar-me mais era inútil, ela alem de ser mais forte e maior do que eu, ainda tinha meu estado de levemente embreagada em seu favor, eu me via xingando-a, esquivando-me de seus beijos, mais a batalha era maior contra meus próprio desejo de fazer amor com ela, ser dela. Senti meu vestido ser vilolentamente arrancado de meu corpo como um pedaço de papel e junto com ele a fina e delicada peça intima:
-Vai aprender a me respeitar menina...-As palavras eram proferidas em tom de ameaça, no meu ouvido, ao mesmo tempo em que ela mordia minha orelha e apertava meus seios.
Um grito angustiado saltou de minha garganta quando senti que sugava meus seios impiedosamente, eu arqueava meu corpo, com um desejo totalmente novo para mim.
No instante seguinte ela me virou de barriga para baixo e eu logo a senti deitar-se sobre minhas costas, senti então que ela estava nua, sentia os mamilos entumeçidos precionados em minha pele e seus pêlos em meu bumbum, ela esfregava seu corpo no meu no mesmo instante em que mordia minha nuca, eu gemia, suspirava alto até que senti seus dedos entroduzirem em mim, eu estava totalmente exitada. Antonia afastou rapidamente minhas pernas e começou a me possuir impiedosamente entrando em mim das formas mais ousadas que se podia supor enquanto me sussurrava ao ouvido:
-Senta querida...sinta o que eu faço com vc...-Eu ja não queria me livrar dela, aliás meu corpo jamais quis se livrar dela, mais agora até mesmo meu consciente a queria.
Então ela me virou novamente de costas e voltou a me beijar, desceu até meus seios e seguiu pela barriga até chegar no meu sexo molhado. Voltou-se pra mim e disse ao meu ouvido, enquanto me segurava pelos cabelos:
-Quero sentir o seu gozo agora...diga que me deixará beber vc! Diga!
Eu, já sentindo espasmos de tanto desejo, obedeçi:
-Sim...eu...deixo. Vou te dar todo o meu gozo, ai...venha...por favor venha!- Eu me contorçia de desejo, quando Antonia mergulhou entre minha pernas e beijava, mordia, sugava com muito desejo, meu clitóris. Num instante eu sentia meus quadris terem vontade própria e movimentarem-se indo e vindo de encontro a boca faminta até que num total desespero agarrei seus cabelos no exato momento em que sentia o mais sublime e total dos prazeres. Enquanto eu ainda tremia e transpirava muito ainda sentia Antonia chupando todo o mel que eu lhe prometera.
Até que vi ela sentar-se na cama e me puxar para cima dela:
-Pensa que acabou? Nós apenas começamos querida, venha.

Por toda a noite fizemos amor das maneiras mais inusitadas e sensuais que eu jamais havia esperimentado, ela me possuia de varias formas, gozamos juntas muitas veses eu gemia e por vezes gritava de prazer, no entanto o ponto mais alto foi quando nos amamos encaixadinhas com pernas entrelaçadas e sexos colados, eu senti e vi o rosto transformado de Antônia, ela gozava maravilhosamente enquanto se agarrava em mim, no mesmo instante em que eu tbem chegava ao climax e senti minhas unhas cravarem-se violentamente em suas costas enquanto meus dentes mordiam seu pescoço em uma reação involuntária impulsionada pelo puro prazer.

Acordei assustada, já era tarde, o sol vinha forte e escaldante atraves da janela, ainda sonolenta olhei para meu lado na cama e não vi Antonia, me sentei e imediatamente senti dores pelo corpo todo. Involuntariamente eu sorri, e me lembrei da noite anterior, que durou por toda a madrugada, já amanheçia quando adormeçemos exaustas, olhei ao redor e vi algo brilhando no chão. Me levantei lentamente e peguei a jóia turquesa que Antonia esqueçera, era um brinco, muito lindo com pedras azuis. Olhei novamente para a cama e lamentei não estar acordada quando ela saiu.
Quando me dirigia para o banheiro ouvi meu celular tocar, corri pra atender:
-Alo.
-Ola srta Clara. E agora...está convençida?
-Convençida?! Não entendi.-Eu estava feliz em poder ouvir a voz dela.
-Sim, convençida de que eu posso sim fazer o que eu quero, quando eu quero e com quem eu quero!
Aquilo foi como um tapa na meu rosto. Ela continuou:
-Espero que tenha aprendido a lição e perçebido que não sou pretençiosa, sou realista e posso ter vc ou qualquer outra quando eu bem entender.
Eu estava sem palavras, novamente ela me humilhava.
-Tenha um bom dia.
Desta vez no entanto ela tinha razão, ela vençera, havia realmente feito tudo o que quis comigo com minha permissão.
Totalmente descontrolada atirei o telefone contra a parede, fazendo este estraçalhar-se. Atirei-me na cama e chorei feito uma criança.


Naquele sábado não fui ao trabalho, e no domingo não fui ao almoço em família , apenas liguei pra meus pais com a desculpa de que a casa preçisava de uma faxina, o que não era de fato mentira pois ainda haviam cacos de vazo na sala e pedaços de celurar espalhados pelo quarto, resolvi limpar tudo e não deixar vestijo algum daquela sexa-feira, queria apagar Antônia Candido da minha vida, era uma questão de sobrevivência.
Fazia muito calor naquele domingo então atarde assim que acabei com a faxina, resolvi fazer o que a muito não fazia, surfar. Não era mais a garota de antes que vencia campeonatos de surf mais ainda pegava algumas ondas, alem de me fazer bem era uma forma de me destrair e relaxar.
Fui até a garagem, vesti minha roupa especial para surf, o macacão colant preto com detalhes em rosa, era muito antigo mais era um dos que eu mais gostava, peguei a prancha mais antiga e fui, acompanhada de Barth e Meg.
O mar estava agitado por tanto havia muitas ondas, era bom fazer isso naquela praia pois poucas pessoas frequentavam ali, e eu podia ter praticamente só pra mim aquela praia que eu costumava chamar de meu quintal.
Caí na agua e dei algumas remadas, tomei alguns caldos, algumas "vacas" mais logo consegui domar algumas ondas médias, era bom pois a adrenalina não me permitia pensar e mais nada que não fosse me manter em pé sobre a prancha.
Já anoiteçia quando deixei a agua, corri pra areia e fui recepcionada pelos cães. Coloquei a prancha em baixo do braço e segui em dirção a casa, perçebi nesse momento alguem proximo a varanda me olhando. Mãos nos bolsos, jeito arrogante de sempre, me aproximei fingindo descaso, mais meu coração dava pulos. A quanto tempo ela estaria ali?
Passei por ela e me dirigi a garagem, ela nada disse apenas me acompanhou com aquele olhar insuportável.
Voltei pra varanda e ela ainda estava ali.
Entrei e ela me seguiu fechando a porta atrás de si. Fui até meu quarto, e em seguida voltei com a jóia que ela havia esqueçido.
-Veio buscar isso, pegue e vá embora.- Estendi o brinco e ela não fez mensão alguma m pega-lo. Continuou com as mãos nos bolsos:
-A professorinha alem de muitos outros atributos, é surfista!?
-Antônia, eu não estou disposta a ouvir suas graçinhas, portanto diga a que veio e me deixe, ok!
-Ok, mais va tirar essa roupa estranha, não ve que esta molhando a casa toda?
Fiquei surpresa e ao mesmo tempo indignada com o comentário.
Fui até a porta e a abri:
-Fora da minha casa!
Me ignorando, ela sentou-se no sofa.
-Bem, se não se importa com isso, então vamos direto ao assunto.
Fechei a porta e me encostei nela cruzando os braços sobre o peito.
-Diga.
-Quando ira se desculpar com Maria?
-Isso não é da sua conta, é entre mim e ela, olha Antonia eu não acredito que veio aqui por isso!
-Vc ofendeu uma empregada minha, e amiga, vai se desculpar...
-Olha, eu vou ligar pra ela mais tarde ou amanha, sei que fui injusta com ela afinal quem mereçia ouvir não era ela e...
-Vai se desculpar pessoalmente, srta Clara. Ofendeu olhando-a nos olhos, ira se retratar fazendo o mesmo!
Fechei meus olhos e tentei controlar a raiva que eu sentia daquela mulher arrogante a minha frente, sentada como se estivesse em sua própria casa.
-Agora me diga, seu corpo já esta recuperado?
-Antonia, pegue seu brinco e vá embora daqui ou desta vez eu realmente chamarei a polícia!
Vi ela levantar-se e vir na minha direção.
-Calma professora, ja estou satisfeita. E creio que vc tbem está não é?!
-Vc costuma forçar sempre a barra pra conseguir levar uma mulher pra cama, mesmo sabendo que ela não quer?
-Então vc não queria?
O rubor surgiu em meu rosto:
-Não, vc quase me...
-Quase, quer dizer que não te violentei ou algo assim. Vc queria tanto, ou mais do que eu menina!
Ela estava muito proximo e eu me odiei por estar gostando daquela proximidade.
-Mentira!
-A não, então o que foi aquilo, o que é isso?
Nesse momento ela desabotoou sua camisa muito branca e a tirou na minha frente e se virou. Vi enormes marcas de unhas em suas costas, riscos vermelhos que desenhavam a pele branca da outra.
-Ou isso?
Agora ela expunha o pescoço com marcas de mordidas.
Levei as mãos a boca. Eu havia feito aquilo, ela estava toda marcada, e no instante seguinte eu me senti satisfeita por isso, afinal meu corpo todo estava com ematomas.
Novamente ela fechou a camisa e continuou me olhando.
-Vc estava precisando disso querida, eu apenas ajudei vc!
-Agora chega! Saia!
-Ok.
Ela dirigiu-se até a porta, porém antes de sair, me pegou rapidamente pela sintura, me trouxe para si e me beijou longamente, explorou minha boca, sugou minha lingua. E era como se novamente ela não houvesse me feito mal algum, eu correspondia ao beijo avidamente. Entretanto, reuni o pouco de amor próprio que ainda me restava e a empurrei.
-Saia da minha casa.-Eu estava ofegante. Perçebi que agora a camisa de Antonia estava toda molhada devido ao contato com meu macacão enxarcado.
Ela nem notou,apenas ficou me olhando e desta vez eu não consegui definir aquele olhar.
-Boa noite, srta Clara!
E saiu, eu fui até a porta e a fechei com força muito irritada comigo.
Peguei uma amofada e mergulhei meu rosto nela abafando o grito que saiu com muita raiva de meus pulmões.



Capítulo 8: cap 8
(por tynah , adicionado em 7 de Novembro de 2006)

Passei pela recepção esgueirando-me, não queria conversar com ninguem, queria apenas trabalhar, ninguem mereçia aturar meu mau humor, eu ja saíra da cama irritadíssima por não haver dormido nada a noite toda.
Usando uma calça de moleton azul claro, um top preto, e um casaquinho por cima, eu tentava ocultar as manchas roxas que ainda se encontravam por varias partes do meu corpo, uma prova da noite louca de amor.Usava óculos escuros pra disfarçar minhas horrendas olheiras, eu estava me sentindo péssima, estava abalada pelos aconteçimentos e pela absoluta certeza do que eu estava sentindo por Antônia, eu queria acreditar que era apenas desejo, mais não era, eu estava irremediavelmente apaixonada por ela.
Fui direto a minha sala e de lá, para sala de ginástica aeróbica. Queria dançar, e dançar muito, fiquei satisfeita em saber que a turma que me aguardava era minha preferida, meninas de 15 e 25 anos, faziamos as aulas de dança de axé, meu ritmo favorito, então assim que começou a rolar o som de Ivete Sangalo nossos corpos mergulharam no embalo da música e começamos a aula.

Eu nem ao menos fui a sala de Alice, fiz quatro horas de aula seguidas, e quando estava pronta pra iniciar a quinta aula, vi ela me acenar atravez do vidro, fui até ela contráriada:
-Diga Alice.
-Diga vc amiga, o que houve? Estou de aguardando na minha sala a horas!
-Vim direto trabalhar Alice, cheguei atrazada, e tenho mais uma aula agora!
Minha voz era de impaciençia, e claro que Alice perçebia que algo não estava bem.
-Vamos conversar.
-Alice...
Vi minha amiga pegar seu celular:
-Alo. Suzi, diga ao Adriano que venha a sala tres substituir a Clara na aula das treze horas, ela vai almoçar agora....sim,ok.
Alice desligou o aparelho e me olhou:
-Pronto, agora vamos almoçar enquanto conversamos.
Mesmo contráriada eu fui, afinal estava exausta e preçisava desabafar com ela.
Fomos a lanchonete da academia mesmo, estavamos comendo deliciosos siris, acompanhados de suco de caju, quando Alice começou o interrogatório:
-Vai me contar o que esta aconteçendo, ou melhor, o que aconteçeu naquela sexta feira?
Fiquei em silêncio em prinçípio, olhava para pontos isolados, evitando encara-la, eu me sentia estranha.
-Ok, Alice. O que quer saber?
-Ora Clara, quero que me conte o que vc tem, por que esta estranha, e sei que isso tem haver com a Antonia e...
-Nós fizemos amor.
Alice ficou boquiaberta, me olhou por alguns instante para em seguida abrir um largo sorriso:
-Que bom amiga! Não acredito que conseguiu, mais eu sabia que aquele sumisso repentino seu e da anfitriã da festa tinha algo de suspeito!
Ela não parava de falar, estava entusiasmada, e eu a cada minuto mais apavorada.


A tarde passou rapido, não houve mais aulas de dança e aeróbica, fiquei apenas auxiliando nas seções de musculação, enquanto o fazia me lembrava da conversa com Alice durante o almoço, sabia que em alguns aspéctos ela tinha razão quando me disse que eu não deveria levar tão a sério a relaçao que segundo ela estava começando, eu deveria me comportar como sempre me comportei em inícios de romançes, ou seja, sendo natural, sendo eu mesma e sem pensar em futuro, mais sim no presente.
O que Alice não entendia era que pela
primeira vez eu me sentia daquela forma, perdida, perturbada, abalada. Com medo
de me entregar e sofrer, pois eu ja estava sofrendo, e eu sequer podia imaginar o que ainda estaria por vir, afinal, Antonia era uma incógnita.

Durante os dias que se seguiram eu reçebi um telefonema de um dos empregados de Antônia noticiando-me de que não preciariam mais de meus serviços como personal trainer,o que me deixou aliviada e triste ao mesmo tempo, pois não sabia se haveria alguma outra forma de ver, ao menos ver Antonia.
Eu tentava dizer repetidas vezes a mim mesma que era bem melhor assim, afinal não havia a menor chançe de aconteçer algo legal entre elas, eram totalmente diferentes, com valores diferentes, e principalmente personalidades.

Naquele fim de semana a academia estava agitada, pois muitos dos alunos fariam apresentações no shopping do centro da cidade, como um evento e tbem para a divulgação da academia. E eu estava muito cansada,mais animada.
Era sábado, estavamos nos preparando para a terçeira apresentação de dança no shopping e nesta terçeira e ultima apresentaçao eu estaria me apresentando junto com as demais garotas, as alunas do axé
Havia muita gente no shopping, havia uma feira de arte e cultura no local, então o movimento era intenso. O palco montado no centro do prédio dava a visão panorâmica a todos os que ali estavam, em princípio eu iria apenas observa-los dançar, mais depois de muita insistência dos própris alunos eu aceitei fazer parte do grupo.
Estavamos usando um shorts muito curto e colado no corpo, um top amarelo e por cima uma camiseta toda recortada e amarrada; o famoso abada com o logotipo da academia. Todas de rabo de cavalo e tenis. Prontas para o schow, estavamos posicionadas no centro do palco, eu ficava mais afrente para que as outras pudessem me acompanhar, vi todos os meus amigos da academia e de outros lugares ali ao redor, muito agitados gritando meu nome. Era uma festa, eu ria.
O som de Daniela Mercury inundou o predio e começamos a dançar.
Foi tudo muito rápido, mais os aplausos ao final eram tantos que pude perçeber que tinham gostado. Minhas alunas me abraçaram muito felizes e eu feliz por elas.
Alice, e Suzi foram as primeiras a se aproximarem quando enfim desci do palco:
-Nossa chefinha, vc arrasou!
-Arrasou mesmo amiga, foi um sussesso!
-Parem meninas, assim ficarei envergonhada!
Ambas se olharam e começaram a rir:
-Se vc é timida Clara, eu sou um monje!
-Ai Alice, menos por favor.
Conversavamos animadamente ali, até que vi logo a minha frente dirigindo-se ao elevador, Maria, acompanhada de varias pessoas.
-Meninas, me esperem um pouquinho sim, eu ja volto.
Antes que elas pudessem dizer algo eu corri em direção a ela.
-Maria, Maria!
Ela ja estava dentro do elevador quando me viu, e rapidamente saiu novamente;
-Clara, como vai?
Vi quando um homem muito elegantemente vestido chamou-a:
-Sra Maria, temos que ir estamos atrasados!
-Suba com os outros que já me encontro com vcs lá, ok!
Contrariado o homem entrou no elevador com os outros e subiu.
-Maria, me desculpe se estou atrapalhando, podemos nos falar em uma outra hora!
-Não imagina, eles podem esperar. Me diga, o que houve?
-Bem, eu...queria me desculpar com vc.
-Se desculpar?! Pelo que?
-Semana passada, lembra? Naquela festa quando enchi vc de desaforos, disse coisas que vc não mereçia ter ouvido.
-Sim claro, me lembro. Clara, vc não teve culpa, estava fora de si, não estava no seu momento, eu entendo.
-Mesmo assim eu...
Nesse momento o vi Maria tirar o celular da bolsa e atender:
-Alo...sim, eu vou indo então...pode deixar...claro...me dê dois minutos então...obrigado.
Ela desligou e se dirigiu ao elevador:
-Venha Clara vamos tomar um café comigo enquanto conversamos, eu realmente tenho que ir.
-Tudo bem, eu já estou indo.
-Não senhora, vamos subir enquanto acabamos a conversa, ao menos o tempo de um cafezinho eu terei.
Entramos no elevador e continuamos a conversar:
-Que roupa estranha Clara!
-Eu estava me apresentando aqui com uma turma de alunos.
-Vc tem um corpo de dar inveja!
-Obrigado Maria, mais ainda não me disse se me desculpa.
Neste instante o elevador se abrir, me apresentando um ambiente impecavelmente decorado, cores claras muitos quadros, flores, e claro, muitos homens e mulheres circulando elegantemente vestidos, executivos e executivas assim como Maria.
Assim que a viram muitos deles a cercavam, pedindo informações e outras coisas que eu não entendia, ela continuava andando, passou por um largo corredor e entrou em uma pequena e elegante sala:
-Sente-se vou pedir nosso café!
Ela foi pra trás da mesa sentou-se e ligou p pedir os cafés, e eu fiquei ali sentada a sua frente, olhando tudo, ao que me pareçia Maria não era apenas a secretária particular de Antônia, era quase tão poderosa quanto ela.
-Estão trasendo, agora diga-me, como vc está?
-Ficarei bem quando me disser que estou perdoada.
-Deus, como vc é insistente rapariga!
Eu não resisti ao sotaque bem característico da outra e começei a rir, e ela tbem.
-Somos amigas então?
-Somos sim srta Clara, apenas lamento a sra Antonia te-la despensado, afinal vc fazia um bom trabalho com ela.
-Acho que ela não pensava assim.
-Pois eu acho que...
-Bom dia senhoras!
Não precisei voltar-me para saber quem acabava de adentrar a sala.



Capítulo 9: cap8
(por tynah , adicionado em 9 de Novembro de 2006)

Por alguns instantes o silencio pairou na sala, eu tremi apenas em ouvir o som da voz dela não tendo coragem de me virar, fiquei cabisbaixa esperando. Então ouvi seus passos firmes aproximarem-se:
-Estou atrapalhando?
-Absolutamente, estavamos apenas...
-Maria, acaso não está atrasada para uma reunião?
A mulher ignorava totalmente minha presença, dirigia-se a Maria com uma autoridade irritante.
-Não senhora, os acionistas do shopping quiseram reúnirem-se mais cedo para acertarem alguns pontos antes da reunião, eu não achei que fosse necessario minha presença.
Nesse momento achei que fosse o momento de sair e deixa-las discutir sobre trabalho, então levantei-me:
-Bem Maria eu ja vou indo e...
-Espere.- Foi a primeira vez que ela me dirigiu o olhar, eu antes mesmo de abrir a boca pra argumentar algo, ela voltou-se para Maria.
-O que abordaremos nesta reunião de hoje específicamente?
-Vamos finalizar com eles nossa posição perante o shopping, os envolvimentos da nossa empresa e...
-Isso apenas? Éntão eu quero que vc a presida em meu lugar, está bem?
-Sim, mais e sra o que...
-Vou almoçar, estou faminta. Atarde nos falamos.
-Então eu já vou indo pois a reunião começara em cinco minutos.- Maria veio em minha direção e despediu-se com seu sorriso doçe e cortês. Eu estava me sentindo uma boba ali no meio daquela sala.-Tchau Clara, nos vemos um outro dia.
-Vou sair com vc.
Voltei-me e segui Maria até a porta, então novamente aquela voz me paralizou:
-Onde pensa que vai menina?
-Embora, algum problema pra vc?- Tentei manter-me calma.
-Vai almoçar comigo agora.
-Não vou não.- Estava chocada.
-Já almoçou?
-Não mais...
-Então vamos que estou faminta, ainda temos que passar em sua casa para que troque de roupas.
E ela passou por mim abrindo a porta, Maria ja havia sumido. Nesse instante eu vi a possibilidade de confrontá-la, provocá-la assim como ela gostava de fazer comigo então me parei em sua frente:
-Não pretendo trocar de roupa, se quiser minha companhia pro almoço tera que me açeitar assim, como estou.-Agora o meu olhar era petulante, e por um momento me deliciei com sua expressão.
Ela me olhou desde meus tenis até meu desajeitado rabo de cavalo,o abadá caía de meus ombros a todo momento deixando o top exposto e eu o deixava caído. Fiquei aguardando a reação dela:
-Como queira srta Clara, vamos!
Eu ria por dentro, sabia que ela não havia gostado da idéia, afinal, era um contraste as duas juntas, Antônia sempre sofisticadamente vestida agora usava uma blusa preta de gola alta com um cordão prata no pescoço que alcanãva a altura do estômago, e ali um pingente tbem muito grande de uma folha tbem prata, adornada com pedras preciosas. Usava tbem uma calça muito elegante tbem preta e saltos finos e altos deixando-a ainda maior do que ja era.
Passamos pelos corredores daquele andar e desta vez as pessoas não nos cercavam para fazerem perguntas ou algo assim como haviam feito ao avistarem Maria, agora eles apenas a olhavam descretamente e só, apenas alguns comprimentavam, mais Antônia era muito polida, não olhava pra ninguem. Parei frente ao elevador e pra meu espanto ela não, continuou por um corredor lateral. Fui atrás dela, sentindo-me uma tola.-
-Onde estamos indo? Não vamos descer?
Ela não respondeu, subiu alguns lançes de escada e fomos parar na cobertura. Vi então um helicóptero nos esperando, ela me olhou e disse:
-Vamos?
-Só eu mesmo pra achar que alguem como vc enfrentaria um centro com o transito caótico não é mesmo, como eu sou tola!
Ignorando totalmente meu comentario cínico, ela pegou-me pelo braço e me fez segui-la.
Era maravilhoso admirar aquela visão do alto, da cidade de Florianópolis, eu via as praias por todos os lados, entre morros e rochas, dunas...era um encanto, era apaixonante. Olhei para Antônia e a vi lendo um jornal. Como ela podia ser assim, pareçia que nada e nem ninguem fosse capáz de cusar-lhe qualquer emoção.
Quando chegamos, eu imediatamente me arrependi por não ter aceito a sujestão da outra em ter ido trocar de roupas, estavamos em um dos mais sofisticados e elegandes restaurante do estado. Logo fomos reçebidas pelo metre, que muito gentil nos levou até uma mesa, quando eu entrei senti imediatamente todos os olhares em minha direção, senti-me muito constrangida, quis que o chão se abrisse pra poder me esconder nele.
Os clientes deste restaurante eram todos classe "A". Eram homens e mulheres vestidos impecavelmente, e apenas eu pareçendo que havia acabado de sair de um bloco de carnaval, senti raiva de mim.
Antônia pareçia alheia a tudo e a todos, sentou-se e começou a ouvir as sugestões do metre, eu não ouvia nada, disfarçadamente via ainda muitas pessoas me olhando.
-Vamos comer lagosta. E pra beber...
-Não quero lagosta, não gosto.
Antônia moveu-se na cadeira, impaciente, tentava manter a voz calma:
-Então nos diga o que quer comer?
Eu não sentia fome alguma, não consegueria comer perante uma platéia.
-Não quero nada.
-Peça!
Ela me olhou bem no fundo dos olhos e vi saírem faíscas deles, com certeza estaria furiosa por eu te-la feito passar pelo constrangimento da minha companhia, tão vulgarmente vestida, para o ambiente.
Peguei rapidamente o cardápio e sem ao menos olha-lo direito pedi a primeira coisa que vi.
-Ostras pra mim.
-Vou querer um martine e vc?
-Suco de abacaxi com clorofila.
-Algo mais sra Antônia?- Perguntou o metre que tinha o garçon a seu lado.
-Quero sim. Quero que nos leve a uma mesa onde possamos almoçar sem que os olhares de desejo deles e o de inveja delas, não constranja a jovem que está comigo.
Fiquei pasma, ela perçebera tudo, inclusive meu constrangimento. Não estava alheia como eu havia pensado.
Muito atensioso e eficiente, o metre imediatamente nos levou ao melhor lugar do restaurante, onde podíamos ter a vista de uma praia muito linda e deserta só pra nós, e tínhamos uma parede de vidro nos protegendo da maioria dos demais cliente.
Nos sentamos e ela logo pegou seu telefone ceulular, fez uma ligação e começou a falar.
Mal sabia ela o efeito que aquela atitude em meu favor havia me causado, eu senti um ímpeto de beija-la ali mesmo, porém ela continuava em seu mundo dos negócios.
As bebidas vieram e antes mesmo que ela pudesse tomar o primeiro gole, o telefone tocou, ela levantou-se e se afastou pra atender, fiquei ali, olhando a paisagem, tentando não sentir-me tão feliz em estar almoçando com a mulher que fazia meu coração disparar.
-Me diga, o que é isso o que vc está bebendo?
-Suco, ora. Abacaxi, que eu acho que vc sabe o que é, e clorofila, é uma ispécie de energético natural, ao menos eu acho que é esse o efeito que ele me causa. Quer esperimentar?
Sua espressão foi engraçada, fez quase uma careta, ao olhar meu copo.
-Não mesmo, deixo esse tipo de bebida as esportistas, atletas e dançarinas como vc!
-Me viu dançando hoje?
Foi minha pergunta surpresa.
-Vi sim, e foi muito curioso a forma como tudo aconteçeu.
-Como foi?
-Cheguei lá antes de Maria, tinha acabado uma reunião com um de meus executivos, então desci para respirar um pouco. Então quando vi aquela movimentação de muitas pessoas em volta de um palco, eu prontamente procurei me desviar da muvuca, não gosto desse tipo de entretenimento.
Fiquei em silêncio enquanto ela me relatava tudo.
-Não quis subir pelo elevador e fui pela escada rolante, então eu resolvi olhar pra baixo, e vi uma moça se destacar das outras, a forma como ela dançava me provocou.-Nesse momento seu olhar foi intenso sobre mim, eu senti o meu corpo todo reagir.-Desci novamente e me aproximei, e a medida que me aproximava eu admirava mais ainda aquele corpo que se movia de uma forma tão sexy... mais aí me cansei de olhar e já estava me retirando quando vc se virou e eu vi que o corpo que todas as pessoas daquele lugar estavam desejando ter naquele momento, eu já havia tido.
Neste instante eu fiquei em silêncio, não sabia ainda o que ela estava querendo dizer ou insinuar. Ela ficou me olhando por alguns instantes antes de continuar:
-Gosta de provocar as pessoas não é mesmo srta Clara? Gosta de sentir-se desejada, gosta que todos a olhem e queiram leva-la pra cama. Imagino quantas pessoas vc já não deve ter feito ir a falência pra te agradar.
-Antônia eu...
-Neste lugar por exemplo, nesse exato momento muitos destes homens que estão aqui, pagariam qualquer valor pra ter vc.
-Não me vendo sra Antônia!
Ela me lançou um sorrizinho de deboche e ironia.
-Talvez ainda não tenha surgido a proposta certa?!
Antes que eu pudesse dizer algo, ela levantou-se novamente atendendo o celular, eu sentia a boca seca, não podia acreditar em tudo o que acabara de ouvir. Ela não me conheçia, não tinha o direito de me tratar de tal forma. Senti-me sufocando ali.
O garçon aproximou-se com os pratos:
-Por favor, a conta.
-Mais sra...
-A sra que está me acompanhando ela...ficará para saborear isso tudo, agora por favor a conta, rapido.

Ao ver-me livre daquele lugar eu enfim pude deixar que as teimosas lagrimas rolassem por meu rosto.
Eu não podia entender aquela mulher, mais tbem não podia mais deixar-me se humilhada por ela, era só o que ela me fazia, pareçia ser o seu maior prazer, me magoar, me ferir.

Entrei num taxi e voltei pra academia, e durante todo o trajeto me punindo por ser tão tola, por deixar que meu sentimento por Antonia me tornasse uma mulher fraca. Em outros tempos eu teria esbofeteado-a desde o primeiro momento em que me senti usada, ofendida, e nunca mais a deixaria aproximar-se de mim. Mais agora...eu era outra pessoa, alguem de quem eu não estava gostando.


Depois de ter passado por um interrogatório partido de Suzana e Alice por não te-las acompanhado ao almoço junto com as demais dançarinas, eu fui dar minha penúltima aula do sábado. Minha cabeça doía muito e eu só queria ir pra casa.
Estava quase no fim da aula fazendo minha última demonstração de exerçício quando vi Antônia irromper a sala seguida de Alice e Suzana, ambas muito assustadas.
Todos os alunos pararam e ficaram a observá-la.
-O que esta fazendo aqui?
-Quero falar contigo, venha!
-Não eu não vou!
Naquele instante vi Antonia assumir uma postura tão assustadora de ameaça que até mesmo Alice e Suzana que estavam prontas para interferirem, reuaram e ficaram na porta.
Ela aproximou-se de mim e ameaçou:
-Quer discutir aqui mesmo?! Não diga que não avisei.
Alice rapidamente colocou-se entre nós duas e me deu a chave de sua sala:
-Vai pra minha sala Clarinha, por favor. Se precisar é só chamar.
Ela falava baixo não queria mais escândalos ali.
Clara pegou a chave a saiu a passos largos da sala seguida de sua algoz.
Ao entrarem Clara fechou a porta violentamente e foi falando;
-O que vc quer sua maluca, esqueçeu algo pra me dizer, alguma ofensa?
-Escuta aqui sua professorazinha, quem pensa que eu sou, hein!-Me fez pareçer uma idiota naquele restaurante, e...
-Eu?! Eu fiz isso? E vc, o que vc fez comigo naquele lugar? Só faltou me chamar de prostituta.
-E pensa que se comportando e dançando da forma com que eu a vi, não é o que todos pensam!
-Só se for na sua terra! Aqui isso se chama arte, e a forma com a qual eu ajo chama-se personalidade. Não sou as bonecas barbies com as quais vc esta acostumada a conviver. Que dizem amém a tudo o que vc fala ou faz!
Antônia veio pra cima de mim com furia, e novamente segurou-me pelos ombros.
-Não brinque comigo menina, não sabe o que posso fazer com vc!
Soltei-me violentamente e me afastei, nossa discuçao era alterada eu já estava quase gritando.
-Claro que sei. Violentar é uma delas!
-Violentar?! Vc é mesmo muito idiota e...
-Sai daqui, saia agora!
Antonia, ficou em silencio e levando uma das maos aos cabelos e continuou me olhando sem sair do lugar.
-Vc pagou a conta do restaurante não é mesmo?
Continuei em silencio encarando-a tbem.
-Pois sugiro que não faça mais isso, pois do contrário tera que exibir bem mais esse corpinho pra conseguir manter esse lugar!
-Saia agora! Nunca mais quero ver vc, suma da minha vida!
Antônia lentamente caminhou até a porta. Eu rezei pra que ela não me olhasse pois não queria que me visse chorando, no entanto ela se virou e por alguns segundos nossos olhares se encontraram de uma forma diferente, eu julguei ter notado alguma ternura no olhar dela. Mais era ilusão, Antonia com seu tom arrogante de sempre falou:
-Adeus srta Clara.
Quando ela saiu um pequeno cinseiro que descansava sobre a mesa de Alice foi arremessado contra a parede e no instante seguinte, eu me desmanchava em lagrimas nos braços de minha melhor amiga.



Capítulo 10: cap9
(por tynah , adicionado em 14 de Novembro de 2006)

Eu estava decidida a esqueçer Antonia de uma vez por todas, e nos dias que se seguiram eu passei a ocupar todo o meu tempo para pensar nela o menos possível.
Não se lia mais nada a seu respeito em jornais nem revistas, eu acreditava que talvez ela já tivesse partido do Brasil.
Voltei a minha rotina de antes de me apaixonar por ela, passei a sair mais com meus amigos para um happy hauer e nos fins de semana eu procurava sair pra dançar. No entanto nada me fazia tirar aquela mulher da cabeça. Todas as noites eu me via abraçando o travesseiro e tentando sentir seu cheiro, lembrando de nossa louca noite de amor. Eu acreditava que com o tempo aquela angustia, aquela dor silênciosa da saudade, passasse no entanto, ela só fazia aumentar, e eu tentava pensar somente em nosso último encontro, quando ela sem a menor sensibilidade ofendera-me sem o menor remorso. Mais era inútil, eu sentia sua falta, eu a queria perto.
Então, naquela manhã de sexta feira, ao abrir a porta da minha casa e ver todo aquele cenario paradisíaco, aquele mar tão azul e céu tão lindo eu decidi que estava na hora de encontrar alguem pra mim, estava na hora da Clara conquistadora voltar a ação.
Me senti mais animada e cantarolava quando cheguei a academia e fui reçebida com um gostoso abraço de Suzana.
-Oi chefinha querida, que bom te ver feliz!- Ela falava ainda agarrada a meu pescoço.
-O que é isto menina! Que rompante é este?
Eu ria enquanto tentava desvensilhar-me da garota.
-Fazia dias que não te via assim, mais animada. O que houve?
-Houve que eu descobri que sou a mulher mais sortuda do mundo! Moro no melhor lugar do mundo, tenho o melhor trabalho do mundo, os melhores amigos do mundo a melhor família do mundo! Portanto tenho que ser feliz, não ha razão alguma pra eu ficar por aí triste e amargurada.
-Bravo!!!-Disse Alice que aproximava-se e ouvira todo meu discurso.-Então ela resolveu reagir, meus parabens amiga!
Suzana me olhou de forma curiosa e questionou:
-Reagir? Como assim?
Eu apenas olhei pra Alice e esta imediatamente tratou de conçertar a indiscrição:
-Ela...ela estava frustrada com a dispensa do emprego de pernonal trainer, lembra , Antonia não gostou do trabalho dela e veio aqui fazer todo aquele escandalo por causa disto!
Eu ouvia a história fantaziosa de Alice e ao ouvir o nome de Antonia, bastou-me para sentir aquela ja conheçida dorzinha no peito.
-Aquela mulher é uma idiota, Clarinha não acredito que estava pra baixo por causa daquilo!-Suzana falava de uma forma tão doce que senti-me culpada por estar-lhe omitindo a realidade. E naquele momento eu tomei uma decisão.
-Suzi, o que vc vai fazer hoje após o trabalho?- Perguntei olhando-a nos olhos.
Imediatamente Alice me olhou questionando-me com o olhar!
-Vou pra casa, vcs nunca me convidam pra nada!-Foi a resposta queixosa.
-Não convidamos pq vc é muito mais jovem que eu e os meus amigos querida, mais hoje que quero que vá comigo, topa?
-Claro! Ai que legal, eu vou sim, sim, sim!
Alice e eu ficamos assintindo aquela menina loirinha tão encantadora, pulando em nossa frente entusiasmada.
-Ok, então agora vamos trabalhar, ok!-Disse Alice muito contrariada.



-O que pensa que esta fazendo Clara?-Foi a pergunta de Alice assim que entramos em sua sala.
-Fazendo o que?- Me atirei no sofá pois sabia que viriam sermões.
-Sabe que Suzi ama vc, está totalmente apaixonada, antes ela ainda escondia mais agora, ela diz pra quem quiser ouvir que vc é o amor da vida dela, eu achava que fosse brincadeira mais hoje sei que não é. Ela realmente gosta de vc!
-Eu tbem gosto dela e...
-Esta querendo usar ela pra esqueçer Antonia. E depois vai acabar como todas as suas relações, e ela vai sofrer.
-Alice por favor, está exagerando. Eu gosto mesmo da Suzi e decidi que está na hora de me amarrar de verdade. Quero ter alguem pra mim e acho que Suzi...
-Vc não a ama Clara, pelo amor de Deus! Ela é uma menina apaixonada, vai magoa-la, ela não mereçe isso!
-E eu mereço ficar sozinha?- Agora eu estava irritada.-Não quero ficar sozinha, mais tbem não quero qualquer uma, quero alguem que realmente goste de mim.
Ficamos em silencio por alguns intantes, Alice então sentou-se ao meu lado e tocou minhas mãos.
-Me diga uma coisa Clara, olhe pra mim.-Nos encaramos e ela continuou.-Já imaginou se vc começa a namorar a Suzi e de repente a Antonia volta e te procura, o que vc faria?
-Ela não vai voltar.
-E se voltar? E se te procurar?
Mordi meu lábio inferior, eu não queria admitir mais era como se Antonia tivesse me marcado a ferro e fogo.
-Seu silêncio é minha resposta. Só escute bem o que vou te dizer amiga; vc tem todo meu apoio, deve mesmo partir pra outra e esqueçer essa mulher amarga e fria mais, por favor, não com aquela garota que nós tanto amamos, ela não mereçe isso.
Eu ja tinha lágrimas nos olhos, estava com a sensibilidade a flor da pele:
-O que eu faço então Alice? O que?
Ela me abraçou e acariçiando meus cabelos concluiu:
-Vc vai sair dessa, amiga, e depois que vc sair, e se vc sair aí sim, se a Suzi ainda estiver disponível, dou o maior apoio pra vcs.

.........
Naquela noite não consegui dormir nada. Pensava na conversa com Alice, em Suzi e em Antonia.
Havia levado Suzi ao barzinho após o trabalho afinal eu a havia convidado, entretanto, fui o mais amigavel possível, a apresentei a alguns amigos que ela ainda não havia conheçido, e tentei ao máximo inturma-la e disvirtua-la de qualquer esperança que ela pudesse estar tendo a respeito de como aquela noite acabaria. Eu não sabia que ela bebia, quando eu me levantei pra ir embora, vi que ela tbem se levantou, no entanto com muita dificuldade, estava totalmente bebada, mais não era uma bebada inconveniente, era divertida engraçada, agradável. Mais ainda assim, fora de si. Eu até então estava com a intensão de deixa-la ali e pedir para que uma de minhas amigas a levassem pra casa, pois ela pareçia se divertir muito, mais ao ve-la naquele estado, resolvi eu mesma leva-la.
Porém, ao deixa-la em frente a seu prédio, fui surpreendida quando ela jogou-se em meus braços e beijou-me com ansiedade. Delicadamente me afastei e beijei-lhe a mão e a testa. Ela apenas me olhou e disse:
-Eu te amo tanto, Clara.- Seus olhos estavam pesados e ela mal conseguia equilibrar-se sobre os próprios pés.
Eu fiquei olhando-a por alguns instantes imaginando no quanto poderiamos ser felizes se não existisse Antonia, se eu não estivesse totalmente apaixonada por ela.
Abraçei-a novamente mais com a intensão de segura-la, resolvi leva-la até seu apartamento.
Enquanto o elevador nos levava eu fiquei em silêncio tendo-a abraçada a mim com a cabeça em meus ombros, não falamos nada. Peguei suas chaves e abri a porta, ela entrou e me convidou a entrar. Eu toquei seu rosto com carinho e me despedi:
-Tome um banho minha querida, e va para a cama.-E beijando delicadamente seu rosto eu saí.
Agora ali deitada na cama virando-me de um lado a outro eu me perguntava se, não seria melhor se eu viajasse, talvez umas férias. Sabia que fazendo isso seria melhor tanto para mim como para Suzi, que com certeza depois desta noite, não me olharia com os mesmos olhos.
No sábado Suzi não foi trabalhar na parte da manhã, o que me deixou de uma cera forma muito aliviada. Contei a Alice todo o ocorrido e acabei concordando com ela sobre o fato de que eu realmente não deveria me aproximar dela com o intúito de um namoro, não ainda. Mais concordamos que eu deveria sim sair a caça. Em busca de uma aventura.
-Chega de ficar aí derramando lágrimas pela "Michele Pfeifer" não é mesmo?
Eu a olhei confusa:
-Como é que é? De quem vc está falando?
-Não me diga que não acha a Antonia pareçida com Michele Pfeifer?
-Imagina, a Antonia é mais...sei lá ela tem um corpo mais...-Alice ficou me olhando com ar de riso.-Pare Alice, esta me irritando.
-Só estou curiosa em saber o que de "mais" a tal da Antonia tem.
-Vamos parar com essa conversa tá, eu vou pra casa, ficar bem linda e cair na gandaia.
-Onde vc vai?
-Praia mole, bar do Deca, muito gay amigo, muita lesbica linda e muita música! Aniversario do Betinho.
-É assim que se fala amiga.


Atarde não vi Suzi, mais sabia que estava na academia, sabia que ela estava evitando me encontrar, com certeza estaria constrangida. Então antes de sair, passei numa loja de chocolates e comprei bombons, voltei a reçepção da academia e deixei na mesa dela os doces acompanhados de um bilhete. "Vc continua sendo uma de minhas melhores amigas viu, menina maluquinha! Quero continuar sendo reçebida por seus sorrisos!"
Reli o bilhete varias vezes para ter certeza de que não havia nenhum adubo que pudesse alimentar o que ela dizia sentir por mim. E a meu ver aquele bilhete era bem amigavel.
Fui pra casa mais animada com a conversa que havia tido com Alice. Estava decidida a abalar na festa.
Cheguei em casa e fui direto ao banho logo apos ter alimentado Barth e Meg. Um banho demorado e muito relaxante. Ao sair do banheiro vestindo meu roupão rosa, ouvi meu celular tocar insistentemente. Corri pra sala a procura dele em minha bolsa.
-Alo?
-Srta Clara, como vai?
Por alguns segundos senti como se o chão sumisse de meus pés. Era ela.
-Ei, não vai falar comigo?
-Oi.- Foi tudo o que eu consegui dizer.
-Ola, por uns instantes achei que não fosse vc. Como está?
Aquela voz forte e ao mesmo tempo tão provocante ativava meu sangue, fazia meu coração bater descompassado.
Sentei-me imediatamente tentando controlar meu estado de pura emoção.
-O que quer?- Eu tentava manter-me ao menos com a voz controlada.
-Ver vc.



Capítulo 11: cap10
(por tynah , adicionado em 16 de Novembro de 2006)

Silencio por alguns instantes, até que reuní forças e falei:
-Me procure na academia amanhã, ou fale com minha sócia, com certeza é sobre trabalho que quer falar não é?-Tentei ser tão fria quanto ela.
-Não quero falar de negócios, quero ve-la, e quero isso agora.
-Antonia, por favor me poupe desse seu autoritarismo pois não sou sua empregada e...
-Vou te levar pra jantar, estou te devendo um lembra?!-"Como alguem poderia ser tão pratica e objetiva?"
Eu estava decidida a não mais submeter-me aquela mulher, era uma questão de amor próprio, ela tratava-me como a um de seus subordinados, sumiu sem deixar vestigios a mais de vinte dias e agora voltava como se soubesse que eu estaria disponivel a ela.
-Sinto muito mais não vai dar, estou de saída. Vou a uma festa.
-Estou indo buscar vc.-Eu estava sentindo minhas mãos suarem e quando a ouvi dizendo que iria me buscar senti calafrios e um desejo quase encontrolável de submeter-me a ela novamente. Mais resisti.
-Não. Perderá seu tempo, estou...dentro do carro já e...estou indo.- Tentei fazer com que a mentira fosse convincente. Pois afinal eu ainda estava de roupão e toda molhada.-Outro dia marcamos e...
-Vamos jantar hoje Clara. Agora.-Apesar de autoritária, eu sentia um tom de divertimento em sua voz, e isso me irritava mais ainda.
-Já disse que não estou mais em casa Antonia!
-Não mesmo?-Nesse exato momento a porta da sala se abre e dela surge Antonia com o celular ainda no ouvido.
Fiquei paralizada, totalmente sem jeito e sem palavras.
-Quer continuar falando pelo celular?-Foi a pergunta deboxada da outra vendo-me ainda com o aparelho no ouvido.
Respirei fundo e tentando não olha-la de maneira tão intensa eu me levantei imediatamente.
-O que está fazendo aqui?
-Vamos começar tudo de novo? Achei que tivesse sido bem clara ao telefone.
Sem a menor cerimônia ela se sentou e ficou a me olhar.
-Eu tbem fui bem clara ao te dizer que não...
-Foi muito mentirosa isto sim, acaso não sentiu minha falta?
-Não!- Ela apenas me olhava. Eu estava uma pilha de nervos, ver ela ali bem na minha frente, tão linda. Usava uma camisa bem leve tecido transparente onde deixava amostra uma blusinha preta colada ao corpo e uma calsa tbem de tecido fino, bem solta ao corpo e uma sandalha delicada. Os cabelos como sempre, presos num discreto rabo na nuca. Começei a caminhar pela sala temendo ser traída por meus próprios instintos.
-Va se vestir, vou leva-la a um bom restaurante japones.
Neste instante ela se levantou e veio em minha direção. Novamente fiquei paralizada, eu estava morrendo de saudades dela, do cheiro dela, e sua proximidade me deixava ainda mais consiente do quanto ela me fizera falta. Mais eu tinha que ser forte.
-Não vou sair com vc. Vá embora por favor Antonia.
Ela se aproximava lentamente e eu não me mexia.
-Não vou não.-Ela então ficou a apenas meio passo de mim, olhando-me no fundo dos olhos ela disse:- Vou apagar agora esse fogo que esta queimando dentro de mim.
Então tomou-me nos braços e sua boca se uniu a minha num beijo urgente cheio de desejo. Eu não resisti, eu era dela, toda dela. Me entreguei aqueles braços que me apertavam, aqueles beijos que me devoravam.
-Não quer sair pra jantar minha querida então vou me deliciar de vc, vou devorar vc menina.-Ela sussurrava essas palavras no meu ouvido enquanto abria meu roupão expondo meu corpo nu e ainda úmido. Se afastou por alguns instantes e ficou a me admirar. Antes de dar início a sua exploração em meu corpo. Seus toque deixavam rastros de fogo por onde passavam, senti-me sendo levada até o sofá onde fez com que me deitasse, apossou-se de meus lábios novamente enquanto suas mãos provocavam. Eu suspirava e não pensava em mais nada, apenas sentia e sentia. Seus lábios capturaram meus seios e eu delirei, como eram macios aqueles lábios, como era quente aquela boca. Ela continuava a descer e por fim encontrou meu sexo já emplorando por seu toque.
Gozei desesperadamente em sua boca, enquando segurava-a pelos cabelos repetindo seu nome entre gemidos. Eu estava nas nuvens, ela e apenas ela tinha esse poder, ode me conduzir a um outro mundo, algo que eu jamais experimentara com ninguem.
Nesse instante ela sentou-se no sofa e ficou me olhando ainda deitada, ainda torpe.
-Agora vamos comer?-Foi o que ela me perguntou enquanto tentava ajeitar os cabelos que eu a pouco havia bagunçado.Novamente a mulher pratica e fria tomava conta daquele corpo. Sentei-me tbem e fiquei a olha-la.
-Não. Agora que já fez o que veio fazer, deixe-me Antonia eu tenho mesmo um compromisso e...-Meu telefone começou a tocar interrompendo o que eu dizia.
-Alo?...Oi Betinho...claro que vou estou indo...me de mais meia hora tá...bjus, tchau.
Olhei pra Antonia e ela mantinha-se sentada olhando pra mim, olhando meu corpo nu. Imediatamente senti o rubor em minha façe e rapidamente me levantei indo em direção ao meu roupão caído perto da porta. Mais fui barrada por ela que me puxou para si fazendo-me cair sentada em seu colo.
-Me solta!
-Por que gosta de tornar as coisas tão difíceis Clara?-Era estranho ve-la tratar-me pelo nome, sem o srta, professora ou mesmo menina, que ela costumava usar antes do meu nome.
-Por que esta sempre querendo me provar que pode tudo?
Nos olhamos por alguns instantes, eu ainda em seu colo presa em seus braços. Então vi algo inédito no olhar dela, doçura.
-Sinto muito Clara. Eu...tinha a intensão de leva-la pra jantar como uma forma de...me desculpar pelas coisas que te disse, por ter invadido seu local de trabalho, enfim, por te-la magoado.
Eu fiquei boba! Chocada com o que acabava de ouvir, e mais chocada ainda com a expressão de sinceridade em seu rosto.
-Estou em frente a sua casa a mais de meia hora, e pensando em como dizer isso...não costumo falar assim e muito menos me desculpar mas...tbem não costumo ser tão horrivel como tenho sido com vc. Eu realmente não tinha a intensão de...de fazer amor com vc, nem mesmo de beija-la mais...-Nesse intante ela tocou meu rosto-Vc me atrai professora!
Eu a beijei, mais desta vez foi um beijo terno, carinhoso. Então Antonia repentinamente, afastou-se de mim e seguiu em direção a porta.
-Agora vou pra casa, deixa-la em paz. Cuide-se srta Clara.
Imediatamente eu corri em sua direção:
-Espere Antonia, não faça isso comigo. Fique.
-Mais vc tem compromisso e...
-Vamos comigo.
-Imagina, não mesmo. Não tenho mais idade para festas de jovens.
-É aniversário de um amigo, vamos comemorar numa praia aqui perto, é uma praia gay, tem um bar ótimo lá vc vai gostar, vamos!
-Não gosto de praia, não gosto de bares, e não me sentiria bem com pessoas que não conheço.
Aproximei-me dela e fiquei olhando-a. Ela me devorava com os olhos.
-Não quer mesmo ir? Tenho certeza que iria se divertir muito. São pessoas descentes e cultas. - Eu não queria perde-la agora, justo agora que ela me apresentara uma Antonia ainda mais apaixonante.
-Não me obrigue menina, ou terá que me dar algo em troca depois.
-Estou disposta a isso sra Antonia.



O bar estava lotado e assim que entramos em busca do aniversariante muitos olhares formam lançados sobre nós, alias sobre Antonia, era incrível o efeito que sua altura e belesa forte causavam nas pessoas, principalmente nas mulheres do bar. Eu estava usando uma saia que ia até o joelho toda estampada com flores e um top branco, cabelos soltos e nos pés, sandalhas.Ela não fizera comentário algum sobre minha roupa, mais da forma como me olhava perçebi que havia gostado.

Eu a apresentava aos amigos e ela tentava ser gentil, mais na realidade ela estava odiando tudo aquilo.
-As pessoas daqui são surdas? Por que o volume tão alto desse som? Deus, eu vou enlouquçer aqui dentro. Vamos embora!
Ela ja estava saindo por entre as pessoas, quase as empurrando. Tive que me controlar pra não rir, realmente aquilo não tinha nada haver com ela. Corri atrás dela e a alcançei já do lado de fora do bar.
-Espere por favor.
-Não fico mais um minuto nesta muvuca!
-Vamos sentar aqui fora então, o som não esta alto e não tem muita gente.
-Aqui onde?
Eu a peguei pela mão e a conduzi a outra extremidade do bar, o lado do mar livrei-me de minhas sandálias e sugeri que ela fisesse o mesmo, mais ela não quis. A areia era muito fofa e por isso difícil caminhar sobre ela, Antonia muito irritada novamente quis ir embora, mais eu não soltei sua mão e a levei comigo até onde estavam as mesas da outra parte do bar, uma espécie de sacada, bem ampla e com varias mesinhas brancas e cadeiras, nos sentamos e ela um pouco menos irritada comentou:
-É. Me pareçe que aqui podemos ficar.
Eu apenas balançei a cabeça tentando disfarçar o riso.
-Vc não costuma sair anoite em baladas ou algo do tipo?
-Algumas vezes quando era jovem, e naquela época o que se ouviam em boites eram músicas e não barulho.
-Vc fala como se fosse uma velha. A maioria das pessoas que frequentam esse lugar tem nossa idade.
-Tem a sua idade, não a minha. Tenho quarenta e um anos garota.
-Mentira. Eu não acredito nisso Antonia. Poxa está de parabens, tem um corpo de vinte e um rosto de dezoito.
-Ok, me poupe dos confetes, agora me diga quantos anos tem?
-Trinta e cinco.
A expressão de surpresa no rosto de Antonia me fez rir, mais ela nada disse apenas me presenteou com um discreto sorriso.
-Posso atrapalhar o casalzinho mais lindo da festa?- Betinho acompanhado de muitos amigos aproximaram-se e tomaram conta da mesa, todos sentaram, sob o olhar crítico de Antonia, eu a todo momento a olhava suplicante temendo que esta tivesse um de seus acessos de grosseria e autoridade, ela entendia e limitava-se a balançar a cabeça e a beber seu martini

Passava das duas da manhã, eu estava dançando com algumas amigas próximo a mesa, o estilo de musica não era bem o que eu gostava, eletrônica, mais eu gostava era de dançar. Quando de repente vi Antonia levantando-se e despedir-se de todos.
-Boa noite pra vcs e boa festa.-Nem esperou por mim apenas deixou a mesa.
Um pouco constrangida e me despedi de todos rapidamente antes de sair novamente correndo atrás dela.
No estacionamento eu a parei;
-O que foi? Por que saiu daquele jeito?
-Mais dois minutos naquela mesa e eu me avançaria sobre vc menina, e muitas das mulheres naquele lugar estavam pensando o mesmo.
-Não entendi.
Ela me deu as costas e entrou no carro, eu fiquei ali olhando-a atravez da janela.
-Estou atrapalhando vcs, estou no lugar errado e vc...agora entendo que não faz de propósito mas, vc é uma mulher provocante Clara e eu estava a ponto de possuir vc naquele lugar, então vou embora e a srta fique aí e se divirta.
Quando ela ligou o carro eu corri para o outro lado do carro e entrei, sentando-me a seu lado.
-Quero ficar com vc.
Ela ficou me olhando.
-Olha menina! Eu sou um perigo srta Clara.
-Eu tbem sou.



Capítulo 12: cap11
(por tynah , adicionado em 22 de Novembro de 2006)

A lua era cheia deixando a noite menos sombria, dali da varanda do quarto de Antonia eu podia ver o mar chocando-se contra as rochas e causando com o impacto um show de espumas. Era uma paisagem que eu jamais me cansaria de admirar.
Eu estava apoiada no para-peito esperando por ela que assim que me apresentou a seu quarto foi imediatamente atender a um telefonema, fiquei curiosa afinal ainda era madrugada, mais nada disse, fiquei a espera-la ali, estava feliz, aquela Antonia era ainda mais apaixonante do que a outra. Eu não sabia o que estava aconteçendo a ela mais estava amando, amando passar aqueles momentos a seu lado.
Suspirei sonhadoramente, quando senti braços contornarem minha cintura, me aconcheguei a eles e deitei minha cabeça em seu ombro, ela encostou os lábios em meu ouvido e falou:
-Espero que não esteja com sono ou arrependida de ter vindo.
Fechei os olhos enquanto ouvia aquele sussurro em meu ouvido antes de responder:
-Nem uma coisa, nem outra Antonia. Estou adorando estar aqui com vc. Alias, estou adorando essa mulher estranha que invadiu minha casa ontem anoite.
Ela então virou-me para ela, olhamo-nos nos olhos e vi uma leve sombra surgir neles:
-Clara, eu sei que já te disse que sentia muito a respeito de como venho me portando contigo desde que nos conheçemos, mas...há algo que eu ainda não disse.
-Então diz, estou aqui.
Uni-me mais ainda em seus braços que ainda estavam ao redor de meu corpo.
-Não sou esse monstro que atacou vc desde a primeira vez, nunca fui. Claro que tbém não sou esse doce de pessoa que esta falando contigo agora, na verdade sou a coluna do meio, no que diz respeito a minha vida pessoal! Que isso fique bem claro!
Eu ri da maneira firme com a qual ela pronunciou a última frase, mais nada disse, continuei a olha-la. Ela então se desvençilhou de mim e foi pra outra extremidade da sacada. Agora olhava mar no entanto continuou a falar.
-Procuro ser prática, e racional...-Então novamente ela olhou pra mim -Mais existe algo em vc que disperta em mim coisas que...enfim eu não sei se me fiz endender mais acho que eu a odiava por não saber lidar comigo quando estou contigo.
Suas palavras surtiram um efeito avassalador em mim, eu podia concluir com tais palavras que ela tbem gostava de mim, tbem sentia algo forte e incontrolável por mim. Então me aproximei dela e me abandonei aqueles lábios quentes, que bastou para que a chama que tínhamos em nosso intimo encendiassem o quarto.


Era maravilhoso fazer amor com ela, ser possuída de formas tão exitantes e quando ela já dava sinais de exaustão deixando seu corpo nu todo molhado sair de cima de mim e cair sobre os lençois de seda em desalinho, foi minha vez de tomar as rédeas do prazer. Sentei-me na cama e fiquei a admirar aquele corpo nu que ainda ofegava, ela era realmente a mulher mais linda que eu já havia conheçido, então para a surpresa de Antonia eu começei a toca-la nos pés bem devagar, ela me olhou apreensiva e quis sentar-se tbem.
-Shiii, fique deitadinha aí, me deixe explorar seu corpo, com bastante calma, deixa?!- Eu sussurrava em tom provocante enquanto trazia seu pé até minha boca e começava a beijá-lo, ela quis tirar mais eu segurei e continuei as provocações chupando cada dedinho daquele pé delicado. Vi Antonia fechar os olhos e suspirar baixinho então eu continuei minha exploração. Com a ponta da lingua eu fui trilhando por suas pernas até encontrar sua virilha, sentia o cheiro bom do sexo molhado mais reuei, fiquei apenas olhando. Toquei lentamente seu clitóris durinho com os dedos e não contive a um longo suspiro, queria beija-lo, mais resisti, iria provocá-la. Minha lingua continuou o trajeto passando pela barriguinha definida da mulher até chegar aos seios, aqueles mamilos róseos e duros me enlouqueçiam, eu passeava minha lingua por eles, e dava-lhe pequenas mordidinhas. Antonia tocou meus cabelos querendo trazer-me para si, eu então segurei suas mãos.
-Calma, me deixe toca-la...quero que sinta, quero que fique apenas sentindo meu toque... linda.
Perçebi que ela não estava acostumada a condição de submeter-se, e eu adorei isso, ela com voz tremida de desejo falou:
-Clara...eu não quero que...- Nesse momento eu a calei com um beijo avassalador antes de dizer:
-Eu quero. Eu quero possuir vc Antonia, como vc jamais foi.
Com muita habilidade eu rapidamente me posicionei entre suas pernas e segurei seus quadris olhando-a intensamente, até descer novamente até o sexo molhado de minha presa, e não mais resisti, minha boca apossou-se dele e eu o chupei com muito desejo e paixão, enquanto meus dedos a penetravam.
E durante muita horas eu a tive para mim, eu a possuí. Amei todo seu corpo como bem quis, eu a vi enlouqueçer em meus braços, de prazer, eu a ouvia gemer, me morder. E no intante em que eu cavalgava sobre seu corpo, submetendo-a a me possuir, invadindo meu sexo com seus dedos impiedosos, vi Antonia com a outra mão afastar meus cabelos do rosto e olhar-me no fundo dos olhos e dizer:
-Preciso ve-la gozar pra mim agora...Por favor querida, assim goze pra mim.- Eu ainda rebolava sobre seu corpo ofegante, estava a ponto de sentir o alto do prazer, mais ainda não.
Então eu a invadi tbem com meus dedos e senti o quanto ela estava tbem exitada.
-Goze comigo então Antonia, goze agora.- E neste intante os movimentos tornaram se mais rapidos eu me contorcia sobre ela descontrolavelmente, até que um grito saiu de nossas gargantas no mesmo intante, enquanto Antonia arqueava seu corpo vindo de incontro ao meu, colando-se a mim nos abraçamos fortemente, enquanto as batidas descompassadas dos corações se confundiam.



Acordei preguiçosamente virando-me na cama até me dar conta de onde estava. Abri os olhos rapidamente e perçebi que assim como da primeira vez, Antonia não se encontrava a meu lado. Senti um frio no estômago. Será que novamente ela falaria comigo apenas pelo telefone, e da mesma fora?
Quando fiz mensão de levantar-me, ouvi passos, então fechei os olhos, me cobri com o lençol e fingi que ainda dormia. Ela entrou no quarto e falva, seu tom era baixo mais eu podia ouvir, falava ao telefone:
-Não me interessa que horas são lá neste momento, não me interessa que dia é hoje. Quero que vá até lá agora e só me ligue quando tiver boas notícias!
O estalido que se seguiu me fez perçeber que ela desligava o celular sem ao menos ouvir o outro lado. Continuei de olhos fechados, senti medo de abri-los, ela pareçia irritada. Mais afinal ela era sempre irritada, exeto a noite anterior, exeto aquela maravilhosa e inesquecível madrugada. Senti que os lenções eram lentamente afastados de meu corpo. Me mantive de olhos fechados. Então senti lábios quentes tocarem minhas costas, meu corpo todo reagil, mais continuei imóvel e surpreendentemente agora sentia os mesmos lábios pousarem em meu bumbum. Agora eu não resisti, abri os olhos e sorri para ela. Ela me retribuiu o sorriso e eu pude ver o quanto ela estava linda, dentro de um roupão bordô, os cabelos soltos, e o olhar radiante. Sentou-se a meu lado a beira da cama ficou a me olhar:
-Boa tarde menina levada!
-Boa tarde mulher maravilhosa!
Nos olhamos intensamente antes de Antonia levantar-se novamente:
-Sabia que já passam das 3 da tarde?
-Nossa, preciso ir, minha mãe deve estar preocupada.
Levantei-me rapidamente em busca de minha bolsa.
-Ainda é vigiada pela mãe srta Clara?
Imediatamente eu a olhei temendo encontrar novamente aquela postura insuportavel, mais para minha surpresa ela ainda mantinha-se com o mesmo olhar, terno e doce.
Antes que eu pudesse dizer algo ela falou:
-Calma Clara, estava brincando apenas.
Eu fui lentamente ao seu encontro e a abraçei, minha Antonia ainda estava ali, e não a poderosa.
-Preçiso ligar pra ela, almoçamos juntos todo domingo, a família toda e olha...-Disse mostrando-lhe meu celular- Ela me ligou várias vezes.
-Não me diga que irá me deixar agora? Fique comigo hoje Clara.
Claro que eu ficaria, era o que eu mais queria no mundo. Liguei para minha mãe e apenas disse que não poderia estar com eles naquele domingo, pois estava na casa de amigos, falaria com ela assim que voltasse pra casa. Depois de confirmar mil vezes que estava bem, pude desligar o telefone, Antonia me olhava interssada mais nada comentou.
-Pronto. Agora sou toda sua por hoje.
Ela aprocimou-se de mim e tocou meu rosto com a ponta dos dedos.
-Não querida, não será toda minha apenas por hoje.



Capítulo 13: cap12
(por tynah , adicionado em 27 de Novembro de 2006)

Foi o fim de semana mais feliz e maravilhoso que eu já havia tido em toda vida, passamos aquela tarde de domingo como um legítimo casal de namoradas, passeamos de barco pelas ilhas de Jurere Internacional, entre muitos beijos, carícias e muitas provocações durante a viagem.
Claro que ela havia levado trabalho consigo, pois a cada meia hora estava ao telefone, o que me irritava mais não ao ponto de fazer algum comentário. Eu a via desfilando pelo barco enquanto falava ao telefone, usando um maiô vermelho muito lindo, os cabelos soltos, que a deixavam inacreditavelmente mais linda, a canga florida amarrada na cintura e oculos escuros. Eu a admirava a todo instante, tentava disfarçar mais era algo mais forte que eu, e quando me lembrava da noite anterior; sentia arrepios.
Já era noite quando voltamos pra casa dela, enquanto eu tomava um gostoso banho e me preparava para o jantar, Antônia retirou-se a seu escritório juntamente com Otávio, que a aguardava quando chegamos. No entanto no momento em que eu já deixava o banheiro de sua suíte enrolada em uma toalha, fui surpreendia por sua presença sentada na cama olhando intensamente pra mim. Perçebi imediatamente o que ela queria, e atendi prontamente, atirei a toalha pra longe e me atirei em seus braços. E ali fizemos amor novamente por pelomenos duas horas.

Quando já estávamos jantando em uma varanda muito charmosa envolta a um belo jardim de inverno, é que me dei conta de que Maria não se encontrava na casa.
-Onde está Maria?
-Viajou pra Portugal assim que eu voltei. A negócios.
-O Otávio já foi?
-Vc o conheçe?- Foi a pergunta curiosa da outra.
-Sim. Foi ele quem me pagou quando vc viajou, vc me mandou vir aqui buscar o cheque,lembra-se?
-Sim, claro.-Notei que ela ficou a me observar de forma estranha mais nada disse, continuou a comer.
Novamente surgiu o mordomo com o telefone na mão.
-Senhora, telefone.
-Quem é?
-Srta Pietra.
Ao ouvir de quem se tratava Antonia imediatamente atendeu e se levantou, saindo dali. Fiquei entrigada, quem seria Pietra? O rosto da loira misteriosa que eu havia visto em companhia dela na festa e ali mesmo naquela casa, imediatamente surgiu na minha mente.
Antonia demorou muito a voltar e quando voltou eu já havia jantado e ela apresentava uma fisionomia muito perturbada.
-Algum problema?- Perguntei, levantando-me e indo a seu encontro.
-Nada. Venha vou te levar pra casa.


Antonia nem ao menos desceu do carro, me deixou em frente minha casa, me deu um leve beijo nos labios e partiu.
Entrei em casa intrigada e por mais que tentasse, era impossivel não admitir que eu estava com ciúmes. Quem era Pietra? Teve o poder de transformar novamente Antonia na mulher pratica e fria que eu já conheçia. Meus pensamentos foram interrompidos pela festa de Meg e Barth que pulavam sobre mim assim que me viram na sala:
-Oi crianças, sentiram a falta da mamãe é!?



Na segunda feira eu apesar de estar ainda um pouco intrigada com o misterioso telefonema de Antonia, estava feliz pelo fim de semana que havia tido, e isso se refletia em meu semblante, pois todos notavam minha felicidade. A começar por Suzi que, pra meu alívio, voltara a ser a garota maluquinha que eu conheçia:
-Bom dia chefinha, mais que cor de pele maravilhosa é essa?! E que sorriso feliz é este?- Indagou ela já vindo em minha direção para reçeber-me com um gostoso abraço.
-Que bom ve-la Suzi! Eu tive um fim de semana digamos...produtivo. Tive tempo para um "bronze".
-Esta mais linda. Se é que isso é possível!
-Deixa de ser boba menina, agora me solte e vamos trabalhar.

-Bom dia Alice.- Entrei irrompendo a sala de uma forma tão brusca que fez com que Alice se assustasse.
-Quer me matar do coração guria?-Queixou-se ela levando as mãos ao peito.
Rindo da expressão dramática da outra eu entrei e fui logo me sentando no sofá preguiçosamente como fazia quase todos os dias antes de começar a dar as aulas.
-O que foi Alice, está com a cabeça na lua é?
-Não. Estou bem conçentrada em meu trabalho. Vc é que anda com a cabeça em outro lugar faz tempo. Que cara de boba é esta?
-Antonia voltou.
-Não me diga?! Pois saiba que já estou sabendo de seu retorno, e sei tbem de algo que acho que vc não sabe.
-Mais como vc sabia que ela está aqui?
-Fui procurada pelo pessoal dela, que está atuando em um dos shoppings daqui, e eles querem nos fazer uma proposta.
-Como assim? O pessoal da empresa da Antonia?- Imediatamente eu fui me sentar frente a Alice em sua mesa.
-A secretária me ligou quando eu ainda estava saindo de casa, querem nos fazer uma proposta a respeito da academia.
-Que proposta?
-Não sei, marquei uma reunião para hoje após a uma da tarde, nos escritórios do shopping mesmo, vamos eu e vc.
-Mais...ela não me disse nada, e passamos o fim de semana juntas.
-Esteve todo o fim de semana com ela?-Foi a pergunta impressionada da outra.
-Tem certeza de que são pessoas da empresa dela?
-Claro querida, será com representantes da empresa dela e com acionistas ou representantes dos acionistas do shopping que teremos essa reunião.
-Sera sobre o que?
-Não tenho certeza mais acho que querem que transfiramos a academia para o shopping.
-O que não vai aconteçer, é claro!
-Por que não? Se a proposta for boa, podemos pensar.
-Alice já falamos a este respeito outras vezes e vc sabe o que eu penso sobre isso, por que sairiamos de um lugar que é nosso, para trabalhar para os outros?
-Mais Clara...-Sem deixa-la concluir a frase, me levantei e conclui:
-Mais nada Alice eu não concordo e ponto final.
Deixei a sala e fui iniciar minha aulas, indagando-me do por quê Antonia não havia me dito nada.

Passava do meio-dia quando deixei os alunos e fui direto a vestiário tomar banho para o almoço. Ao chegar na lanchonete encontrei Alice me esperando:
-Vamos?
-Vamos onde?
-A reunião Clarinha, por favor!
-Alice eu achei que estivesse sido clara contigo de manhã!
-Vamos apenas ouvi-los amiga, vc não sabe o que irão propor, vamos.
Eu tinha duas preocupações na cabeça; e uma delas era o motivo pelo qual Antonia não havia me dito nada, o outro era realmente do que se trataria a reunião. Então decidi que se fosse, teria as duas respostas, pois havia pensado em ligar para Antonia e perguntar, mais era algo profissional o que estava aconteçendo então, eu teria que ser profissional.
-Ok, vamos Alice.


Estávamos no elevador quando preçebi o estado de nervos de Alice:
-Calma amiga é só uma reunião, eles vão nos apresentar propostas e só!
-Pareçe até que vc não tem noção do que a empresa de Antonia representa!
-Na verdade não tenho não, e acho que isso não faz diferença pra nós.
Nesse instante o elevador se abriu, e vi claramente a expressão de deslumbramento de Alice com aquele ambiente tão sofisticado, o local em que eu ja havia estado antes com Maria.
-Olha só este lugar, Clara! Pareçe úm setor administrativo?
-Realmente é bem bonito.
-Pois não senhoras?-Foi a pergunta gentil de uma moça muito bem vestida que nos reçebeu.
-Alice Monteiro e Clara Assis. Temos uma reunião marcada.
-Sim claro. Podem me acompanhar por favor.
Seguimos em direção ao largo corredor até uma sala lateral. A moça abriu a porta e nos fez entrar.
-Aguardem apenas alguns minutinhos que logo eles as chamarão.
-Obrigado.
Assim que a jovem se retirou, novamente Alice começou a admirar o local.
-Que lugar impressionante, nem pareçe que estamos no ultimo andar de um shopping!
-Tá Alice, agora me diz, o que vc pretende?
Quando ela fez mensão de abrir a boca a porta se abriu, dando passagem a vários homens impecavelmente vestidos com ternos.
-Boa tarde sras, desculpem-nos o atraso. Nos acompanhem por favor!
Nos incaminhamos até uma outra sala, muito ampla e com uma imensa mesa.
Nos sentamos e a reunião iniciou.



-Por que não me disse Alice?-Eu andava de um lado a outro na sala muito irritada, alterando o tom de voz sem perçeber que ainda estava na sala de reuniões do shopping. Todos já haviam saído da sala, deixaram nos a sós ao constatarem de que eu estava totalmente por fora do assunto.
-Eu estava com tudo sob controle Clara, iria pagar agora, no próximo semestre.
-Hipotecada! Nossa academia hipotecada!
-Se eu te dissesse vc iria querer resolver novamente como já vez antes, então eu não quis que soubesse afinal, estava tudo sob controle e...
-Sob controle Alice, o que é sob controle pra vc? Ter um imóvel hipotecado e agora saldado por uma empresa que agente não conheçe fazendo de nós empregados deles?
Eu estava a ponto de explodir, como acreditar que havia sido apunhalada pelas costas pela melhor amiga!?
Alice agora não conseguia conter o choro e isso me fez tentar controlar minha irritação. Então fui até a enorme janela e por alguns instantes me mantive de olhos fechados, tentava me acalmar.
-Podemos continuar?
Foi a pergunta de um dos acionistas que novamente estava na sala juntamente com os de mais.
Eu voltei-me e sentei, evitava o olhar de Alice.
-Agora podem nos dizer o que querem exatamente?
-Bem sras a empresa deseja que...
-Boa tarde senhores.
Todos voltaram-se para porta afim de constatar a presença da dona da voz.
Todos os homens da sala se levantaram, como um sinal de respeito e educação algo atípico no Brasil.
Eu apenas fiquei olhando, atônita. Antonia em seu trage executivo, entrar na sala e ocupar a cadeira de autoridade máxima da sala. Assim que ela se sentou e todos tbem sentaram ela me lançou pela primeira vez seu olhar.
-Boa tarde sra, pensamos que não participaria desta reunião.- Foi o comentário de um dos homens.
-Pois pensaram errado, agora vamos ao que interessa.-E olhando firmemente em meus olhos ela começou:
-Podemos continuar?-Foi a pergunta gélida da outra.
Fiquei em silencio, tentando controlar a mágoa que me corroía por dentro. Antonia começou a falar sobre as mudanças naquele shopping e no quanto seria boa a instalação de uma conceituada academia naquele lugar.
Soltei os cabelos e ficava a pentea-lo com os dedos em sinal de nervosismo e ansiedade. Tentava não desmoronar ali mesmo, mais estava difícil. Ninguem falava, apenas ela, com aquele jeito arrogante e prepotente que eu odiava, e naquele momento eu odiava mais ainda.
-Fui clara sras?-Foi a pergunta dirigida a nós.
Alice ficou em silêncio, pareçia amedrontada, baixava os olhos e agora ela esperava que eu tomasse as decisões em relação ao futuro da academia.
-Foi sim sra Antonia, muito clara.- Eu agora a olhava de forma desafiadora.-No entanto eu não aceito sua proposta.
Foi como se uma bomba caísse sobre aquela mesa, todos me olharam de forma perplexa.
Menos Antonia que pareçia já esperar por esta resposta.
-Posso saber o que te faz não querer aceitar a proposta?
-Porque não gosto da proposta e não gosto da idéia de trabalhar com pessoas como vcs!
A resposta foi petulante, exatamente como eu queria que soasse.
Imediatamente um dos senhores educados contra-atacou:
-A sra não está em posição de aceitar ou não e muito menos de falar...
-Sr...-Antonia interrompeu a reação do outro.
-Marcos Martins, sou um dos acionista do shopping sra Antonia e...
-Sr Marcos, sugiro que o sr fique em silencio ou sairá desta sala imediatamente.
Seu tom era firme e seco. Eu estava uma pilha de nervos e vendo o rubor que tomou conta do rosto do homem a minha frente, fiquei ainda mais nervosa. Ela então voltou-se para mim.
-Continue srta Clara. Defina "pessoas como nós".
Perçebi que ela intimamente se divertia com minha irritação, então tomada de uma furia incontrolável, levantei-me rapidamente e falei:
- Quer saber, vá vc e todo esse seu circo, pro inferno! Querem nossa academia, pois bem fiquem com ela!
E dizendo isso eu me retirei, sob os olhares perplexos dos outros. Porem ao alcançar o elevador senti mãos me segurarem pelo braço, era um dos seguranças.
-Me solta!
-Desculpe srta, mais tenho ordens para leva-la a sala da sra Antonia.
-Não vou. Vou pra casa, me solte seu idiota!
A cena chamava a atenção de todos os executivos que circulavam pelo local, eu tentava me livrer do homem enorme de terno preto que me segurava, mais era inútil.
-Por favor sra, estou fazendo meu trabalho.
Então, notando que estavamos fazendo um show ali para aquelas pessoas esnobes eu resolvi ceder, e o acompanhei.
-Me solte, que te acompanho.
Ao entrar naquela sala maravilhosamente decorada eu ainda assim não via beleza alguma, queria matar alguem.
O homem saiu e em seguida Antonia entrou.
-O que vc ainda quer comigo?
Foi minha pergunta a queima-roupa.
Ela no entanto agiu como se nada estivesse aconteçendo, aproximou-se de mim lentamente e falou:
-Na verdade srta Clara, eu ainda quero muita coisa de vc, mais no momento...-Nesse instante ela me segurou pelos ombros firmemente, e aquele toque me queimou a pele.-...eu só quero isso!
E novamente ela calou-me com um beijo quente e voraz!



Capítulo 14: cap13
(por tynah , adicionado em 28 de Novembro de 2006)

Era como uma droga, eu simplesmente não conseguia resistir aos beijos de Antonia mesmo estando furiosa com ela, quando ela me tocou, quando eu senti seus lábios molhados e sedentos, tudo, absolutamente tudo ficou pequeno e eu me entreguei totalmente às suas carícias. Porém, no intante em que nossos lábios se separaram, senti voltar-me toda a raiva novamente:
-Por que fez isso comigo Antonia?- Eu estava triste, sentindo uma angustia horrivel. Ela ao se afastar de mim, voltou a sentar-se em sua mesa imponente.
-Por que não quer aceitar a proposta?- Foi a pergunta insolente da outra.
Caminhei lentamente até uma das poltronas em tom bordô e me deixei cair pesadamente sobre ela, estava exausta.
-Tirou de mim o que levei a vida toda pra conqustar, ter minha independência profissional. Agora quer que me submeta a ser uma empregada novamente, sua empregada?!-Meu tom era pausado, estava triste demais para brigar.
Antonia continuava imóvel em sua cadeira,ora olhando para mim, ora para tela de seu computador, não se emportava com o que eu estava sentindo naquele momento.
-Clara, aceite a proposta. Tenho certeza de que não irá se arrepender, terá tanto ou mais lucros do que naquela academia falida!
Eu notava nela um total descaso, falava comigo, como se eu já estivesse trabalhando pra ela.
Como eu podia acreditar que aquela mulher a minha frente, era a mesma que havia me proporcionado os melhores e mais felizes dias da minha vida!? Eu a olhava profundamente, até que perçebi que num mesmo dia eu havia perdido a confiança em minha melhor amiga e sócia, meu investimento e a mulher da minha vida.
Lentamente me levantei e me encaminhei até a porta, vendo minha atitude, Antonia levantou-se e me chamou:
-Clara! Volte aqui, ainda não acabamos.
Perçebi que pelo tom de voz ela perdia a paciencia, mais pra mim, naquele momento não faria a menor diferença, voltei-me para ela antes de rebater:
-Pois fique com a academia falida Antonia, faça o que quiser afinal, vc pode tudo.
- Clara, se sair por esta porta eu mandarei os seguranças traze-la novamente.- Enquanto falava ela se aproximava de mim lentamente.
-Isso tudo é...um tipo de vingança ou algo assim? Porque eu não entendo...- Eu lutava contra a imensa vontade de explodir em prantos, mais não daria esse prazer a ela.
Inesperadamente Antonia puxou-me pela mão e fez com que eu me sentasse novamente na poltrona a seu lado.
Dexei-me ser conduzida como um robô,tudo pareçia um sonho, ou melhor um pesadelo!
-Ok, ok. Deixe-me explicar o que houve, não quero ve-la infeliz por minha causa!- E tocando meu rosto com uma das mãos, continuou:- Olhe pra mim menina, isso. Eu não sabia de tudo isto, fui pega de surpresa tanto quanto vc.
Suspirei profundamente, em sinal de impaciencia, não podeia acreditar no que acabava de ouvir.
-Sim, a dona do mundo não sabia de nada. Ésta piada é velha sra Antonia.
-Quer por favor me ouvir? Estou tentando esclarescer as coisas, estou fazendo algo que não tenho obrigação alguma de fazer, então ouça!-Agora ela estava irritada, sua voz era firme e grave.
Apenas fiquei olhando-a. E ela continuou:
-Eu estava em Lisboa ha duas semanas, voltei no sábado. Quem cuidava de meus negócios aqui eram Maria e Otávio, porém a função da minha empresa é apenas financeira, e claro, estamos sobre os investimentos o tempo todo para nos certificarmos de que fazem um bom trabalho. O que quero te dizer é que nem mesmo Maria sabia disso. Eu não entendo nada de shopping e academias e lojas enfim, entendo de dinheiro. -Ela então se levantou e passou a caminhar pela sala enquanto discursava:-Pois bem, no que me consta, este lugar precisava de algo mais para tornar-se um diferencial entre os outros, então decidiram que faltava uma academia, mais não uma academia qualquer, como todos os shoppings tem, mais deveria ser a sua academia, pois eles viram a apresentação que vcs fizeram aqui a algum tempo, no dia em que eu a vi dançando, lembra-se!
-Isso não tem nada...-Eu quis fazer meu comentário mais fui bruscamente interrompida.
-Silencio Clara! Deixe-me terminar, depois faça o comentário que quiser fazer, ok!
Me odiei por obedeçe-la.
-Esta proposta foi apresentada ao Otávio, nos dias em que Maria tratava de investimentos bem mais importantes em outra cidade deste estado, ele aceitou a implantação da academia, da sua academia e foi tudo. O que se desenrola após isto, vem dos associados do shopping, soube do que estava aconteçendo quando por acaso ouvi seu nome sair da boca da recepcionista ao telefone quanto eu entrava no recinto. Quando ela informava que fulano de tal estava numa reunião com as duas proprietarias da academia, enfim. Imediatamente pedi o projeto do shopping e la encontrei a academia de vcs como sendo o mais novo investimento da loja!
Eu ouvi a tudo sem dizer nada, via a expressão de Antonia e um alívio inexplicável apoderou-se de mim, no entanto ainda não estava convençida:
--Então por que apareçeu na reunião compactuando com o que aqueles abutres propunham?
-Pelo amor de Deus Clara, sou Antonia Candido, tenho que ser assim, tenho que ser profissional, nada tem haver conosco, eu não deveria ter participada da reunião, não era problema meu, mais...Cristo, como as coisa tornam-se complicadas quando existe vc envolvida!
Sua ultima frase saiu como um desabafo, Ela sentou-se novamente a meu lado com sua postura altiva a me olhar. E eu aos poucos me via sendo presa novamente em sua teia.
Voltei-me para ela e disse:
-Certo. Acho que estou misturando as coisas, minha briga não é com vc.
Antonia aproximou-se de mim e tocou meu rosto com as pontas dos dedos, era novamente minha Antonia que estava ali.
-Não haverá brigas menina, eu resolverei isto, não se preocupe com nada.
-Eu não quero que vc faça algo por mim, eu e a Alice vamos resolver isto sei que...
-Poupe-me de disculsões sem sentido professora, esta resolvido. Agora venha cá!
Ela então me puxou para si e colou seus macios lábios nos meus, fazendo com que uma corrente elétrica passeasse por todo meu corpo, me envolvi em seus braços e tudo foi esqueçido, até o momento em que por várias vezes o telefone tocou, e eu a vi abandonar-me e ir atender, lamentei por ter sido abandonado no momento em que já ofegávamos de desejo, perçebi que já estava sem o moletom. Já estava vestindo-o novamente, quando a ouvi falar ao telefone:
-Não quero ser interrompida pelas próximas horas...não...desmarque, e não me transfira nenhuma ligação estarei em umar reunião muito importante, quando acabar eu informo, ok!
Eu fiquei observando-a ao telefone, seus cabelos ja estavam totalmente em desalinho, eu adorava soltá-los enquanto nos beijávamos, mesmo sob os protestos da outra. Ela então se aproximou de mim novamente e pegando-me pela cintura, colou seu corpo ao meu.
-Faremos uma reunião agora srta Clara, apenas vc e eu, e sem hora pra acabar. -Ela sussurrava em meu ouvido entre beijos e mordidas que me levavam a loucura.
-Não me diga que vamos...
-Vamos sim querida, vamos sim.



Capítulo 15: cap14
(por tynah , adicionado em 30 de Novembro de 2006)

Após longas duas horas de puro prazer nos braços de Antonia, e em seu escritório, muito contrariada, deixei sua sala. Porém não sem antes dar-lhe milhares de beijos, algo que a deixava sem jeito, ela não gostava de demonstrações de afeto, que não fosse durante o ato de amor, e eu amava isso nela, alias, eu amava tudo naquela mulher, mesmo quando a odiava.
Ao fechar a porta atrás de mim, surpeendi-me com os olhares que muitas pessoas que circulavam pelo ambiente me lançaram, intintivamente toquei em minhas roupas para certificar-me de que não havia me esqueçido de nada, tentei ao máximo disfarçar o contrangimento e levantando a cabeça segui pelo corredor e na recepção encontrei Alice sentada com clara expressão de tensão, novamente o ocorrido voltou a perturbar-me fazendo toda a magoa e decepção voltarem a tona. Me aproximei dela lentamente:
-Ainda está aqui Alice?-Fui fria.
-Estava esperando por vc, onde estava? Demorou tanto.- Sua voz era tensa e ela evitava me olhar.
-Onde eu estava não vem ao caso Alice, vamos conversar.



............


Passava das nove da noite e eu estava em casa a espera de minha mãe, que ligara avisando de que iria jantar em minha companhia, e claro, ela prepararia o banquete.Barth e Meg corrigam pela casa como duas crianças enquanto eu tentava ajeitar rapidamente a casa antes de Mara chegar, ela sempre se encomodava com desordem então para não ouvir sermões de horas eu sempre tentava organizar ao máximo a casa.
Ela chegou cheia de compras nas mãos, peixe, camarão e muitos temperos:
-Mãe. Não precisava, eu tenho tudo em casa.- Eu dizia enquanto pegava as sacolas de suas mãos e levava para a cozinha.
-Tem sim. Tem tudo congelado! Querida, vc precisa aprender que comida congelada não presta, é saudável comer tudo fresco!
-Ok. Vc tem razão dona Mara, e se a comida for fresquinha e preparada por suas mãos, tornam-se manjares dos deuses!
-Isso mesmo.-Disse ela já tomando conta da cozinha.-Agora me deixe trabalhar pois já é tarde e vc deve estar faminta não é filha!

Enquanto ela preparava o peixe, eu apenas a observava sentada em uma cadeira bebericando um suco de cajú e contando-lhe as últimas novidades, ela então surpreendeu-se ao ouvir sobre a situação da academia.
-Quer dizer que a Alice tentou te passar a perna?
-Não mãe, vc não entendeu. Quando eu ofereçi a proposta da compra da academia a ela, ela aceitou prontamente mais não tinha todo o dinheiro, então ela fez um impréstimo para conseguir entrar como minha sócia. Aconteçe que tornou-se uma bola de neve, ela havia me dito uma vez que estava passando por problemas finançeiros, mais não quis entrar em detalhes, então eu lhe emprestei algum dinheiro e momentaneamente ela pode resolver. Quando enfim a coisa ficou feia, eles avisaram que iriam hipotecar a academia mais ela teve medo de me falar afinal eu já a havia ajudado uma vez, então pediu um prazo e estava tentando conseguir dinheiro por conta própria e com a ajuda do Márcio- o marido dela- mais quando ela já estava pronta pra pagar, foi surpreendida com a notícia de que já havia sido paga.
-Então quer dizer que a academia não é mais sua?- Perguntou ela preocupada.
-Minha parte continua sendo minha, mais a dela agora é de um grupo de Argentinos donos de um Shopping do centro. E eles agora querem que eu aceite levar a academia para o shopping.
-E vc?
-No primeiro momento fiquei desesperada, achei que havia perdido a academia, mais a Antonia me explicou tudo e disse que não sou obrigada a aceitar e caso eu não queira mudar-me para lá eu não preçiso mais aí eu teria que enfrentar os obstaculos que eles colocariam para me precionar.
-Vai fazer o que então?
-Antonia disse que irá resolver isto.
-E quem é esta Antonia que surgiu na conversa?
Senti meu rosto queimar com a indagação da outra, e ela, no mesmo intante notou.
-Não me diga que é a tal da moça portuguesa?
-Sim.
Vi o riso estampar no rosto dela e me senti envergonhada:
-Para com isso mãe, ela...ela só quer ajudar e...tbem é dona do shopping e...
-Filha, quando vc fala nessa mulher vc fica pareçendo uma criança sabia?! Saiba que quero conheçe-la, se estão juntas, eu tenho o direito de conheçer a nova namorada da minha filha, não tenho?
-Mãe, ela não é minha namorada ela é...
-Não me venha com a conversa de que vcs estão ficando, sabe que não gosto disso.
Não me contive e começei a rir da irritação de Mara, pareçia que naquele momento eu tinha novamente 18 anos:
-Ok. Mãe eu vou te apresentar a ela, um dia desses tá!
-Não pense que vou esqueçer!
-Sei que não vai, vc é mais cabeça dura do que eu.
-Então agora vamos comer, comida fria é horrível.
No momento em que acabávamos de nos sentar, ouvi o som de batidas na porta.
-Acho que é a Alice. -Levantei-me rapidamente e fui atender a porta.
Ao abri-la fui surpreendida com a imagem daquela bela mulher em minha frente:
-Antonia?- Ela estava linda, cabelos soltos como eu adorava, e um macacão muito elegante cinsa.
-Posso entrar professora?- Ela trazia uma garrafa de vinho nas mãos. Afastei-me e dei espaço para que entrasse.
Assim que Antonia viu que eu não estava sozinha, seu sorrizo desapareçeu e o olhar tornou-se sombrio.
-Estou atrapalhando? -Perguntou olhando fixamente nos olhos de minha mãe.
Esta levantou-se e veio em direção a Antonia com seu melhor sorriso nos lábios,alheia a expressão carrancuda de Antonia.
Antonia dirigiu-se novamente a porta afim de ir embora:
-Boa noite srta Clara.- Ela estava irritadíssima e só então pude perçeber que ela estava com ciúmes, não contive a um ataque de riso.
Isso a irritou mais ainda e ela aproximou-se de mim e ficou a me olhar, eu não conseguia me controlar, diante ao absurdo da situção.
-Vc é mesmo uma...
-Ei mocinha, cuidado com o que vai dizer, sou mãe dela e exijo que a respeite!
Foi impagável a expressão em que o rosto transtornado pela raiva se transformou, Antonia fechou os olhos por alguns segundos e entes que pudesse dizer algo, Mara mesmo a salvou;
-Sou mãe dessa garota boba que não para de rir ao seu lado. Pare com isso Clara, e traga sua namorada para jantar.
O riso sumiu do meu rosto ao ouvir a palavra namorada sair da boca de Mara. Olhei pra Antonia que ainda totalmente sem jeito retribuiu-me o olhar.
-Já disse que não somos namoradas mãe. Vamos jantar conosco Antonia, ela preparou um peixe assado com batatas e...laranjas.
-Não eu...
-Ora, deixe de besteira Antonia, venha comer, tenho certeza de que irá adorar, traga este vinho, eu adoro vinho!
Ambas nos olhamos, e vençidas obedescemos Mara em contraria-la, sentamo-nos muito comportadas enquanto Mara nos servia.
Eu estava impressionada com a postura de Antonia, pareçia uma menina, aos poucos foi se soltando com minha mãe e ao final do jantar pareçiam mãe e filha. Em momento algum Mara sentiu-se intimidada por Antonia e acho que foi isso que a fez comportar-se como sua filha. Em alguns momentos eu a via envergonhada e meio sem jeito com as perguntas que minha mãe fazia, e era lindo ve-la assim.
Após o jantar, Mara não cabia em si de tantos elogios que reçebera de Antonia sobre seu jantar.
-Estava fabuloso sra Mara, espero um dia poder me deliciar novamente de usa culinária.
-Com certeza minha filha, vc ainda ira comer muito da minha comida.- Foi a resposta da outra olhando sujestivamente para nós duas. E novamente nós duas ruborisamos.
Mara se divertia com o constrangimento de nós duas e sentia-se totalmente a vontade, enquanto tomavamos o vinho na sala.
-Sabe que já ouvi muito sobre vc Antonia, Clara gosta muito de vc.
-Mãe! Acho melhor te levar pra casa acho que já bebeu demais.
-O que a Clara tem dito a meu respeito sra Mara?- Foi a pergunta curiosa da outra.
-Para com isso vc tbém Antonia, venha mãe eu...
-Tudo bem querida, eu vou sozinha estou de carro. E vc sabe que não bebi demais, uma taça apenas. Afinal é tudo o que posso beber.
-Por que?-Perguntou curiosa Antonia.
-Sou muito fraca pro alcool, meu estômago é fraco e fico embreagada muito rapidamente. A Clara é como eu.
-Sim, a senhora tem razão, a Clara é bem fraquinha pro alcool.- Ela me lançou um olhar de provocação, com certeza estaria se lembrando da primeira vez em que haviamos feito amor, quando eu havia bebido.

Estavamos na varanda nos despedindo de Mara, quando ela apos me abraçar, voltou-se para Antonia e fez o mesmo antes de dizer-lhe:
-Gostei de vc Antonia, apenas peço que cuide bem da minha filha tá!
Eu fiquei chocada com o comentário, mais nada pude dizer pois ela ja entrava no carro e saía buzinando um adeus.
Suspirei profundamente antes de olhar para Antonia.
-Desculpe. Pelo constrangimento.
-Sua mãe é a pessoa mais interessante que já conheçi.- Disse ela sinceramente olhando em meus olhos.-Não me admira que seja sua mãe. Mais como é jovem não!
Eu a olhei intensamente antes de dizer:
-Ela tbem gostou muito de vc.
-Bem, agora será que poderei fazer o que vim fazer?
-O que veio fazer?- Disse me aproximando lentamente dela.
-Devorar vc.
E um beijo ardente deu início a noite de amor que estaria por vir.

Trocavamos carícias deitadas na cama em desalinho onde por horas haviamos nos amado, já passava das 3 da manhã e o sono não vinha:
-Clara.
-Sim.
-Vc e sua mãe sempre foram amigas desta forma, digo, nunca houve preconceito da parte dela ou alguma regeição?
-Nunca. Alias, foi ela quem descubriu minha orientação sexual.
-Como assim?
-Eu era ainda um garotinha, deveria ter uns doze ou treze anos, e tinha uma amiga, Nadia, que era tudo pra mim, fazíamos tudo juntas, uma fez ela ficou doente e eu fiquei desesperada, chorei nos braços de minha mãe dizendo que se ela morresse eu morreria tbem. Foi aí que ela começou a me observar melhor.
-Só por isso?
-Não. Nádia melhoru e nossa amizade aumentou mais ainda, dormíamos quase todas as noite juntas, ou eu em sua casa ou ela na minha, o tempo passou e com 15 anos Nadia arranjou um namorado, e não tinha mais tempo pra mim, fiquei desesperada, então minha mãe me sugeriu que saísse com outros amigos e que talvez encontrasse um namorado e assim podíamos sair os quatro. Eu adorei a idéia, e então perçebi como haviam garotos dispostos a me namorar. Eu escolhi um amigo do namorada da Nadia, então saíamos os quatro, mais eu chegava em casa sempre arrasada e não entendia o por que, contava tudo a minha mãe, e ela nada dizia, apenas ouvia. Eu ficava arrasada em ver a Nadia beijando aquele menino. Então um dia para minha surpresa encontrei a Nadia sozinha, havia rompido com seu namorado e emplorou para que eu rompesse com meu namorado, o que fiz prontamente. Naquela noite ela dormiu na minha casa e num dado momento quando estavamos deitadas na minha pequena cama de solteiro bem juntinhas olhando-nos fixamente, Nadia me disse repentinamente, nunca mais quero namorar ninguem, vamos ser amigas pra sempre", e me abraçou bem forte. No outro dia eu contei tudo a minha mãe chorando e disse a ela que o que mais queria na vida era que Nadia ou eu fosse menino.
-E nesse momento ela entendeu tudo.-Comentou Antonia interessada.
-Aí vem a parte surpreendente, ela me disse o seguinte;"Se vcs se amam, vão encontrar uma forma de serem felizes juntas, e eu apoiarei vcs querida!
-Nossa. Realmente sua mãe é incrível.
-Resultado: Uma semana depois estávamos namorando escondido por causa dos pais de Nadia, mais algum tempo depois meus pais falaram com os pais dela e eles depois de muito brigarem acabaram aceitando, minha mãe tem um poder de argumentação inacreditável!
-E...namoraram por quanto tempo?
-Até meus dezoito anos, quanto ela me traiu com meu irmão e o sonho acabou.
Antonia ficou em silêncio, apenas me olhando, eu tbem a olhei e perçebi que seu olhar era o mesmo que ela havia me lançado ao ver minha mãe em casa naquela noite, então perguntei:
-Antonia, me diz uma coisa.- Enquanto eu falava ia me encaixando sobre seu corpo.
-Diga menina.
-Sentiu ciúmes de mim quando chegou aqui em casa esta noite e me viu com outra mulher?
-Claro que não. Apenas pensei que estivesse atrapalhando seus planos ora.
-Nem um pouquinho? Afinal minha mãe é bem linda!-Disse em tom de provocação.
-Pare de bobagem Clara, não sou mulher que perde tempo com sentimentos bobos!
-Eu vi que...- Nesse momento fui surpreendida com a habilidade de Antonia ao mover-se na cama e ficar sobre mim segurando minhas mãos sobre a cabeça.
-Chega desta conversa menina, vamos transpirar um pouco vamos!
E dizendo isto ela passou novamente a explorar meu corpo, arrancando-me gritos e suspiros de muito desejo e paixão.



Capítulo 16: cap15
(por tynah , adicionado em 4 de Dezembro de 2006)

O sol vinha forte, e começava a iluminar meu quarto, despertando-me de um sono tranquilo após a agitada noite de amor com Antonia. Me virei preguiçosamente e senti aquele corpo maravilho encostar no meu. Senti calafrios, abri os olhos e ali estava ela; nua, com os cabelos em desalinho dormindo serenamente. Fiquei a admira-la por alguns intantes, e mais uma vez a constatar que minha Antonia não se pareçia com a atriz Michele Pfeifer, era muito mais linda do que ela- ao menos eu pensava assim, eu a via assim-era real.
Toquei seu rosto levemente com a ponta dos dedos, ela moveu-se e continuou a dormir. Lentamente eu me levantei, e fui para o banheiro, afinal passava das oito e eu tinha que ir trabalhar.

Após uma gostosa ducha, voltei pro quarto e ela ainda dormia, afinal deveria estar exausta, eu a havia provocado a noite toda, senti um calor invadir meu corpo apenas em pensar na noite anterior.
Sorrateiramente peguei minhas roupas e as vesti sem tirar os olhos de Antonia, perendi os cabelos num rabo de cavalo e fui pra cozinha.
Preparei um delicioso café da manhã, com "salada de frutas com granolas, sucos, torradas, geleia e um bom café com leite. Coloquei tudo em uma bandeja e me surpreendi com minha própria atitude, ao levar a bandeja pra Antonia no quarto. Geralmente quem reçebia estes mimos das namoradas era eu, e agora sentia uma necessidade em agrada-la.
Ela dispertava quando entrei no quarto, e sentou-se rapidamente na cama ao ver-me aproximar com o café:
-O que é isto garota?-Foi a pergunta surpresa da outra.
-Seu café da manhã, minha rainha.-Coloquei a bandeja em sua frente mesmo sob seus protestos em estar apressada.
-Preciso ir. Tenho muito trabalho ainda de manhã, não posso me dar ao luxo de um cafézinho na cama, tire isto daí!- Ela quis se levantar.
-Não sairá desta cama a menos que coma. Preparei com tanto carinho pra vc, minha deusa.- Eu então lençei-lhe meu olhar de "coitadinha", que sempre funcionava, e neste caso não foi direrente, Antonia suspirou vençida e relaxou:
-Ok. Apenas um café e vou.
-Tá bom, ta bom. Mais deixa que eu te sirvo.-Foi minha resposta muito animada, aos poucos eu sentia que estava domando a fera.
Nem mesmo Antonia sabia que estava tão faminta, pois rapidamente ela devorava tudo o que havia na bandeja, inclusive a salada de frutas.
-Poxa. Pra quem iria tomar apenas o café vc foi beem além.-Comentei satisfeita enquanto retirava a bandeja.
Antonia nada disse, levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro.
-Vou tomar um banho.
-A casa é sua sra Antonia, sinta-se a vontade, e se precisar de companhia...pode me chamar eu estarei bem aqui.- Quis provoca-la um pouquinho, eu estava muito feliz por te-la ali comigo.
-Fique bem quietinha aí mocinha! Tenho que trabalhar, não está satisfeita com tudo o que fizemos a noite toda?-Disse ela tentando impor firmeza na voz, mais eu perçebi um leve sorriso no cantinho de seus lábios.
-Estou sim. Mais...acha que posso resistir ao desejo, vendo-a toda nua parada na minha frente?- Perçebi que só então Antonia teve esta conciência, mais manteve-se inabalável, deu-me as costas e rapidamente seguiu pro banheiro.

Estávamos na varanda nos despedindo, quando ouvi pela primeira vez o celular de Antonia tocar, ela atendeu e logo perçebi que se tratava de Maria, nesse momento voltei-me para os cães que não se cansavam de me abanar seus rabos e fazer festa em minha frente, brinquei com eles até ver Antonia desligar o aparelho:
-Poxa, desde ontem, está é a primeira vez que seu telefone toca. Estou imprecionada!
-Ele estava desligado, querida.-Disse ela casualmente.-Agora preciso ir, tenha uma boa semana mocinha, eu ligarei pra vc, ok.-Disse ela já se dirigindo a seu carro que encontrava-se em frente a casa.
Por alguns segundos fiquei parada apenas a observa-la partir, no entanto quando ela abria a porta do carro eu a alcançei.
-Vc não vai sair daqui assim sra Antonia.- E num impulso eu a puxei para mim e a surpreendi com um longo e gostoso beijo, que foi muito bem retribuído, ela me apertava contra seu corpo, e sua lingua explorava-me a boca com avidez, flutuei novamente. Ate que nos soltamos por pura falta de oxigenio, pois não havia a menor intensão de por fim aquele momento. Ainda arfante eu falei:
-Pronto. Agora eu terei uma boa semana e agora eu te deixo ir.
-Menina. Algo me diz que terei problemas, algo me diz que vc ainda me causará dores de cabeça.-Comentou ela entrando no imponente carro prateado.
Aproximei-me da janela dando-lhe uma piscadinha safada comentei:
-Então meu plano está dando certo.




A semana passou rápido. Devido aos problemas relacionados a academia eu mal via os dias passarem, estava sempre as voltas com acionistas do shopping com quem vivia em pé de guerra.
Antonia havia conseguido tornar Alice uma representante ativa dos acionistas e é claro, dela tbem. Alice ficou muito satisfeita, pois poderia continuar cuidando da administração da academia, e eu mais feliz ainda por poder continuar trabalhando com minha melhor amiga. Na sexta- feira saímos todos os funcionarios da academia e alguns alunos, para comemorar o bom resultado do desenrolar da situação, Claro que eu ainda estava em disculsão sobre levar ou não a academia ao shopping, mais o fato de poder continuar no controle e ter Alice comigo já bastou pra deixar-me muito aliviada e querer comemorar. Fomos então a um barzinho muito aconchegante perto da praia após o expediente e festejamos.
Eu tentava nestes dias não pensar em Antonia, ou pensar o menos possível, mais era inútil, a cada dia que passava eu sentia mais e mais a sua falta. Ela não havia mais me procurado, nem ao menos ligado, os problemas profissionais eram resolvidos através de uma secretária executiva que tbem não era Maria. Por várias vezes quis ligar e falar com ela mais faltava coragem, tinha medo de encomoda-la, de que ela se irritasse comigo, então resolvi esperar que ela me procurasse mais estava tornando-se mais difícil a cada dia. E os piores momentos eram quando alguem tocava em seu nome na minha presença, como ocorreu durante a comemoração no bar, quando Suzi comentou:
-Quem diria que aquela mulher maluca que invadiu a academia dias atrás cobrando coisas infundadas da minha chefinha, iria acabar se tornando uma aliada nesse rolo todo, hein!
Enquanto os demais comentavam sobre o assunto, discretamente Alice aproximou-se de mim e falou:
-Por falar nisso...como anda o casalzinho do ano?
-Do que esta falando Alice?-Tentei disfarçar.
-Como vai a relação entre vcs duas?
-Não a vi mais, desde o dia em que passou a noite em minha casa como te contei.
-Vc esta triste não está amiga?
-Na verdade eu..estou sim Alice. Poxa, achei que eu fosse especial pra ela, sabe. Ela nem me ligou, ela disse que ligaria, e já é fim de semana e...nada.
-Calma, ela vai ligar.

Era sábado e o dia estava maravilhoso, eu havia decidido desde que acordara que não me deixaria abalar pelo fato de Antonia não me procurar, afinal ela não parecia ser mulher que se prendesse a alguem, pareçia ser uma mulher como eu-antes de a conheçer- que gostava de curtir os momento e nada mais. Então se tudo estivesse acabado, havia valido a pena, pois estar com ela mesmo que por pouco tempo havia me feito a mulher mais feliz do mundo.
Passava das tres da tarde quando Alice entrou na sala de musculação onde eu estava auxiliando alguns alunos.
-Clara, pode vir até minha sala rapidinho?- Estava muito agitada.
-To no meio de uma sessão Alice!
-Telefone pra vc menina, vamos é urgente!
Rapidamente eu a segui, assustada já pensando o pior.
-Quem é? -Eu perguntava angustiada tentando acompanha-la.
-Não sei. Não reconheçi a voz sei que disse que era urgente.
Entrei na sala rapidamente e corri pro aparelho que repousava sobre a mesa.
-Alo!-Disse aflita.
-Ola menina levada, como tem passado?
Suspirei profundamente tentando controlar meu coração que batia descompassado, tamanha era a emoção de ouvir aquela voz.
-Antonia.- Foi tudo o que consegui dizer. Por que ela me emocionava tanto?
-Tentei ligar pro seu celular mais acredito que esta desligado, não?
-Sim eu desligo quando estou em aula e...-Antes que eu pudesse continuar a falar ela interrompeu-me.
-Liguei pra convida-la para uma festa que aconteçerá hoje anoite em minha casa, venha muito linda pra mim esta bem?
-Mais Antonia eu...
-Não posso falar mais, estou no meio de uma reunião, só me diga que irá.
-Eu vou.
-Muito bem. Te espero hoje a noite. E não se esqueça: Bem linda pra mim, só pra mim.
Então ela desligou e eu fiquei ali, parada degustando ainda suas últimas palavras. Mal podia acreditar.
"Pode apostar, minha amada, ficarei linda pra vc esta noite."



Capítulo 17: cap16
(por tynah , adicionado em 5 de Dezembro de 2006)

Apartir deste telefonema, não houve tempo pra mais nada, antes mesmo que Alice pudesse perguntar o que estava havendo eu já a estava bombardeando com indagações:
-Alice, vc pode remanejar minhas duas úlimas aulas?
-Sim. Mais o que...
-Então faça isto enquanto tomo banho, depois quero que vá comigo em uma missão super importante e urgente.
-Clara, me diga...-Mais eu nem pude mais ouvi-la ja estava no corredor me dirigindo rapidamente ao vestiário.


Entramos e saímos de varias lojas, e nada me agradava, esperimentava todos os vestidos e todos pareçiam horriveis em mim. Até que Alice ja impaciente explodiu:
-Espere um pouco Clara! -Disse ela assim que me ouviu pela enésima vez reclamar do vestido que acabava de provar.-Quer parar com a neurose? Onde já se viu, dizer que os vestidos estão te deixando gorda!? Olhe pra vc, esta linda, aliás ficou bem em todos os que provou, agora se acalma e escolha logo esta roupa ou não havera festa alguma pra vc ir!
Ela falou num tom de autoridade, coisa que sempre fazia quando achava que eu estava passndo dos limites, e este era realmente um desses momentos. Eu estava uma pilha de nervos, queria estar linda pra festa, queria que Antonia gostasse de sua roupa, mais Alice estava certa, se eu não me apressasse, logo não haveria mais roupas para experimentar pois as lojas já estavam fechando.
Olhei-me novamente no espelho usando um vestido prata com adornos em tom gelo. Era longo, decotes salientes sustentados por alças muito finas que vinham até a altura do meio das costas, deixando-a exposta. Então decidi que seria com aquele vestido que eu iria a festa.
-Tudo bem Alice, já escolhi.
Alice deu um salto da cadeira- onde estivera sentada por muito tempo observando o desfile de vestidos que eu lhe proporcionara-toda animada:
-Nossa. Que maravilha, escolheu bem amiga! Pode ter certeza de que irá arrasar na nesta festa.



Me sentia como uma cinderela em seu primeiro baile, eu estava muito ansiosa e mal conseguia maquiar-me, então tive a ídeia de pedir socorro a minha mãe que prontamente atendeu meu pedido, e assim que chegou em casa foi logo mechendo em meus cabelos.
-O vestido é lindo filha, mais vc não vai sair com o cabelo desse jeito.
-O que tem de errado com eles mãe, estão presos ora, demorei mais de meia hora pra deixa-los assim! -Mais ela não deu ouvidos às minhas queichas, sentou-me em frente ao espelho e soltou o coque que eu havia feito bem no alto da cabeça.
-Seus cabelos são muito lindos pra ficarem escondidos desta forma. Assim pareçe mais velha.
Uma das coisas de que Mara fazia de melhor depois de cozinhar era penteados e maquiagens, nunca usara isto como fonte de renda, gostava de maquiar e pentear a si propria, por sua vaidade, a mim e as noras.
Então eu sabia que algo muito bonito ela faria em mim, então entreguei-me as habilidades dela sem receios.
-Ok. Mais então me deixe linda mãe, pq não quero...não quero me atrazar.
-Quer agradar a namorada, isso sim.
-Mãe!!



Cheguei aos portões da mansão de Antonia as dez da noite, e assim que desci do carro pude perçeber que seria uma grande festa, pois muitos carros chegavam, muitas pessoas desciam de seus carros luxuosos e entravam. Senti um frio no estomago, mais continuei. No entanto ao chegar em frente a entrada da propriedade um dos seguranças me abordou:
-Por favor, senhora. Precisa apresentar o convite magnético.
-Eu... não tenho um convite, aliás eu nem sabia que havia um convite.
-Sinto muito, mais temos ordens de permitir a entrada apenas dos convidados com os convites.
Ele então mostrou-se impaciente, pois haviam muitas pessoas atrás de mim esperando pra entrar. Fiquei muito constrangida, e saí dali. Fiquei parada por alguns instantes imaginando o que estaria aconteçendo. Então voltei-me novamente a um dos seguranças:
-Por favor, vcs poderiam então chamar a dona da casa, acho que houve algum mal-entendido, eu fui convidada. Ou a sra Maria.
-Sinto muito sra, mais não posso, estou apenas cumprindo ordens.
Foi o momento mais constrangedor de toda minha vida, estava toda produzida e não podia entrar, via as outras pessoas muito bem vestidas passarem por mim com olhares de desdem.
"Por que ela havia feito isto?" Acaso havia veito de propósito, ou algo assim?
Entrei no carro novamente e saí, não havia mais nada a ser feito, eu havia sido barrada em uma festa e não era qualquer festa, era a festa da mulher pela qual eu estava apaixonada.
No meio do caminho ainda controlando-me pra conter as lágrimas, tentei ligar pra Maria mais parecia estar desligado, e o telefone de Antonia eu não tinha."É isso Clara, vc levou um bolo!". A cada minuto a fúria só fazia aumentar e mais rápido eu dirigia. Então neste momento ouvi o telefone tocar;
-Alo.
-Por que está demorando tanto Clara?- Foi a pergunta que eu ouvi do outro lado da linha.
-Antonia, vc não se cansa mesmo de me fazer de boba não é?-Eu estava sentindo a fúria aumentar gradativamente.
-Do que esta falando, onde esta?- Sua voz era impaciente.
-Estou indo de volta pra casa, depois de ter sido barrada em sua festa, era isso que vc queria?- Eu estava quase gritando ao telefone.
-Como é que é? Como assim Clara, não estou entendendo nada, onde vc esta me responda agora?
-Dirigindo pra casa, então vou desligar pq falar ao telefone enquanto estou dirigindo pode ser perigoso, tchau Antonia!
-Se desligar esse telefone irá se arrepender!
-Me deixe em paz Antonia, vou pra casa estou quase chegando, amanha conversamos e...
-Volte imediatamente pra cá Clara, não estou brincando!-Senti a ameaça naquela frase, Antonia estava muito irritada. Pareçia mesmo que não sabia de nada.
-Eu fui Antonia, mais os seguranças me barraram dizendo que tinham ordens de deixar entrar apenas os convidados que apresentassem o convite, e como vc não me deu convite algum eu...não pude entrar.- Minha voz soou embargada, afinal eu queria mesmo chorar, estava me tornando uma mantega derretida.
Houve um silencio do outro lado, até cheguei a pensar que ela havia desligado, mais em seguida ela falou.
-Eu a quero aqui em no máximo meia hora Clara, ouviu! Estou esperando vc.
-Eu não vou.
-Pode ser a última vez em que nos vemos Clara, venha por favor.
Então ela desligou o telefone, e eu podia ouvir o som das batidas descompassadas do meu coração. "Será que aquela era uma festa de despedida, será que ela iria emobora definitivamente?"Olhei-me no espelho retrovisor e vi a angustia estampada em meu rosto.Afinal, eu sabia que isto um dia iria aconteçer, pois ela não era deste lugar, ela não era do Brasil, chegaria o dia em que ela iria de vez, e ao que pareçia, este dia havia chegado.
Impulsivamente pisei fundo no acelerador e fiz o retorno, não deixaria que ela partisse sem um último beijo, sem uma última noite de amor.



Capítulo 18: cap16
(por tynah , adicionado em 6 de Dezembro de 2006)

Assim que desci do carro, fui imediatamente atendida pelos mesmos seguranças que antes haviam me impedido a entrada, de uma forma totalmente diferente. Entre mil pedidos de desculpas levaram-me até a entrada, conduzindo-me por entre as pessoas que aguardavam para entrar.
-Desculpe o mal entendido sra, mais...-Tentava ainda desculpar-se o segurança moreno e muito alto.
-Tudo bem. Estavam fazendo o trabalho de vcs eu entendo.
E tentando sorrir entrei na propriedade, e fiquei maravilhada com a decoração do jardim, era algo cinematográfico, um decoração rica em adornos e detalhes, muita iluminação, mesas espalhadas pelo jardim e até mesmo uma pista de dança. As mesas imesnas com todos os tipos de comidas da região, das mais caras e exoticas as mais simples, decoravam mais ainda o ambiente. E enfim um palco próximo a pista de dança com um dj e ao que parecia logo alguma banda tocaria ali pois os instrumentos estavam todos montados. Eu caminhava lentamente, ignorando as pessoas e ainda encantada com aquele luxo todo. Aproximei-me da piscina e ali tbem não era diferente, as aguas muito transparentes apresentavam ao fundo algas pedras e outras degorações lembrando um imenso aquario. Neste instante senti alguem tocar meu ombro:
-Enfim, vc chegou!
Voltei-me assustada, ao deparar-me com Maria a minha frente.
-Oi Maria. É, enfim eu pude entrar.-Disse eu rindo.
-Desculpe pelo que houve Clara, mais eu realmente não sabia que vc viria. Pra vc ter uma idéia; os convites foram enviados uma semana após nossa chegada neste estado, ou seja, a mais de um mes. Contatos de negócios da sra Antonia. Alem do mais...vcs vivem em pé de guerra de uma forma que eu nunca vi.
-É. Eu mesma fiquei surpresa com o convite, que ela me fez hoje atarde.
-Isso é um sinal de que vcs estão em paz não é?
Eu não contive ao riso.
-Digamos que estamos dando uma trégua.
-Ela pediu para que eu a reçebesse, e a avisasse que logo ela estará aqui, esta com alguns probleminhas imprevisto que surgiram, que só ela pode resolver agora.
Fiquei em silencio, imaginando que probleminhas seriam estes, mais não fiz nenhum comentário. Ela então continuou:
-Vc está linda moça. Aposto que arrancará muitos suspiros nesta festa.
-Vc tbem esta muito bonita Maria, nunca a havia visto usando um vestido.-Disse eu observando o vestido verde muito discreto, de Maria.
-As veses é bom variar um pouco não é?
-Tem toda a razão. Agora me diga uma coisa, esta é uma festa de...
-Maria!-Fui bruscamente interrompida por uma voz desagradavel atraz de mim, chamando por Maria. E antes mesmo de ver a quem pertencia aquela voz eu ja imaginava de quem se tratava.
-Laura, não grite desta forma, contenha-se, estamos numa festa.
Era a loira que eu já havia visto duas vezes, a primeira ali mesmo naquela casa e a segunda na reçepção onde eu a havia visto em companhia de Antonia.
Ela então, passando por mim como se eu não estivesse ali, dirigiu-se a Maria:
-Onde ela está? Quem ela pensa que é pra me tratar desta forma? Diga a ela que estarei lá em cima esperando por ela. Não voei do Rio de Janeiro até aqui, pra ser feita de boba.
Enquanto ela falava pelos cotovelos eu pude observar aquela mulher, era realmente uma loira muito bonita, cabelos bem tratados, olhos azuis corpo muito bem definido, usava uma bluza azul com recortes exoticos que lhe expunham ombros e costas, e uma saia longa preta, estava muito bem vestido. Mais tinha modos de uma adolescente, um jeito arrogante que conquistou minha antipatia imediatamente.
Enquanto ela se afastava sem ao menos dar a chançe de Maria argumentar, eu fiquei com medo de perguntar a Maria quem era ela.
-É uma pena que uma moça tão bonita, seja tão mal educada, vc não acha Clara?
-Maria, me diga...quem é esta moça?
-Uma amiga da sra Antonia.-Disse ela meio sem jeito, então pude perçeber que se tratava de uma amante dela.
O ciúme tomou conta de mim, senti que minha mãos suavam, eu precisava beber algo.
-Onde posso encontrar uma bebida?-Tentei ser natural, não queria que Maia perçebesse o estado de espírito em que eu me encontrava naquele momento.
-Claro querida, venha comigo, os garçons estão por aí, vamos beber alguma coisa.
Enquanto caminhavamos, muitas pessoas paravam Maria para conversar ou simplesmente cumprimenta-la, eu ja estava sentindo-me aguniada. Até que um garçom se aproximou e eu peguei um copo de wisque com muito gelo, ao levar o liquido a boca, e sentir descer queimando pela garganta, senti imediatamente meu rosto em chamas, respirei fundo e tomei outro gole. E no instante seguinte eu me sentia mais leve.
Estava novamente sozinha, Maria estava muito ocupada tentando ser delicada com todos os convidados, já que a anfitriã da festa não estava presente. Afastei-me discretamente e muito pensativa caminhava pelo jardim, imaginando o que a tal de Laura representava na vida de Antonia. Apos secar aquele copo de wisque eu ja estava me sentindo segura a ponto de retribuir aos sorrisos que algumas pessoas, principalmente homens, me lançavam. E num dado momento reçebi um convite de um belo rapaz moreno, pra dançar. Eu fui prontamente, estava cansada de ficar sozinha perambulando pela festa em companhia apenas do monstro verde do ciúmes.
Naquele momento o som que se ouvia eram baladas romanticas de Marisa Monte, eu não sabia ao certo como dançar aquele tipo de música mais logo senti as mãos do jovem rapaz envolver-me pela cintura e percebi que outros casais dançavam juntos tbem.
-Vc não trabalha não trabalha com estas pessoas que estão aqui tarabalha?-Disse ele tentando puxar conversa.
-Não. Sou amiga de algumas pessoas, apenas.-Eu tentava ser simpática, mais a cada minuto que passava eu imaginava Antonia já nos braços daquela loira mal educada e isso me irritava a cada minuto. Ela pareçia tão ansiosa em me ver, ao telefone e no intanto agora pareçia que não dava a mínima importância e eu agora me arrependia por ter voltado aquela festa.
Então neste instante senti que olhos insistentes olhavam para nós dois na pista de dança. Lentamente ela caminhava em nossa direção, parando bem a nossa frente. Felipe, o rapaz que dançava comigo, parou de dançar imediatamente assim que a viu de braços cruzados, olhando-nos:
-Atrapalho?-Foi a pergunta desafiadora da outra.
-Imagina sra Antonia, a sra quer falar comigo?-Ele perguntou atrapalhando-se nas palavras e nos modos, pareçia nervoso. Antonia costumava causar isto nas pessoas com quem trabalhava.
Ela no entanto nem lhe dirigiu o olhar, seus olhos me encaravam desafiadoramente. E eu resolvi olha-la da mesma forma.
-Venha comigo. -Disse ela saindo logo em seguida. Eu a acompanhei, deixando meu parçeiro de dança ali na pista sem entender nada, ou entendendo tudo.
Quase tive que correr para acompanha-la, algo quase impossivel devido a altura dos saltos das sandalhas que eu usava:
-Quer esperar, por favor Antonia?
Ela então parou repentinamente e voltou-se pra mim furiosa:
-Pode me explicar o que estava fazendo?
-Dançando. Não estou em uma festa?-Eu tbem estava muito irritada com ela.
-Clara, não brinque comigo ou vai se arrepender.-Disse ela aproximando-se de mim de forma ameaçadora. Estavamos um pouco afastadas do local da festa, onde haviam menas pessoas cirulando. Mesmo assim estas poucas pessoas nos lançavam olhares curiosos.
-Quem é vc pra me cobrar algo? Me fez de tola, fui barrada nesta festa, depois voltei pela sua insistencia, quando chego aqui não a encontro em lugar algum. Não conheço ninguem e fico perambulando feito uma barata tonta. E vc...sabe-se la onde e estava e com quem?!-Eu havia perdido o controle, falava sem parar e não me importando com o tom de voz que agora era alterado.
-Vem até a minha casa pra ficar se insinuando a meus convidados como se estivesse disponível.- Ela falava e gesticulava como se estivesse em uma reunião.
-Eu faço o que bem entender da minha vida, assim como vc! Sou solteira, livre e desempedida, por tanto...-Interrompi a frase ao sentir a mão da outra fechar-se em meu braço, segurando-me firmemente, enquanto me conduzia para o interior da casa pelos fundos.-O que está fazendo? Me solte maluca, está me machucando.
Ela agia como se não estivesse me ouvindo, eu tentava livrar-me dela mais era em vão, Antonia estava com muita raiva.
Já no interior da casa notei que estavamos na sala de musculação exatamente onde haviamos trocado nosso primeiro beijo. Ali ela me soltou com tanta furia que quase perdi o equilibrio sobre os saltos da sandália.
-Louca! O que pensa que eu sou?
-Uma...-Ela então calou-se antes de concluir a frase. Olhou-me nos olhos e suspirou profundamente.- O que fazia com aquele imbeçil?
-Dançando! E o que mais poderia ser?-Eu agora podia compreender o ciúmes dela, e me senti de certa forma vingada, pois até aquele momento eu era quem estava doente de ciúme.
Ela continuou em silêncio me olhando intensamente, então perçebi que aos poucos aqueles olhos furiosos foram dando lugar aos de desejo e ela lentamente aproximou-se de mim:
-Não havia nada entre vcs? Por que o deixou segura-la daquela forma, tão colada ao corpo dele?
Agora foi minha vez de suspirar profundamente.
-Estava apenas dançando Antonia, esperava por vc.- Fiquei olhando-a e tbem me aproximei, quis tocar seu rosto, mais ela foi mais rápida e segurou minha mão.
-Nao pense que me fará de boba Clara!-Seu tom era ameaçador. Ela então puxou-me para si e encostou-me na parede.-Ainda não entendeu que vc é minha?
Tal frase causou em mim um efeito avassalador, senti meu corpo todo reagir, principalmente a pressão do corpo dela contra o meu e nossas bocas tão próximas.
-Ao que me pareçe, vc é quem ainda não entendeu isso.-E encostando meus labios em sua orelha eu conclui num sussurro:-Ainda não entendeu que eu sou toda sua...toda sua.
Aquele sussurro causou um efeito explosivo em Antonia, ela então perdeu a noção de onde estávamos. Capturou meus lábios com uma fome voraz enquanto suas mãos levantavam meu vestido e invadiam minha peça intima, penetrando em mim com um misto de furia e paixão. Afastei as pernas permitindo-lhe totalmente o acesso. Ela então ajoelhou-se em minha frente e tomou meu sexo em seus lábios, sugando-o com muito desejo. Eu delirava, segurava seus cabelos, precionando-a contra o orgão pulsante. E no instante em que senti a lingua quente invadir-me, explodi num gozo alucinante enquanto sentia Antonia beber-me toda. Minhas pernas tremiam e eu não mais conseguia manter-me em pé, fui escorregando até o chão onde Antonia amparou-me em seus braços sentando-se no chão, encostando-se na parede, comigo em seu colo feito um bebê. Ainda estava com a respiração acelerada quando a ouvi dizer enquanto acariciava meu rosto:
-Descanse querida, descanse pq nossa noite esta apenas começando.



Capítulo 19: cap18
(por tynah , adicionado em 7 de Dezembro de 2006)

Ali, daquela sala eu podia ouvir as belas melodias de Chico Buarque que vinham lá de fora, abri os olhos e encontrei os de Antonia em minha direção. Haviamos feito amor por muito tempo naquela sala, deitadas sobre os pequenos colchões de ginásticas que ficavam espalhados pela sala. E agora estávamos deitadas com os corpos semi-nus entrelaçados:
-Temos que voltar pra festa, ou começaram a estranhar minha ausencia.-Disse ela movendo-se para poder afastar-se de mim.
-Por que será que o tempo passa tão depressa quando vc esta comigo? Pareçe que acabamos de entrar aqui.-Minhas palavras saíram cheias de emoção, eu não pensei antes de pronuncia-las, caso contrário teria evitado.Não queria que ela tivesse a certeza do que eu sentia por ela, isso poderia me fazer sofrer mais ainda.
Vi Antonia levantar-se rapidamente e recompor-se, sem olhar-me, minhas palavras a perturbaram.
-Ainda preciso fazer alguns contatos nesta festa. Importa-se se eu sair na frente?-Foi pergunta da outra, sem ao menos me olhar.
-Claro que não. Vá, eu...saio logo em seguida.-Tentei pareçer natural, mais na realidade eu estava quebrada por dentro.
Então quando a vi alcançar a porta, eu perguntei:
-Antonia.-Quando ela voltou-se eu continuei.-Por que me disse ao telefone que hoje poderia ser a última vez em que nos víamos?
-Porque estou voltando a Portugal amanhã de manhã.-Ela falou de uma forma tão mecânia que não pude sentir qualquer emoção em sua voz. Fiquei em silêncio.
Ela então saiu, fechando a porta atraz de sim, deixando-me ali, com uma sensação de abandono insuportável.

Meia hora depois eu estava novamente circulando pela festa, porem agora meus cabelos estavam totalmente soltos, o penteado em estilo cascata de cachos que Mara havia feito, não havia resistido as horas de amor com Antonia. Ela iria embora em poucas horas e tudo estaria acabado, eu a amava, agora tinha a certeza de que amava justamente a mulher que não pareçia ser capaz de se envolver emoçionalmente com alguem.
Continuei a caminhar a esmo, perdida em pensamentos e mergulhada na tristeza.Até avistar Felipe, que assim que me viu foi em minha direção:
-O que houve contigo? Sumiu da festa.-Indagou ele me ofereçendo um copo de wisky, que pra minha surpresa, foi aceito.
-Eu...tenho alguns negócios com a Ant...a sra Antonia e...ela queria que eu explicasse melhor sobre meu projeto.-Enquanto eu tentava responder com meias verdades aquele homem, vi Antonia entre um grupo de pessoas logo a minha frente, ela pareçia animada, falava e ria, não me dirigindo o olhar sequer uma vez.
-Interessante, então vc tbem trabalha pra ela, não é!-Continuava ele alheio ao que aconteçia.
-Na verdade eu...
-Clara, pode vir aqui um instante por favor?-Maria surgiu como um anjo salvador, eu não estava com a menor disposição para conversas, principalmente um interrogatório no qual eu teria que mentir.
Pedi liçenca ao rapaz e me retirei rapidamente.
-Diga Maria.
-Nada, eu a chamei apenas para afastá-la daquele rapaz inconviniente, notei que não estava muito satisfeita em sua companhia. Esta com um semblante tão triste.
-Obriagada Maria, na verdade acho que já vou indo, estou com sono e...bem, acho que tenho que me despedir de vc, afinal estão de partida definitiva não é?
-É verdade. Acabamos nossos compromissos por aqui, agora é só esperar e colher os frutos. Mais vc ainda não pode ir Clara.
-Não tenho mais o que fazer aqui, Maria.
-Mas ao menos irá despedir-se da sra Antonia não vai?-Disse ela olhando em direção a Antonia que agora estava junto a um outro grupo de pessoas.
-Não. Acho que já nos despedimos. Apenas diga a ela que deixei-lhe um abraço.- Então abraçando Maria eu me despedi.-Foi um prazer conheçer vc Maria, espero ve-la algum dia.
-Tbem tive um imenso prazer em conheçe-la Clara, e mais uma vez, me desculpe pelos transtornos.
-Melhor eu ir antes que começe a chorar, odeio despedidas. Tchau.
Virei-me e me afastei lentamente, meus olhos ardiam, eu sentia o nó na garganta me sufocar, queria que aquilo passasse, a saudade que eu já sentia antes mesmo que ela estivesse longe.
Já estava bem próximo ao portão de entrada, quando aquela voz me chamou, senti as pernas amoleçerem, voltei-me e a vi aproximar-se, caminhando elegantemente dentro do vestido de uma alça, preto e bordado com pedras brilhantes.
Fiquei em silêncio, temia qua ao tentar falar, as lágrimas corressem por meu rosto.
-Onde pensa que esta indo?- Ela estava tão perto que eu podia sentir aquele perfume hipnotizante.
-Pra casa.-Minha voz saiu num sussuro, eu evitava olha-la.
-Nossa noite ainda não acabou Clara. Preciso de vc esta noite.- Ela olhava-me intensamente, e eu tentava controlar a angustia.
-Não posso Antonia. Quero ir pra casa.- A voz me falhava.
Ela então tocou meu queixo com as pontas dos dedos e fez com que eu a encarasse.
-Clara, fique comigo esta noite, não me faça implorar, por favor.-Ela falava pausadamente.
-Não sei eu...estou cansada.
-Façamos assim; vá la pra dentro e me espere, dentro de meia hora ou menos eu a encontro lá.
Fiquei em silêncio, não queria ficar, pois sabia que isto só me faria sofrer mais ainda, eu estava a ponto de desmoronar em sua frente e emplorar para que não fosse embora, que não me deixasse.
Ela me olhava intensamente, até que me pegou pela mão e me guiou em direção a casa:
-Vamos pra casa. Chega de festa, não tenho mais por que continuar aqui, preciso de vc agora menina.
"Por que ela tinha que ir embora? E por que eu tinha que ama-la tanto?"
Ao entrarmos na casa, ainda continuávamos de mãos dadas, como um casal de namoradas. Nos encaminhavamos para a escada, quando fomos surpreendidas por Laura bem a nossa frente.
-Então foi por isso que me despensou Antonia?-Foi a indagação da outra, e pelo tom de voz pareçia embreagada.
Antonia como que por instinto se pôs a minha frente.
-O que ainda faz aqui Laura, achei que ja haviamos falado tudo!-Ela era fria com a loira.
-É esta a nova da lista? A próxima idiota da lista?- Então ela se dirigiu a mim:-Espero que saiba que esta se envolvendo com a mulher mais mal caráter e sem sentimentos de todo o planeta!
Antonia moveu-se rapidamente em direção a moça, muito irritada:
-Cale a boca! Saia da minha casa sua bêbada idiota, ou te expulso daqui como um cachorro!
-Vê como ela vai trata-la depois que te usar bastante? Ela é uma...- Antes que ela pudesse terminar a frase, foi pega pelos braços e arrastada até a porta por Antonia.
-Desapareça da minha frente sua golpistazinha vulgar, entes que eu não responda por mim!
Então os seguranças que estavam do lado de fora da porta da casa ao verem a cena, pegaram a moça.
-Levem ela daqui, coloquem-na em um taxi e não a deixem dirigir, está tão bebada que mal pode andar.
Ela se debatia nas mãos dos seguranças, chingando Antonia de vários nomes chulos.
Eles obedeçeram prontamente e a levaram. Nenhum dos convidados haviam visto a cena, pois a festa era apenas nos jardins, a casa estava vazia, apenas os empregados assistiram ao escândalo da outra.
Eu fiquei muda, assistindo a tudo. Não havia o que dizer, eram muitas emoções de uma só vez. Antonia voltou-se em minha direção passando as mãos pelos cabelos, livrando-os do adorno que os prendiam em um coque. Eles caírma livres pelo seu ombro nu.
-Por favor Clara, não diga nada.-Ela pareçia exausta, e ainda muito irritada. Então parou em minha frente e continuou;-Se quiser ir pra casa, eu...vou entender, acho que nossa noite acabou.
Depois de tudo que eu acabara de ouvir a respeito de Antonia, depois de ter visto o estado em que aquela garota se encontrava por causa daquela mulher, eu deveria imediatamente deixar aquele lugar.
Mais ao invés disto eu me aproximei dela e toquei seu rosto, olhando-a intensamente antes de unir meus lábios aos dela. Senti seus braços envolverem-me pela cintura num abraço forte, eu tocava seus cabelos macios enquanto passeava minha lingua naquela boca úmida e deliciosa. Assim que os lábios se separaram eu a olhei profundamente e falei muito emocionada:
-É nossa última noite. Ainda sou sua lembra?! Nem que seja por apenas mais esta noite.
Ela então com vizível expressão de surpresa, trouxe-me para si e novamente me sufocou com seus beijos avassaladores. Antes de levar-me para seu quarto sem nada dizer.



Capítulo 20: cap19
(por tynah , adicionado em 15 de Dezembro de 2006)

Fizemos amor durante toda a noite, sem conversas sem palavras, apenas sussurros desconexos durante o ato de amor.
Eu a tocava de todas as maneiras, eu a queria sentir de todas as formas. Queria registrar cada momento, cada toque, cada gesto. /e principalmente o momento em que surpreendi Antonia olhando-me coma jamais havia visto antes. Eu sentia que ela tbem fazia o mesmo, queria guardar aquele momento.Certamente eu sofreria muito assim que o sol nascesse.
E o sol surgiu. Lindo como sempre acontecia no verão, e muito intenso. Os raios ultrapassavam as janelas e vinham aqueçer nossos corpos ainda arfantes do ato sexual. Antonia olhou pra janela e sem nada dizer levantou-se e foi pro banheiro.Fiquei ali, deitada ainda sentindo o corpo dela no meu, ainda sentindo o cheiro de amor e prazer que ela deixara em meu corpo.
Lentamente, me levantei estava exausta e acima de tudo, muito triste. Queria sair logo dali, acabar com aquilo de uma vez. Sabia que precisava de um banho, mais precisava mais sair dali, queria chorar, queria explodir, já não aguentava mais sufocar a tristeza. Aproximei-me da sacada e dali reçebi o convite do mar. Era daquele banho que eu precisava. Vesti um roupão azul de Antonia e descalça saí pelo corredor.
Quando estava deixando a casa vi Maria as voltas com o telefone circulando pela sala, ainda pude ouvir parte da conversa:
-"...sim, quegaremos aí ainda hoje...claro, claro. Mais que rapariga mais desconfiada! Disse que Antonia estara aí coladinha em vc ainda hoje, eu prometo..."
Rapidamente atravessei a sala sem que ela me visse. "Com quem ela falava? Talvez com a mulher oficial de Antonia, talvez com outra amante...?". Balançei fortemente a cabeça. Não queria pensar naquilo afinal, tudo havia acabado, ela iria embora e seria o fim daquela página na vida de ambas, eu segueria minha vida vazia e ela seguiria sua vida agitada.
Contornei o jardim, que ainda estava todo enfeitado. E alguns empregados começavam a arrumar. Desci por uma trilha circundada por arvores e arbustos, era uma trilha bastante acidentada, mais eu ja estava acostumada a isto. Enfim alcançei aquela maravilhosa praia, deserta e tranquila. Nem pensei duas vezes antes de me livrar do roupão e me entregar totalmente nua aquelas aguas convidativas. Alguns mergulhos, algumas braçadas talvez melhorassem a angustia, lagrimas misturavam-se com a agua salgada e eu continuava nadando. Eu tentava imaginar como seria viver sem ela apartir dali, ela jamais havia sido minha, mais saber que ela estava ali, proximo de mim, ter a espectativa de ir pra casa e a encontrar a minha espera, ouvir sua voz ao telefone...para mim era como se eu fosse dela. No entanto agora ela me deixaria e eu não seria mais dela mesmo se quisesse.
Por muito tempo fiquei ali, repensando minha vida e deixando as lagrimas correrem soltas até não te-las mais. Ate que-mais aliviada-resolvi sair. E tal foi minha surpresa ao ver Antonia a beira do mar com o roupão nas mãos, olhando pra mim. Caminhei lentamente até ela, sem me dar conta de que estava nua. Ela estava linda,apesar de ter os cabelos presos. Usava uma camisa branca com babados na gola e por cima um elegante colete preto que vinha até a altura dos joelhos , calça preta bem justa ao corpo.Eu não entendia como ela suportava aquelas roupas com todo aquele calor. Ela estava bem ao estilo imperial, que era seu estilo, quando transformava-se na mulher empresária.
Fiquei ha apenas um passo dela. Olhando-a intensamente:
-O que faz aqui menina?-Senti uma certa irritação em sua voz, mais continuei em silêncio, estava cansada.
Ela ficou me olhando, até que ouvi seu longo suspiro antes de me estender o roupão:
-Vista isto Clara. Esta praia é particular mais o mar não é!
Peguei lentamente e o vesti. Continuei calada.
-O que houve contigo Clara? Tivemos uma noite ótima e...e foi especial esta temporada que passei aqui...os dias em que estivemos juntas...-Ela falava mecanicamente pareçia não ter convicção no que dizia.Então eu resolvi desistir de ser forte.
-Estou triste porque...vai embora, é só isso.-Era um fio de voz que saía de minha garganta.
Antonia desviou os olhos de mim e mirou o mar, nada disse. Então eu entendi que ela realmente não era uma mulher que se envolvesse emoçionalmente com alguem, tudo era físico, frio. Engoli o nó e disfarçei:
-É melhor irmos, não quero atrazar vc.- Ela me olhou e eu continuei:-Me mande um cartão, se se lembrar de mim.
Tentei sorrir e segui lentamente em direção a trilha:
-Espere Clara!- Voltei-me e ela me alcançava, puxando-me para si, e colando aqueles lábios macios nos meus. Nos beijamos por muito tempo e eu a abraçava fortemente, tentando fundir nossos corpos.
Quando voltamos a nos encarar eu pude perçeber que ela tbem estava emocionada. Ela segurou meu rosto entre as mãos e falou:
-Irá pra Portugal comigo Clara.-Fiquei chocada com o que acabara de ouvir.- Ainda não sei o que estou fazendo ainda não sei o que está aconteçendo mais...não é hora de acabar. Eu quero vc. E vc vai comigo.



Tudo o que o que aconteçeu apartir daí foi tão rapido que eu mal podia acreditar que embarcava num jatinho particular com Antonia rumo a Lisboa. E feliz por obedeçer as ordens dela.
Em menos de uma hora ela havia inculbido Alice de contratar um professor substituto na academia enquanto eu estivesse fora, eu tiraria longas férias. E ela tbem seria a total responsavel pela academia por tempo indeterminado. Alice vibrou muito e me desejara toda a sorte do mundo. Então Antonia me levou até meus pais, para despedir-me e deixar com eles Barth e Meg. Não saímos de lá sem antes Antonia ouvir muitas recomendaçoes de Mara, que finalizou dizendo:
-Cuide bem do meu bebe, ou puxarei tanto suas orelhas que não poderá usar mais brincos.
Morri de vergonha, mais tranquilizei-me ao ouvir a resposta dela:
-Se ela permitir, eu terei muito prazer em cuidar do seu bebe sra Mara.
Eu quis beija-la naquele momento.
Maria foi quem mais se surpreendeu com a novidade. No entanto nada disse, apenas me anteçipou de que eu iria adorar Portugal.

No entanto durante a viagem a lembrança de Maria ao telefone com a tal "rapariga" me veio a cabeça e eu tive medo. Medo este que durou apens até o momento em que vi aquela mulher linda sentar-se a meu lado e me surpreender novamente ao me cobrir de beijos na presença de Maria. Aquilo me deixou tranquila.



Capítulo 21: Um novo começo. cap 1
(por tynah , adicionado em 18 de Dezembro de 2006)

Era tudo lindo. Ruas do centro, num estilo bucólico, eu simplesmente estava encantada com o centro de Lisboa. Pessoas sorridentes e lindas por todos os lados.
Um imenso carro preto nos aguardava em frente ao Aeroporto Internacional de Lisboa, neste instante eu senti a diferença na temperatura, afinal havia deixado uma terra onde a temperatura no verão era de 28 e 35 graus e agora estava num lugar onde a temperatura variava entre 15 e 18 graus. Mais era uma temperatura agradável. E ao lado de Antonia eu estava achando tudo maravilhoso.

Nos instalamos em um hotel no centro. Muito lindo e sofisticado. Maria nem ao menos se sentou, apenas se despediu de mim e se retirou seguida de Antonia que lhe passou algumas instruções que eu não entendi direito. Fiquei admirando aquele luxuoso aposento, uma sala ampla e com um bar charmoso. O quarto era uma suíte digna de filme com uma banheira situada numa espécie de altar, enfim era tudo lindo. Me dirigi até a sacada e dali pude perçeber o quanto era mágica aquela terra.
Antonia aproximou-se por traz de mim e abraçou-me, ela parecia estar feliz, talvez não tão feliz quanto eu mais estava feliz.
-Gosta?-Perguntou ela ao meu ouvido.
-É lindo Antonia. Estou maravilhada.- Ela então me fez voltar-me e olha-la.
-Vc ainda não viu nada. Há mil lugares maravilhosos pra vc conheçer. Eu terei muito trabalho por aqui, mais quero que vc saia por aí e aproveite. Uma de minhas secretárias irá acompanhá-la assim não ficará por aí feito uma barata tonta.
-Shiii. Sinto que aqui eu a verei menos ainda não é?-´Brinquei meio contrariáda.
-Sinto muito menina, mais eu sou assim. Minha vida é meu trabalho.-Ela então tocou meu rosto com carinho e me deu um beijo gostoso nos lábios.
Eu não podia reclamar, afinal eu já sabia que ela era assim, e eu a amava mesmo assim. O beijo tornou-se mais intenso e mais quente, Antonia começou a invadir minhas roupas, expondo meus seios, passou a beija-los e a suga-los. Eu ja estava exitada, molhada de desejo. Antonia ao sentir toda minha exitação arrastou-me para o quarto onde nos amamos loucamente.

Acordei ainda sem saber onde estava. Sabia apenas que havia dormido muito, afinal o cansaço havia me vençido.
Antonia não estava, eu me lembrava vagamente de sua imagem vestindo-se e beijar-me antes de sair. Olhei o relógio e me surpreendi. Eram mais de dez horas da manhã, ou seja, eu havia dormido muito mesmo.
Após um longo banho, eu estava me sentindo ótima. Louca para explorar a cidade. Não havia pego muitas roupas devido a pressa, então constatei que precisava fazer compras. Coloquei um jeans básico e uma blusinha rosa de mangas longas e tenis. Deixei os cabelos soltos e estava pronta para e exploração.
Ao chegar na sala surpreendi-me com um carrinho no meio da sala, com meu café da manhã, havia muitas delícias ali. E só então notei o quanto estava faminta.

Havia comido quase tudo o que havia na bandeja, quando o telefone tocou, corri pra atender:
-Alo.
-Oi dorminhoca! Poxa nunca vi alguem dormir tanto.-Sua voz era tão serena, calma, nem pareçia se tratar de Antonia.
-Oi linda. Eu estava cansada e...
-Olhe deixe-me falar, pois estou atrazada para uma reunião. Veronica deve estar chegando aí agora, irá acompanha-la em seus passeios. Tome o café antes de sair e compre roupas propícias pra esta estação, afinal aqui não podera usar os pequenos panos que cobriam seu corpo.
-Eu não...
-Anoite nos vemos. Vou leva-la pra jantar na Torre.
-Antonia me...
-Agora eu vou indo. Aproveite seu dia e até mais tarde.
Ela não havia me deixado falar, e desligara o telefone antes mesmo que eu me despedisse. Era realmente a Antonia que eu conheçia. Num suspiro desliguei o telefone e fui novamente pra varanda, deveria aguardar a tal moça. Não esperei muito, logo ela chegou assim que nos apresentamos fomos as compras e ao passeio.
Veronica era uma moça de mais ou menos 30 anos, ruiva de cabelos cacheados, usava um tahier branco. Era muito simpática.
-Vais adorar Lisboa. Vou leva-la diretamente ao Bairro Alto, lá podemos tambem fazer compras.-Disse a Portuguesa.
-Eu já estou adorando.

Foi uma tarde encantadora, fomos ao famoso Bairro Alto onde pude visitar livrarias, lojas muito modernas. Era um lugar multicultural, eu simplesmente amei. Passamos em alguns bares, dos muitos que haviam ali. Era um ambiente eclético e muito novo pra mim.
Veronica não se cansava, mostrava-me lugares, falava sobre eles, descimaos por ruelas e becos e ela mostrava-se orgulhosa daquela terra, e realmente era algo para se orgulhar.
Enfim resolvemos comprar algumas roupas, e ali compre um vestido todo preto, de mangas, porém com um decote nas costas. Algumas bluzinhas e um jeans. No entanto quando fui pagar, Veronica estendeu seu cartão de crédito:
-O que está fazendo Veronica? Eu pagarei por minhas roupas. O nosso almoço eu a deixei pagar pq vc disse que era um presente de boas vindas, mais pagar minhas roupas...aí é demais não acha?-Tentei brincar.
-Clara, tenho ordens para não deixa-la gastar um centavo. Não sou eu quem estou pagando, é a sra Antonia.
-Sei que esta cumprindo ordens Veronica, mais não deixarei que Antonia pague minhas contas. Eu pago.
Veronica ainda tentou insistir, mais eu já estava entregando meu cartão a balconista. Perçebi que enquanto o fazia, Veronica se afastou, estava fazendo uma ligaçao. E eu com certeza ja sabia pra quem ela estava ligando.

Na volta pra casa notei que Veronica não era mais a mesma, estava calada, e seu semblante era de preocupação. Ao chegarmos no hotel, ela subiu comigo depois de muita insistencia de minha parte:
-Ok. Mais preciso voltar pro trabalho ainda.
-Vamos tomar um suco apenas.
Tomamos o suco de frutas citricas enquanto conversávamos sentadas na sacada, Veronica falava sobre bons lugares para sair anoite, dançar e se divertir.
E não vimos o tempo passar, até que ouvi o telefone tocar, só podia ser Antonia.
-Alo.
-Quem é que está falando?-Foi a pergunta da voz feminina do outro lado da linha.
-Com quem vc deseja falar?-Perguntei friamente, retribuindo ao tom da outra.
-Antonia. Onde ela está? E quem é vc?
-Ela não está. Ligue mais tarde.-Então eu desliguei o telefone. Estava tremendo de raiva. Quem era aquela mulher, era uma voz jovial, e eu começei a prescentir o perigo.

Era noite, Veronica já havia ido embora e eu estava tentando ler um dos livros que havia comprado. Mais não conseguia, nada me tirava da cabeça aquela voz de mulher, a procura de Antonia. E só agora me ocorria o fato de estarmos hospedadas em um hotel, afinal, se Antonia morava em Lisboa, ela deveria ter sua própria casa. Então me ocorreu o óbvio. Ela havia me hospedado ali pq morava com alguem. Esse era o único motivo que justificaria aquela situação. E a ligação de Maria, onde ouvira claramente ela afirmar a uma mulher que Antonia estaria ao lado dela ainda naquele dia. E provavelmente deveria ter ficado, pois eu havia dormido. Não vi que horas eram quando ela saiu. E agora aquela mulher procurando por ela, e com uma voz irritadíssima. Estava claro: Eu estava ali como oficial amante de Antonia.

Anoite quando ela chegou, olhou-me da cabeça aos pés com ares de reprovação.Eu estava sentada na varanda, ainda usando o jeans e a bluzinha preta.
-Clara. Que parte vc não entendeu quando eu disse que a levaria pra jantar hoje? Pq não esta pronta?-Ela estava realmente irritada.
Eu a olhei bem no fundo dos olhos, ela já estava pronta.Algo que sóp faziam confirmar minhas suspeitas. Mais não pude deixar de notar o quanto ela estava linda dentro de uma macacão azul marinho muito justo que salientava seu corpo perfeito, um colar muito longo de pérolas. Seus cabelos estavam soltos mais escovados, estavam bem lisos. Respirei fundo e resisti a sua beleza.
-Quero falar com vc Antonia. E dependendo do que me disser, hoje mesmo estarei voltando pro Brasil.



Capítulo 22: cap2
(por tynah , adicionado em 20 de Dezembro de 2006)

Ela me olhou por alguns instantes fixamente, estava a ponto de explodir, mais eu não podia fingir que nada estava aconteçendo. E eu queria saber naquele momento.
-Ok srta Clara. O que vc quer?
Ela afastou-se e foi até o bar. Serviu-se de wisky. Esperei que ela se voltasse para mim, então falei:
-Antonia. Acaso vc está me escondendo de alguém?- Tentei manter-me segura em minha colocação.
Ela sentou-se bem de vagar em uma das poltronas e me olhou de uma forma tão arrogante cínica que eu quase a odiei.
-Sim. Eu a sequestrei de seu país e agora preciso mante-la em cativeiro.
-Não estou brincando Antonia. Vc mora com alguem e me trouxe para cá para te servir como uma amante não é isso?
Eu estava em pé bem próximo a ela, que se mantinha com aquele olhar irritante.
-Por favor garota, me poupe disso. Odeio disculsões tolas.
-E eu odeio que me façam de idiota!-Eu começava a perder o controle, quanto mais ela agia daquela forma mais minhas suspeitas aumentavam.-Ouça Antonia, se pensa que me troxe pra cá pra me fazer de idiota, está enganada. Vou embora...
-Ouça vc Clara!-Fui surpreendida com seu tom alterado. Ela levantou-se e veio em minha direção, senti um ímpeto de recuar, mais me mantive ali, parada tbem encarando-a a espera do que ela diria-Não dou satisfaçoes da minha vida a ninguem! Vc aceitou vir comigo, não a obriguei e não disse que ficaria em minha casa. Achei que fosse adulta o suficiente para não tentar meter-se em minha vida particular. Onde moro e com quem moro é problema meu!
Eu estava perplexa. Tentei manter-me firme mais aquela palavras me feriram de tal forma que não pude controlar a primeira lagrima que rolou em meu rosto. Mas ainda assim revidei:
-Pois saiba sra Antonia que se eu soubesse jamais teria vindo. E realmente foi estupidez minha sair do meu país com alguem que não conheço, que nem sei quem é. Ou melhor, sei sim: É um monstro!
Saí rapidamente da sala e me dirigi ao quarto batendo a porta atraz de mim.
Fiquei ali encostada na porta de olhos fechados tentando digerir tudo o que acabava de ouvir.
Me sentia uma total idiota. Eu realmente não conheçia aquela mulher, tudo o que sabia sobre ela havia lido em uma revista, que apenas falava sobre a empresária, a executiva e a milhonaria Antonia. Ela jamais havia falado nada sobre ela, nada mesmo. Enquanto que de mim ela sabia tudo. Menos que eu a amava tanto, mais meu amor não estava suportanto tanto descaso, tanta falta de sensibilidade, tanta frieza.
Engoli as lágrimas e fui até a mala que eu ainda não havia desfeito. Lentamente peguei as roupas que havia comprado e as colequei na mala.
Sorte que eu ainda tinha algum dinheiro pra poder comprar a passagem de volta, então fui até o telefone, precisava saber dos horários de voos, eu não ficaria nem mais um minuto ali.
No entanto ao pegar o telefone, vi Antonia entrar no quarto e parar bem na minha frente.
-O que esta fazendo?-Seu tom autoritário permaneçia.
-Não te pareçe óbvil?! Não vai me usar Antonia, não sou uma qualquer. Uma coisa era estarmos lá, e eu não saber de nada. Outra bem diferente é vc me trazer pra cidade onde vc vive com alguém e eu saber disso!
Eu estava um pouco mais calma, porém a raiva que eu esttava sentindo dela só vazia aumentar cada vez que eu a olhava.
-Quer saber de uma coisa?! Vá. Vá pro inferno se vc quiser. Não vou perder meu tempo com mais uma garota infantil.-Dizendo isso ela saiu do quarto batendo violentamente a porta.
Era ódio o que eu sentia agora. Sufoquei o desejo de me desfazer em lágrimas e liguei pro aeroporto.

Partiria em tres horas, então resolvi sair imediatamente daquele lugar. Peguei a mala e saí do quarto, nem ao menos me troquei, ainda estava com a mesma roupa com a qual havia saido o dia todo.
No entanto ao entrar na sala, me surpreendi ao ve-la sentada em uma cadeira na varanda.
Desviei o olhar e me encaminhei até a porta.
-Clara. Pare com esta infantilidade. Sente-se.
Parei em frente a porta e sem voltar-me para ela falei:
-Não tenho mais nada para fazer aqui. Tchau.-Abri a porta lentamente para só então olha-la. E inacreditávelmente ela já estava ao meu lado. Senti meu braço ser agarrado e fui trazida de volta pra dentro.
-O que está fazendo?-Ela ainda segurava meu braço, enquanto me fazia sentar na poltrona.
-Vou dizer apenas uma vez. E depois que eu disse, vc poderá fazer o que quiser. Prometo que não a impedirei de fazer o que quiser.
Engoli o seco e fiquei esperando o que viria. Ela então sentou-se a meu lado e me encarou, olhou-me bem no fundo dos olhos e com uma das mãos tocou meu rosto. Antonia era uma montanha russa, eu me surpreendia a tudo o momento com suas atitudes:
-Não há outra mulher.
Foi tudo o que ela disse.
-E a mulher que ligou pra cá atrás de vc? E o fato de não me querer em sua casa e...
-Ouça Clara!-Agora ambas as mãos seguravam meu rosto.-Não ha outra mulher. E vc deve acreditar no que estou dizendo, ou realmente não ha razão pra que continue aqui.
Como eu podia acreditar naquilo, sem sequer uma explicação convinçente? Ela tinha que explicar. No entanto ela me olhava de uma forma tão intensa que tive que baixar os olhos para não sucumbir.
-Não posso me contentar com isto. Me prove.
-Prova?-Ela pareçia perplexa com o que eu acabara de dizer, mais então seu olhar tornou-se perigoso, de uma forma que eu já conheçia.-Ok professora, vou provar pra vc.
Fui então atacada por uma mulher faminta. Antonia agarrou-mepelos ombros e logo senti seu corpo sobre o meu, sua boca na minha num beijo quente e ardente, e eu já não queria mais nada.
Novamente estava entregue a ela.Tudo o resto se tornava sem importância, eu me esqueçia de tudo até mesmo de quem eu era, ela tinha controle sobre mim, eu era dela, e eu queria ser dela.
Deixei que me despisse rapidamente e a vi despir-se para mim. Nos amamos ali mesmo, naquela poltrona. Antonia me possuía de forma tão intensa que eu não conseguia controlar os gemidos e algumas vezes ate mesmo gritos de prazer.
Fez-me ficar sentada e se ajoelhou a minha frente, colocando minhas pernas apoiadas em seus ombros e passou a explorar meu sexo com aquela voca devoradora, aquela lingua quente, eu entrava em transe, e no instante em que ela me sugou com força eu não resistindo mais a exitação, saciei sua sede com meu nectar agridoce. Inesperadamente ela sentou-se a meu lado e pediu num sussurro:
-Venha Clara...quero presentea-la tbem...venha agora.-Encantada com tudo aquilo eu rapidamente tomei seu lugar ajoelhando-me e me apossando daquele orgão pulsante e molhado. Era maravilhoso senti-la tão entregue a mim, tão exitada. Senti suas mãos precionarem minha cabeça contra seu sexo e neste instante ela me deu seu gozo entre gemidos e sussurros.
Após uma pequena pausa, fomos pra cama onde demos continuidade a uma noite repleta de carícias, gemidos e sensações.



Capítulo 23: Estou de volta!
(por tynah , adicionado em 24 de Janeiro de 2007)

Mil desculpas pela demora, gurias.
Mais estou de volta e prometo ser assídua em minhas postagens.
Bjos a todas, obrigado pelos e-mails carinhosos. Amo escrever pra vcs e amo mais ainda saber que gostam.
Continuem lendo, beijos nos rostinhos de cada uma.

Tynah.



Capítulo 24: cap3
(por tynah , adicionado em 25 de Janeiro de 2007)

Foram dias de muitas emoções e alegrias para mim, e eu sentia que Antonia tbem estava feliz, parecia mais leve, menos tensa.
Continuava com suas jornadas longas de trabalho, a maior parte do tempo, mais todas as noites era comigo que ela ficava, saíamos para jantar nos melhores lugares de Lisboa e a noite terminava sempre na cama, nos atos de amor, eram os momentos em que eu a tinha toda pra mim.
Desde a última briga eu havia prometido a ela não mais fazer perguntas e confiar nela acima de tudo, pois ela jurava que não havia outra mulher, mais havia coisas sobre sua vida que ainda não se sentia avontade em revelar. Acreditei em suas palavras e daquele dia em diante não mais falamos no assunto e tbem ninguem mais ligou a procura de Antonia. Estavamos felizes.
Antonia estava diferente, ria mais, seus olhares em minha direção quando estávamos em lugares publicos eram cheios de sentimentos e eu resistia ao impulso de me atirar em seus braços e dizer a ela o quanto eu a amava. Mais me continha, ainda não era o momento.
Nosso tempo juntas era curto então eu tentava aproveitar ao máximo, por isso quando nos viamos sozinhas eu a atacava com beijos e carinhos, nos elevadores, no carro, ela ficava sem jeito, invergonhada eu percebia pelo rubor de sua face, mais nada dizia apenas me chamava de criança boba. E eu a amava mais ainda nesses momentos. Eu percebia que ela tentava ficar em minha companhia o máximo que podia, naquele mundo encantado, de sonhos. Mais era simplesmente impossivel, seu telefone a todo momento a dispertava para o mundo real o mundo dos negócios onde ela vivia E todas as manhas antes de sair ela presenteava com um gostoso e doce beijo e dizia:
-Tenha um bom dia criança, a noite nos vemos.
Eu retribuia o beijo e respondia:
-Volte logo pra mim.
E a noite chegava e eu sempre a surpreendia, as vezes eu a aguardava usando um vestido sedutor, outras vezes ao acender as luzes da sala Antonia se deparava com um corpo nu estendido na poltrona ou dentro de uma langerè ousada. Nesses dias o jantar sempre acontecia muito tarde pois nos amavamos muito antes de sair.
Tudo estava perfeito.

***

Fazia duas semanas que eu me encontrava em Portugal, e estava feliz, não queria que o tempo passasse. Sentia falta da família e amigos em Floripa, por isso ligava quase todos os dias mais não tinha vontade alguma de voltar, não sem Antonia.

Era sexta-feira e eu havia acabado de acordar estava animada pois Maria me levaria para almoçar e eu adorava sua companhia, me sentia mais a vontade com ela
Coloquei meu moleton verde, prendi os cabelos em um rabo de cavalo e fui dar uma caminhada nos arredores do hotel, algo que me habituara a fazer todas as manhãs. Não gostava de ficar um só dia sem praticar algum esporte, então optei pela caminhada. Então todos os dias bem cedo, logo que Antonia saía eu ia caminhar e as vezes correr pelas ruas de Lisboa.
Já estava de volta ao hotel quando encontrei Maria no saguão a minha espera.
Ao me avistar, veio rapidamente em minha direção, parecia um pouco ansiosa:
-Onde estava Clara?-Foi a pergunta aflita da outra.
-Bom dia pra vc tbem, Maria!-Disse eu em tom de brincadeira.
-Desculpe. Bom dia Clara, agora venha comigo.- Dizendo isto ela me pegou pelo braço e me levou em direção ao carro que nos aguardava com o motorista já nos abrindo a porta do carro. Começei a me preocupar.
-O que esta havendo Maria? Pra onde esta me levando? Não me diga que já estamos indo almoçar?-Eu já estava dentro do carro.
Maria parecia não me ouvir, olhava pela janela do carro preocupada, acalmou-se apenas quando o carro pos-se em movimento.
-Dá pra me dizer o que está aconteçendo Maria?!-Já havia perdido a paciencia.
Ela deu um longo suspiro e relaxou:
-Vamos pra minha casa Clara, depois saímos pra almoçar.
-O que esta havendo mulher?
-Clara, acho que a sra Antonia comentou contigo o fato de não gostar misturar sua vida pessoal com os relacionamentos dela não foi?-Mesmo tentando ser delicada, as palavras de Maria não me caíram bem.
-Sei disso Maria, sei que Antonia é um mistério é um enígma indecifrável, sei de tudo isso. Mais será que posso ao menos saber de quem ou de que estamos fugindo?
-Não estamos fugindo Clara, estou apenas querendo preserva-la de qualquer constrangimento apenas isso.
Fiquei em silêncio e imaginando do que se tratava aquela situação. Antonia havia dito que não existia outra mulher, então eu lutava comigo mesma para descartar a hipótese de que existisse sim um alguem e que este alguem houvesse descoberto que Antonia mantinha uma "amante" em um hotel no centro da cidade. Balançei a cabeça tentando descartar esta idéia. Eu confiava em Antonia e se ela havia dito que não existia outra então...eu tinha que confiar.
O resto do percurso até a casa de Maria foi totalmente silêncioso, eu perdida em meus pensamentos e Maria nos dela.
Fiquei simplesmente chocada com beleza da propriedade onde situava a casa de Maria, um imenso jardim circundava toda a linda casa, arvores imponentes formavam um muro natural ao redor da propriedade. Era realmente tudo muito belo.
Ao descer do carro percebi que Maria estava novamente com aquela postura tranquila e amável que eu tanto conheçia.
-Então Clara, gosta da minha casa?
-É simplesmente uma maravilha Maria. Essa natureza toda, este verde...relamente é um lugar encantador.
-Antonia quando esteve aqui pela primeira vez, disse que moro em um campo de golfe.-Comentou ela sorridente.
-Talvez ela tenha um pouco de razão. Disse eu rindo, já mais calma tentando pareçer calma, mais na realidade eu ainda estava tensa e preocupada.
-Vamos entrar. Suas roupas logo virão pra ca tbem. Vou mandar preparar um café bem gostoso pra nós.
-Quer dizer que vou ficar aqui na sua casa?-Perguntei perplexa.
Maria ficou em silencio por alguns instantes, até que um empregado surgiu na porta, estendendo-lhe um telefone.
-Pra senhora.
Maria atendeu rapidamente afastando se.
Eu sentia que algo muito sério estava ocorrendo e me angustiava mais a cada minuto principalmente por não saber de nada.
Fiquei ali fora, começei a caminhar observando as belas arvores e flores por todos os lados, mais nada tranquilisava, estava tensa.
Depois de algum tempo Maria aproximou-se tocando meu ombro.
-Era a sra Antonia. Me inculbiu de cuidar de vc até anoite quando ela virá ve-la.
-Maria me diga...-Antes que eu pudesse concluir a frase ela se antecipou:
-Clara, não se preocupe. Sei que a situação pareçe estranha mais...está tudo bem, apenas surgiram alguns impasses na vida pessoal dela, que ela precisa resolver. E pra...
-E pra resolver estes "empasses" ela precisa me esconder é isso? -Ja estava irritada com aquela cituação.
Maria manteve-se em silencio.
-Por favor amiga, o que está havendo, eu preciso saber?
Meus olhos eram de súplica, a angustia tomava conta de mim.
Maria pegou-me pela mão e me guiou até a casa:
-Venha Clara. Vamos conversar um pouquinho enquanto tomamos o café.
Eu sentia meu coração apertado, tinha medo do que poderia ouvir de Maria mais precisava saber.
Entramos e fomos direto a varanda onde havia um deliciosa mesa posta com o café da manha.
Nos sentamos e fiquei em silencio apenas observando as atitudes de Maria:
-Clara, eu me sinto um pouco constrangida em falar a respeito da sra Antonia afinal eu alem de trabalhar pra ela sou sua amiga, se te dissesse exatamente o que esta havendo seria como trair sua confiança entende e...
-Então não vai me dizer nada?!
-Calma Clara. Vou apenas tentar tirar esses monstros que vc criou na sua cabeça.
Fiquei em silencio.
-Essa Antonia Candido que vc conheçeu eu não conheçia. Faz mais de quinze anos que nos conheçemos e eu nunca ha vi assim, ou seja, ela jamais teve um...um relacionamento assim, tão sério. Pela primeira vez estou vendo que Antonia gosta mesmo de alguem. Ela nunca teve namoradas, sempre teve casos...varios mesmo. Mais sempre foi discreta, mantinha tudo no mais absoluto sigilo. Odiava se expor e ainda odeia.-E olhando pra mim ela continuou:-Até conheçer vc é claro, desde então, nossa...ela é outra pessoa. Clara ela jamais trouxe alguem de um outro país pra ficar com ela ou algo assim, menos ainda trazer aqui pra minha casa. Onde ela costuma vir sempre em dias de lazer e as vezes com...-Ela silenciou-se de repente.
Ficamos por alguns instantes em silencio eu percebi que Maria queria me dizer algo mais sua fidelidade a amiga jamais a deixaria falar. Ela continuou:
-Bem Clara. É isso o que eu queria te dizer, em resumo: Não se preocupe, ela realmente gosta de vc e tudo vai ficar bem. Acredite.
Ouvir tudo aquilo havia me deixado mais calma, meu coração tornou-se mais leve e eu resolvi me acalmar e aguardar minha amada.


Passamos o dia todo juntas, Almoçamos ali mesmo na residencia de Maria, e atarde fomos caminhar pela propriedade, enquanto conversavamos sobre os mais variados assuntos, entre eles sobre a vida de Maria, que já fora casada duas vezes mais que jamais fora feliz com os maridos, tinha dois filhos homens de 23 e 20 anos, que estudavam fora, ela os via apenas em feriados longos. Vivia naquela imensa casa sozinha, mais o fato de viver viajando a trabalho não senia-se sozinha.
Foram conversas agradáveis mais a cada hora que passava e eu não recebia nem ao menos uma ligação de Antonia novamente a angustia tomava conta de mim. "O que estaria aconteçendo? Por que ela não dizia nada?"

A lua iluminava a escuridão, não havia estrelas no céu, já passava da meia noite e eu estava sentada em uma poltrona perto da varanda tentando admirar aquele céu mágico mais nada me tirava Antonia da cabeça. "Por que ela não ligava ao menos?"
Maria já até aquele momento estava ali sentada comigo, tentando distrair-me, mais eu queria ficar sozinha e num dado momento tive que pedir que me deixasse. Ela me deu um leve beijo na façe e se retirou.
Eu andava de um lado para o outro do quarto, não sentia sono e a cada minuto a vontade de sair dali e correr pro Brasil, pro colo de minha mãe. Nunca havia me sentido tão sozinha em toda vida.

Acordei assustada, ja era dia eu havia adormecido sentada na poltrona na varanda. Corri pro quarto e tudo continuava igual, nem Antonia e nem notícias dela.
Saí do quarto a procura de Maria. E recebi a notícia de que ela havia saído, a trabalho.
Não suportando mais a situação, tomei um banho, vesti um jeans e uma bluza azul e pedi a empregada Dolores que me chamasse um taxi. Eu iria saber o que estava acontecendo por minha própria conta.



Capítulo 25: cap 4
(por tynah , adicionado em 29 de Janeiro de 2007)

Estava no saguão da grande casa de Maria a espera do taxi, já havia obtido informações suficientes para chegar até seu escritório, e com certeza lá eu encontraria Antonia ou notícias dela. Ao menos, era o que eu imaginava.


Aquelas ruas movimentas, aquelas pessoas bonitas, os passaros, as casas e mansões bucólicas...nada me chavava a atenção. Nem uma dessas paisagens me tiravam aquela mulher misteriosa de meus pensamentos. Eu imaginava o que de tão grave estaria aconteçendo para que ela nem ao menos se desse ao trabalho de me ligar, apenas para dizer que estava tudo bem. Tentava não pensar no pior mais quanto mais eu tentava esquivar-me de tais pensamentos mais eles me assombravam.
O taxi estacionou diante de um imenso prédio, uma construção bastante moderna, rico em detalhes, um imenso chafariz enfeitava a frente do prédio dando-lhe mais imponencia. Desci e senti meu coração aos pulos, eu ansiava em esclarecer tudo aquilo mais ao mesmo tempo, tinha medo de saber. Medo de ter minhas suspeitas confirmadas e concluir que tudo não passara de uma farsa, ilusões e fantazias criadas e vividas apenas por mim. Respirei fundo e subi as escadas em direção a entrada.
Pedi informações sobre uma empresária chamada Maria Porto, não quis falar sobre Antonia. A recepcionista um tanto quanto insegura a respeito de me informar algo quis primeiro ligar pra secretária dela e saber se podia me reçeber. Com medo de que sabendo que eu me encontrava ali, Maria avisasse a Antonia ou pior tentasse me tirar dali sem ao menos tentar saber de nada, eu pensei rapido e falei:
-Por favor, não avise a ela. Sou namorada do filho dela e não moramos aqui.-Menti descaradamente, não era de meu feitio mais naquele momento eu não pensava em mais nada a não ser entrar naquele prédio. Então continuei:- Se disser a ela que eu estou aqui para ve-la, vai achar que algo ruim aconteçeu com seu filho e não quero deixa-la nervosa.
A recepcionista preocupada resolveu perguntar:
-Mais, aconteçeu algo ao filho dela?
-Na verdade...a notícia é boa, e quero que ela seja a primeira a saber.-Aproximei-me da mesa da moça morena que me ouvia com muita curiosidade e falei:-Estou grávida.
Um largo sorriso estampou-se no rosto da recepcionista e ela me felicitou muito satisfeita. Eu me odiei pela mentira, mais sabia que era por uma boa causa, então após as felicitações da outra e sua liberação, eu enfim pude tomar o elevador.

Estava na cobertura. Era naquele local que encontraria o escritório de Maria e consequentemente o de Antonia. Assim que a porta do elevador se abriu, vi um elegante rapaz dentro de um terno grafite muito bem cortado vindo em minha direção.
-Olá snhora. Em que posso eu lhe ser útil? O que procuras?
Seu sotaque tipicamente Portugues o deixava simpático.
- Senhora Maria Porto.
Podes me acompanhar por favor.
Segui o rapaz pela ampla sala toda decorada em tons tabaco e branco. Vi alguns rostos, mais nenhum era conheçido. Pessoas entrando e saindo dos recintos. Ate que paramos em uma charmosa sala onde uma secretária logo que nos viu estranhou minha presença.
-Queres falar com sra Maria Porto?-Perguntou ela intrigada.
-Sim...eu vim falar com ela.-Balbuciei. Estava nervosa.
Ela sentou-se em sua mesa e observando sua agenda perguntou:
-Me digas, como conseguiste subir sem autorização? Afinal, a sra Maria não tem qualquer tipo de assunto a tratar com pessoas que não trabalhem aqui?
-Na verdade...não vim falar com a Maria. Quero ver a Antonia.
A secretária olhou fixamente para mim, e depois pro homem que me acompanhava.
-Antonia...?-Seu tom era arrogante.
-Candido.-Nesse momento notei que o segurança pegava um celular e falava com alguem.
Ela ficou me olhando intensamente, analizando-me de cima abaixo. Na certa imaginando o que uma mulher vestida apenas com um jeans, uma bluzinha basica e com cabelos soltos em desalinho, estaria fazendo ali, a procura da dona da empresa.
-Aguarde um minuto por favor.-Ela pegou o telefone fazendo mensão de que iria fazer uma ligação, mais seus olhos não saiam de cima de mim. Então eu aproximei-me novamente.
-Por favor, apenas me diga onde ela esta. Preciso muito falar com ela.
-Acalme-se senhora, sente-se e espere.
Suspirei resignada já prevendo o que aconteçeria. Avisariam a ela que eu me encontrava ali e ela com certeza mandaria
Maria falar comigo. Sentei-me na macia poltrona verde e fechei os olhos. Estava exausta.
Qual foi minha surpresa ao abri-los e me ver cercada de seguranças onde um deles me segurou pelo braço e me fez levantar.
-O que esta conteçendo?-Perguntei assustada enquanto era praticamente arrastada dali sob os olhares de todos os que trabalhavam ali.
-A senhora deve me acompanhar até o setor de segurança. Mentiu para chegar até aqui. Deve nos dizer o que veio fazer aqui.-O mesmo rapaz que havia me recebido com um sorriso tão amável agora era ríspido e me machucava o braço enquanto me tiriava dali, acompanhado de mais tres seguranças.
-Me solte! Quero falar com a Antonia apenas. Está me machucando seu idiota!- Quanto mais eu me debatia mais forte ela me segurava. Olhei pra traz e vi a secretária com um semblante satisfeito assistindo a sena.
-Vamos pela porta lateral, esta havendo reuniões de acionistas aqui. Sem tumultos.-Ouvi um deles dizer num sussurro aos outros então resolvi fazer uma das coisas que fazia melhor. Gritar.
-Antoniaaa!-Gritei muito alto, antes de ter a boca tapada pelo segurança. Ainda estávamos no corredor central. Alguns curiosos apareçeram, mais apenas olhavam. Estava sendo tratada como uma criminosa. Me senti humilhada. Lagrimas começaram a rolar por meu rosto e eu quis morrer.
-O que está aconteçendo aqui?-Reconheçi imediatamente aquela voz. Os seguranças voltaram-se e obviamente me viraram tbém, estava com os dois braços atrás das costas presos pelas mãos de ferro de um dos homens que agora não tentavam mais tapar-me a boca.
Pude ver meio embaçado devido as lágrimas a expressão chocada de Antonia, ela não dizia nada, apenas olhava. Havia várias pessoas a seu lado e uma delas era uma jovem loira muito bonita. Me senti ainda mais humilhada.
-Senhora. Por descuido da equipe de segurança...esta moça invadiu o prédio querendo ve-la e...-
Antonia veio em minha direção com tanta furia que achei que iria me espancar. Mais não foi pra cima de mim que ela veio. Empurrou os dois seguranças violentamente que me prendiam. E ameaçou:
-Tirem suas mãos imundas de cima dela seus gorilas! Sumam daqui.-Enquanto ela falava, me segurava pelos ombros e me trouxe para junto de si.
-Saiam. Idiotas!-E olhando para os curiosos continuou num tom ameaçador:-E vcs, se querem continuar trabalhando aqui, sumam da minha frente, desapareçam agora!
-Ela quase gritava tamanha era sua raiva, apenas a loira continuou ali com um olhar de surpresa e ao mesmo tempo indignação.
-Calma sra Antonia eu...-Era Maria que agora surgia do nada mais foi surpreendida tbem pela reação da amiga.
-Cale a boca sua incompetente!- Ela então me amparando ela ombro me conduziu pelo corredor agora vazio. E ao passar por Maria Concluiu:-Quero todos na rua.
Eu tremia da cabeça aos pés. Sentia calafrios. Jamais havia passado por tal constrangimento e jamais havia sido defendida com tanta intensidade. Eu não conseguia pronunciar palavra alguma, apenas me deixei guiar até a sala de Antonia.


Antonia assim que me sentou em uma poltrona bem no centro de sua magnífica sala, saiu rapidamente acompanhada da tal moça loira que não a deixava um instante. Me senti abandonada novamente. Porem logo em seguida uma jovem de rosto simpático entrou me trazendo uma chicara de cha e dois calmantes. Tomei rapidamente olhando para a porta temendo que Antonia não voltasse.
Meu corpo todo tremia, eu estava tensa com medo, angustia e ainda com vergonha de tudo o que havia aconteçido.
Assim que a moça deixou a sala eu recostei-me na confortável poltrona preta fechei os olhos tentando conter meu nervosismo e acima de tudo tentando adivinhar quem seria aquela moça que estava em companhia de Antonia.
Ouvi a porta se abrir mais mantive-me de olhos fechados. Estava cansada.
Não foi preciso abrir os olhos para perçeber que Antonia sentava-se ao meu lado. Aquele perfume enebriante era inconfundível. Senti seus dedos roçarem minha façe levemente, e o cala frio voltou. Abri os olhos e me deparei com aquela visão perturbadora. Os olhos azuis, tão profundos como o mar, eu mergulhei neles hipnotizada.
Nos olhavamos intensamente, ela pareçia ainda muito nervosa, sua façe estava corada. Mais a raiva havia passado.
Ela então segurou meu rosto entre as mãos e me encarou antes de dizer:
-Sinto muito Clara.-Respirou fundo e continuou:-Me perdoe por te-la feito passar por isso. Eu não...-Neste momento eu pousei meu dedo indicador em sua boca, silenciando-a.
-Por que desapareçeu Antonia?-Era a única coisa que eu queria saber naquele momento.
-Não desapareçi eu apenas...
-Chega Antonia.-Meu tom era de cansaço, eu falava baixo triste.-Não precisamos passar por isso. Ou melhor, eu não preciso passar por isso. Não sou forte o bastante ou "compreensiva" o bastante para aceitar os seus mistérios. Chega.
Ela ficou me olhando em silencio, e eu começava a sentir o efeito dos calmantes que havia tomado, sentia meu corpo mais relaxado. Toquei seu rosto e aproximei meus lábios dos seus mais não os toquei.
-Vou sentir saudades.-Nesse momento nossos lábios se uniram levemente, e pude então sentir aqueles lábios macios que com certeza me fariam muita falta.
Ao tentar me desvenciliar dela, senti Antonia intensificar o beijo e abraçar-me fortemente enquanto invadia minha boca.
Nos beijamos por muito tempo até que nos separamos e Antonia falou:
-Deus, como pude deixar as coisas chegarem a este ponto?-Perguntou ela com uma expressão meio confusa.
-Do que está falando?-Perguntei intrigada.
-Nada garota, nada. Agora vamos pra casa.-Disse ela levantando-se e me puxando consigo.
-Antonia, vc não entendeu...-Fui calada com mais um beijo envolvente, nos abraçavamos fortemente. Eu queria me livrar de tudo aquilo mais estava presa, envolvida em uma teia. A teia do amor que sentia por ela.
Ela olhou pra mim com um jeitinho de menina travessa e falou:
-Vou te levar pra minha casa.



Capítulo 26: cap 4
(por tynah , adicionado em 30 de Janeiro de 2007)

O sol aquecia a cidade, passava das dez da manhã quando deixavamos o império de negócios de Antonia e nos dirigiamos a seu carro que nos aguardava com seu prestativo chofer muito gentil.
Assim que entramos no carro e Antonia indicou ao chofer para onde iríamos ela voltous-se para mim muito séria:
-Sente alguma dor no corpo Clara? Aqueles...imbecis te machucaram não foi?-Preocupou-se ela tocando meus braços com delicadeza.
-Não Antonia. Fiquei apenas constrangida, no mais...eles faziam o trabalho deles.-Disse eu sorrindo, estava feliz. Já nem me lembrava mais do incidente. Eu estava indo pra casa dela! Ela enfim resolvera me incluir em sua via.-Esqueça isto querida, estou bem mesmo!
Nos beijamos por um longo tempo, senti as mãos de Antonia percorrerem meus braços delicadamente e então eu começei a sentir aquele arrepio na espinha juntamente com o aquecimento da temperatura de meu corpo. Ela passou a dar suaves beijos em minha nuca e pescoço, ora passeava a lingua, ora beijava e eu sentia a exitação novamente tomar conta de mim, eu a queria.
Começei a tocar seu corpo de forma ousada, toquei seus seios por sobre a blusa, porem ao tentar invadir o decote de sua elegante blusa, Antonia segurou minhas mãos:
-Pare garota. Não me provoque, ou não respondo por minhas atitudes.
-Vc me provocou primeiro.-Disse eu em tom queixoso agarrando-a pelo pescoço.
-Já estamos chegando meu bem. Se começarmos a nos empolgar, demoraremos muito pra chegar em casa.
Nesse momento a limosine parou.
-Viu! Chegamos. Venha, vamos terminar o que começamos na cama.

Era um apartamento de cobertura. Era "o" apartamento. Moveis de muito bom gosto, todos em tons claros. A decoração era bem a cara de Antonia, ou seja, pratica e sofisticada. Alguns comodos pareçiam escritórios. Mais o que mais me chamou a atenção naquele lugar foi o lindo piano de cauda que havia na sala de estar, e sobre ele alguns porta-retratos que me chamaram a atenção.
Antonia nada dizia, me deixava circular pelo ambiente, apenas me olhava. Aproximei-me do piano e começei a olhar as fotos que ali estavam. Bem na frente haviam fotos de Antonia quando criança e quando bebe, muito linda. Não foi preciso perguntar, pois não mudara muito, os lindos olhos azuis eram os mesmos. Logo ao lado vi fotos de um casal no qual a mulher tinha os mesmos olhos de Antonia porém os cabelos eram negros, o homem era loiro bem mais alto que a mulher rosto quadrado, ar imponente. Postura que em muito lembrava Antonia. Peguei este porta retratos e voltei-me para ela:
-São seus pais? Perguntei.
-Sim. Os grandes culpados.-Brincou ela aproximando-se.
-Onde eles estão?-Perguntei um pouco exitante.
-Mortos.
-Sinto muito.-Antonia continuou com a mesma expressão, olhando pra mim com uma curiosidade no olhar.
-Quer me fazer alguma outra pergunta?-Indagou ela recostando-se em uma poltrona próximo de onde eu estava.
-Agora eu acho que não...ou melhor tenho sim.-E voltando-me para os porta retratos peguei um em que se encontrava uma senhora idosa loira e muito charmosa.
-Esta aqui, quem é?
-Minha vó. Minha mãe, meu pai, e por incrivel que pareça...minha melhor amiga.
O semblante de Antonia tornou-se tão doce e feliz ao falar na avó que não resisti e me joguei em seus braços cobrindo-a de beijos.
Ela por sua vez me enlaçou pela cintura e me levantou no ar beijando-me em seguida.
Até que um barulho vindo de outro comodo interrompeu o jesto de carinho.
Ao abrir os olhos me deparei com uma senhora nos olhando incrédula.
Antonia rapidamente me soltou, mais assumiu sua postura de altivés e indagou a intrusa:
-O que faz aí, parada com essa cara de tola?- Disse ela a mulher.
-Mil perdões senhora...é que eu não sabia...que, bem eu...-Ela se atrapalhava com as palavras estava nitidamente nervosa e desconsertada.
Antonia balançando a cabeça em sinal de impaciencia voltou-se para mim e falou:
-Esta mulher indiscreta e atrapalhada que esta aqui é Joaquina, minha governata. Ela é quem tenta manter este lugar assim, organizado. Não é Joaquina?
A mulher ficou em silêncio, agora olhava pra mim, e o embaraço havia sumido. Agora ela me olhava com curiosidade.
-Oi Joaquina. Sou Clara.-Aproximei-me e lhe estendi a mão num sinal de comprimento. Ela ainda desconfiada me estendeu sua mão gelada. Agora tinha as sobrançelhas arqueadas e pude perçeber que estava me analizando. Mais manteve-se em silencio.
-Bem, peça para que preparem um bom almoço pra nós.
-A senhora tem...preferencia por algum prato em especial?-Perguntou a governanta ainda olhando pra mim.
-Frutos do mar.-Disse ela me dirigindo um olhar satisfeito.
Meu coração acelerou e eu quis correr pra ela.
Foi como se ela lesse meus pensamentos, dispensou a mulher e me puxando pelo braço, subimos as escadas em direção a sua suíte.


Não houve tempo de perçeber o quanto era magnífico aquele quarto, pois assim que entramos fui atacada por uma mulher sedenta de prazer. Me encostou na parede assim que a poorta se fechou atraz de nós e colou seus lábios nos meus com ardor.enquanto nossas respirações se auteravam e eu fechava os olhos e sentia sua boca me morder a orelha o o pescoço e minha blusa ser atirada longe enquanto sentia meus seios serem sugados avidamente. eu sussurrava seu nome e gemia ficara apenas um dia sem faer amor com ela desde que chegara ali e ja sentia o corpo em braza pela saudade, aquela boca sugava meu mamilo com força e o outro era acaricia do com sua mão ansiosa novamentetive a boca invadida por sua lingua molhada e macia enquanto suas mãos agora me livravam do jeans e levava consigo a pequena peça intima.Antonia me fez abrir as pernas e ao tocar meu sexo úmido e quente,sussurrou em meu ouvido:
-Nossa! Como é bom te sentir garota...vc me enlouqueçe, seu corpo me enlouqueçe.
Eu sorria e gemia e me deliciava com aquela carícia avassaladora. Antonia entroduzia seus dedos em mim e ao mesmo tempo massageava meu clitóris me enlouqueçendo de prazer, até que ao sentir que eu estava totalmente encharcada de prazer, começou a me penetrar com mais força e mais rapido, levantou uma de minhas pernas até seu quadriu e continuou as investidas, indo e vindo ao compasso de nossos corações, rápido. Eu gemia, me agarrava em seus cabelos dizia palavras desconexas, até que senti o arrebatador climax explodir em mim juntamente com o grito que abafei no ombro de Antonia. Ela então ajoelho-se rapidamente em minha frende colocando minha perna sobre seu ombro e tomou meu sexo em sua boca faminta, sugando todo o nectar de meu íntimo. Eu ofegava, transiparava e a assistia beber meu mel, enquanto tocava seus cabelos e sussurrava:
-Chupa tudinho minha linda, ainda tenho muito mais pra te dar.
Nos amamos por toda a tarde, eu não queria deixar aquele corpo quente um só minuto, fizemos na cama, no chão, no banheiro, na banheira. Estávamos empolgadas e muito, muito exitadas bastava um toque e tudo começava novamente.
Antonia era simplesmente a mulher mais linda e mais exitante do mundo.





Capítulo 27: cap 5
(por tynah , adicionado em 1 de Fevereiro de 2007)

Era tão bom ficar assim, deitada em seus braços, ficar em silêncio nos olhando apenas. As palavras não eram necessarias, eu perçebia que em meus olhos Antonia podia ler o amor que eu sentia por ela.Mas mesmo assim eu não dizia.
Fazia mais de tres horas que estávamos ali, enclausuradas naquele quarto. E eu não sentia a menor vontade de deixar aquele corpo macio. Mais o incanto foi quebrado com o som do telefone, ao lado da cabeçeira da cama.
-Acabou o recreio.-Disse ela desvencilhando-se de meu corpo e atendendo o telefone. Fiquei apenas observando-a já com medo de que ela me abandonasse novamente.
-Alô. Sim, claro que quero que faça isso. Olha, vamos fazer o seguinte, hoje é sábado, falamos disso na segunda e...Maria, não me interrompa. Disse que falamos disso na segunda feira. Ok.- Eu ouvia tudo em silencio, realmente Antonia sabia ser grosseira quando queria.
Ao recolocar o aparelho no gancho ela soltou um suspiro e voltou-se pra mim.
-Estou com fome. Nosso almoço deve ter esfriado.
-Antonia, por que as vezes vc é tão grossa com as pessoas?-Perguntei um pouco apreensiva, não queria irrita-la mais tbem não podia fingir que não me importava com aquele jeito insuportável da outra.
-Me controlei pra ser sutil com ela. Na realidade ainda preciso colocá-la em seu devido lugar.
-Mais o que ela...-Antes que eu pudesse concluir a frase ela me interrompeu.
-Odeio lidar com incompetentes, e Maria cometeu o pior deles.
-O que ela fez de tão grave?
-Não soube cuidar de vc.-E dizendo isso ela se levantou e foi a procura de um roupão.
Fiquei perplexa. Toda a quela furia com a amiga, por causa de uma atitude inpensada de minha parte! Me levantei rapidamente e a alcançei próximo ao closet.
-Não acredito que está assim com ela por minha causa! Antonia, a culpa não foi dela. Ela não é minha babá!
Antonia tocou meus ombros nus e por alguns segundos vi docura novamente em seus olhos.
-Fiquei louca quando a vi sendo agarrada daquele jeito. Ainda não gosto de me lembrar. Odeio me sentir assim.-E tocando meu rosto com carinho continuou-Esse corpinho frágil tem que ser bem cuidado. Eles poderiam te-la machucado muito se eu não apareçesse, tem noção disso? E tudo por culpa da...
-Minha culpa.-Disse agarrando-a pelo pescoço e beijando-a intensamente.
Ela realmente se preocupava, se importava comigo. Será que eu realmente estava derretendo aquela montanha de gelo?

***

Era noite e eu depois de muita argumentação havia conseguido convençer Antonia a me levar a casa de Maria e pedir desculpas pelos transtornos que eu ha havia causado. Ela como sempre muito gentil aceitou não só minhas desculpas como tbem as de Antonia. Jantamos em sua casa conversamos por muito tempo sentadas na varanda próximo ao jardim de inverno, que Maria tinha verdadeira paixão. Adorava flores e folhagens.
Era estranho ver Antonia relaxada, conversando animadamente, falando sobre os tempos de faculdade onde havia conheçido Maria. Era a verdadeira Antonia que se apresentava nesses momentos. Eu ficava apenas ouvindo e rindo das histórias engraçadas.
-Clara, vc não imagina o quanto Antonia era popular. Não havia festa sem que ela não fosse convidada, aliás sempre que planejavam fazer uma festa no campus eles visitavam nosso aposento pra perguntar o que ela achava.- Maria contava animadamente, tambem parecia outra, pareçia normal.
-Eu imagino o quanto ela deveria ser autoritária, "Estou mandando fazerem a festa no domingo, ouviram ou são surdos!"-Disse eu tentando imitar o timbre de sua voz, e gesticulando com o dedo em riste.
Antonia tentou mais não resistiu as risadas.
-Boba.-Foi o comentário entre risos.
Então eu me aproximei dela e não contive ao impulso de beija-la. Sob o olhar satisfeito de Maria.

Por muita insistencia de Maria, acabamos dormindo em sua residencia. E foi muito bom, eu estava feliz e Antonia tbem. Toda aquela tensão daquela manhã haviam se dissipado.

Estavamos no carro nos dirrigindo ao Apartamento quando eu resolvi convida-la para um passeio em uma praia que não ficasse muito longe dali. Ela me olhou por alguns instantes, com expressão de quem não estava gostando nem um pouca da idéia, então eu insisti.
-Por favor, faz tanto tempo que não tomo um banho de mar. Vamos linda, vamos.-Pedi aproximando-me dela, enquanto dirigia.
-Não me atrapalhe garota, estou dirigindo.-Disse ela desviando o olhar.
-Por favor...-Me aproximei de seu ouvido e sussurrei-Por favor me leva.
Balançando a cabeça, vençida Antonia concluiu.
-Menina, menina. Ok, mais nada de nadar nua entendeu?
Caí na gargalhada ao houvir tal recomendação.


Antes de irmos a praia, haviamos combinado de passar no apartamento pra pegar algumas coisas e Antonia ainda precisava fazer algumas ligações.
Assim que chegamos eu corri pro quarto, Antonia havia dito que tinha alguns biquines perdidos pelo closet, então eu teria que procura-los. Antes ainda eu ligaria pra Alice, e Mara. Queria saber como estava me dizer que eu estava muito bem.
Mais ainda da escada ouvi Antonia dizer:
-Não demore Clara, vou apenas fazer uma ligação e saímos em seguida, ok.
-Ok, chefa!-Respondi em tom de brincadeira. Eu era só sorrisos, tinha a certeza de que teríamos um domingo maravilhoso.
Falei apenas com Alice, e fiquei satisfeita em saber que tudo corria a contento. E ela mostrou-se muito felis em saber que eu estava bem e feliz.
-Por favor amiga, não fique muito tempo sem dar notícias, ficamos todos preocupados contigo, estávamos pensando até em ir até aí e fazer um resgate!-Queixou-se Alice brincando.
-Desculpe. Prometo que ligarei mais frequentemente.
Nos despedimos e eu ainda tive que procurar um biquine antes de descer, com certeza Antonia já deveria estar irritada. Peguei então o primeiro que encontrei e saí correndo.
No entanto no momento em que alcançei a escada, vi um sena que me levou do céu a inferno sem escalas; Antonia abraçava e acariciava os cabelos loiros de uma mulher. Fiquei em choque, paralizada, o sorriso que eu tinha no rosto até aquele momento morreu, assim como a alegria. Elas não me viam, e continuavam abraçadas, até que Antonia se desvencilhou e passou a acariciar o rosto da outra de uma forma tão carinhosa que eu quis morrer, o golpe fatal foi no momento em que vi os lábios se tocarem. Recostei-me na parede, levando as maos a boca, fechei os olhos não pudia ver mais nada, era doloroso demais. As lágrimas vinham em abundância e ali eu vi meu sonho acabar.



Estava no avião, após horas de viagens, estava aprocimando-me do Aeroporto Internacional Hercílio Luz em Florianópolis.
Mesmo que eu tentasse, a imagem daquele domingo não me saíam da cabeça. Como ela poderia ter sido capaz de tamanho deslealdade? Naquele momento eu havia sentido tanta coisa que temi ficar frente a frente com Antonia, temi mais ainda me aproximar daquela outra mulher. O mixto de ódio, tristeza e mágoa eram tão intensos que me perturbavam até a alma. Então eu fiquei escondida até ve-la dirigindo-se a um dos escritórios do apartamento, assim que vi a porta se fechar, voltei correndo até o quarto peguei minha bolsa, com apenas documentos talões de cheque e dinheiro e corri em direção a porta de saída, cuidei para que Joaquina não me visse e saí decidida a nunca mais olhar pra trás.

Peguei um Avião com várias escalas, pois era o que saíria em seguida. Não queria ficar muito tempo ali, temia que Antonia a perseguisse. Mais logo esse temor se esvaiu, afinal ela estava muito bem acompanhada, e se ver longe de mim seria para ela um alívio.

Era bom voltar pra casa, de dentro do taxi eu olhava a paisagem, e a chuva caíndo. Estava um dia chuvoso, nuvens carregadas cobriam o céu. As paisagens eram belas e tristes, como eu naquele momento, como provavelmente seria o resto de minha vida. Tudo o que eu queria era intender, o por quê de tantas demonstrações de afeto, tanta preocupação, tanto carinho? Se era tudo fingimento, tudo uma farsa.
Tudo girava em torno da minha cabeça, eu tinha certeza de que aquela mulher era a mesma que estava em companhia de Antonia no dia em que eu havia ido a sua empresa. Mais então por que fez aquela insenação toda, aquela demonstração de preocupação comigo? E por que a outra assistiu a tudo sem nada dizer?
Meus pensamentos foram interrompidos pela voz do motorista do taxi:
-Chegamos senhora.



Capítulo 28: De volta ao começo- Cap II
(por tynah , adicionado em 5 de Fevereiro de 2007)

Voltar pra casa era bom, mais naquelas condições era insuportável. Eu realmente não sabia se conseguiria encarar de forma racional tudo o que estava acontecendo. Mais iria tentar.
Era estranho entrar em casa e não ser recebida por Meg e Barth, a casa estava fria, triste. Assim como meu estado de espírito. Joguei as chaves sobre a mesa de centro e me deixei cair na poltrona. "Será que Antonia sentiria minha falta? Será que me procuraria e..." Balançando fortemente a cabeça, tentei tirar aquela mulher do meus pensamentos, deixar as indagações de lado, não queria mais pensar...em nada, mais não conseguia parar de pensar e sentia que novamente lágriamas começavam a brotar em meus olhos. Então, numa atitude desesperada, corri para a porta e corri em direção ao mar. Não me importando com a chuva que vinha forte e torrencial, e menos ainda com o mar a minha frente, agitado e perigoso.
Me livrando das roupas muito molhadas fiquei apenas usando a langerè bordô e me entreguei aquelas aguas. Ondas me atigiam violentamente, e eu me via sendo engolida pela aguas muito azuis. Era uma verdadeira batalha, na qual eu não tinha a menor vontade de vençer.
Quando eu já me via exausta, cansada entre aquelas ondas se quebrando a todo momento sobre mim e me arrastando cada vez mais para longe da praia, só aí eu percebi o loucura que tensionava fazer. "Ela não mereçe tanto!". Reunindo o pouco de energia que ainda me restava nadei habilidosamente até a praia, cortando as ondas e enfim alcançando as areias molhadas. E ali eu me deitei, sentindo caibras horríveis nas pernas e um cansaço enorme. A chuva não dava trégua, me atingia com violência, e ainda assim o que me fazia chorar novamente era a dor que eu sentia era no peito, no coração.

****

O toque na campanhia me despertou de um sono profundo, já passava das nove da noite. Eu havia dormido a tarde toda. Após a aventura na praia, eu havia ligado pra Alice apenas lhe dizendo que assim que pudesse fosse a minha casa, sem mais detalhes.
Ao abrir a porta ela foi logo me abraçando e me bombardeando de perguntas:
-O que houve amiga? Quando vc chegou, ainda ontem nós conversamos e...
-Dá um tempo Alice!-Disse eu interrompendo o interrogatório e me sentando na poltrona, seguida por Alice que veio se sentar a meu lado.
-Nossa! Deu pra notar que o caso é sério.
Alice olhou seriamente pra mim e então eu perçebi que precisava desesperadamente desabafar. Ela entendendo a expressão angustiada em meu rosto, abraçou-me fortemente, e eu desabei.

Por muito tempo ficamos abraçadas, Alice apenas acariciando meus cabelos enquanto as lágriamas molhavam seu ombro. Quando ela notou que eu me acalmava, levantou-se e foi até a cozinha, eu me deitei no sofá e de olhos fechados tentava amenizar a dor de cabeça insessante.
Alice voltou com duas xicaras de chá bem quente.
-Tome amiga. Vai te fazer bem. E me fazer bem tbém. Melissa, camomila e cidreira. Há, tem mel tbém. Minha mãe chamava de sossega-leão!
Tomei o liquido quente e senti de imediato uma sensação boa. Vi Alice se aproximar da janela enquanto tomava seu chá.
-A tempestade foi embora. Agora esta caíndo uma leve garoa. Adoro esse som, das gotinhas da chuva caindo sobre as plantas.
-Ela tem outra.-Minha voz saiu fraca. Mais Alice ouviu e foi em minha direção sem nada dizer sentou-se novamente a meu lado. Então eu lhe contei tudo.


-O que pretende fazer agora?-Perguntou ela apos ouvir todo meu relato em silêncio.
-Voltar a viver minha vida. Volto ao trabalho amanhã e...
-De jeito nenhum! Não está em condições de voltar ao trabalho, amiga. -Alice tocava meu rosto com doçura.-Vai se afastar daqui isso sim.
-Por que?
-Não te passou pela cabeça que essa mulher pode vir atrás de vc?
-Ela não faria isso. Está muito bem acompanhada.
-Clarinha minha amiga, ouça; Depois de tudo isso que acabou de me dizer eu só posso concluir uma coisa: Ela quer vc tbém, e a outra sabe disso e pelo visto...ela aceita.
-Mas eu não quero isso pra mim e...
-Vc não está em condições de encarar Antonia tão cedo. Acredito sim que ela virá atrás de vc, se é que já não veio. Se ela te procurar, quero que esteja por cima, não quero que ela te veja neste estado! Precisa de tempo Clara.
-Acho que se ela surgir na minha frente hoje eu...não sei o que sou capáz de fazer!
-Eu sei. Vc quebraria todos os móveis da casa na cabeça dela!- Disse Alice sorrindo.
-Mais eu tbem não quero ficar em casa Alice. Vou enlouqueçer assim.
-Eu sei o que vc irá fazer.
-O que?
-Minha casa na praia do Santinho. Sabe aquele chalezinho bem escondidinho entre rochas, arvores e muita vegetação?! Que tal?
Fiquei em silêncio por alguns instante. Alice tinha razão. Eu precisava de um tempo só pra mim, pra reorganizar minha idéias. E aquela praia era ótima. Seria um retiro. Eu precisava "recarregar a bateria".
-Ok, Alice. Vou me afastar por mais alguns dias, sozinha. Mais por favor, não diga a ninguem onde estou. Eu ligarei pra mãe quando já estiver lá. Ela irá intender.Diga pra cuidar dos cães por mais alguns dias. Acho que uma semana já é o suficiente pra mim.
-Isso Amiga! É assim que se fala. E não se preocupe com mais nada. Vai sair dessa, eu prometo.

A praia do Santinho era uma das melhores praias de Florianópolis para se surfar. E eu estava aproveitando bem meu tempo pegando ondas todas as manhãs e nos finais de tarde era tbem a melhor forma de não pensar em mais nada a não ser em equilibrar-se sobre a prancha.
O Chale de Alice era lindo. Pequeno mais acolhedor e confortável. A sala e a cozinha dividiam o mesmo espaço com muito charme e bom gosto. Alice havia aproveitado bem o espaço, um quarto muito bonito com decorações em bambu, tudo muito rustico e nativo, e a pequena sacada onde eu assim que pude, armei a rede.
O acesso até a praia era bem difícil pois o Chalé ficava escondido no alto de uma colina, eu percorria cinco minutos por uma trilha muito acidentada para alcança-la, mais era compensador. Era lindo aquele mar, a praia quase deserta e o som que se ouvia era o barulho gostoso do mar e o canto feliz das gaivotas.
Ali eu estava reencontrando a paz, sentia aos poucos meu coração menos dolorido. Eu ainda sofria, mais a dor já não era insuportável.



Capítulo 29: cap 2
(por tynah , adicionado em 7 de Fevereiro de 2007)

Deitadas naquela cama macia sobre lenções sedosos, nos amávamos. Antonia me beijava o corpo todo, passeando sua lingua quente pela pele em chamas. Eu delirava, ela me olhava intensamente antes de sugar meus seios e me penetrar com ansiedade. Nesse momento eu delirei. Estava quase atingindo o prazer total quando de repente vi atraz dela surgir a linda jovem loira passou a acariciar as costas de Antonia enquanto olhava pra mim, me angustiei mais fiquei imóvel, Antonia então voltou-se para ela e a abraçou eu quis chorar mais não conseguia. Nesse instante ambas vieram em minha direção e começaram a me tocar e a beijar meu corpo. Eu tentava desvensilhar-me mais era impossivel, Antonia aproximou os lábios de meu ouvido e sussurrou:-Quero vc menina, quero vcs duas...amo vcs duas.
Senti um ódio tão grande naquele momento, que reuni toda a força que eu tinha e a empurrei e gritei:
-Não!!-Nesse instante me sentei assustada na cama e acordei.
"Graças a Deus foi um sonho!" Pensei ainda ofegante. Passei a mão no meu rosto e senti que suava, então para meu desespero perçebi que meu corpo todo estava molhado, eu não estava sentindo todo aquele prazer apenas em meu sonho eu realmente estava quase tendo um orgasmo. Desesperada corri pro banheiro, precisava urgentemente de um banho frio.

Era manhã de sexta-feria, eu já vivia a espectativa do retorno a vida normal. Decidi então que atarde ligaria pra Mara. Somente uma longa conversa com ela me faria esqueçer o pesadelo que havia tido. Minha mãe já estava apar de tudo o que havia ocorrido, no segundo dia de minha estadia no chalé havia ligado pra ela contando tudo. Omitindo alguns fatos, é claro. Sabia que se dissesse exatamente o por que de meu retorno enesperado ela com certeza iria a meu encontro me amparar. Eu precisava de colo sim, mais não queria preocupa-la, não queria que sofresse vendo que eu estava sofrendo.
Assim que voltei de mais uma longa manhã de surf, liguei pra ela:
-Oi filhinha.-Diga pra mim, quando voltara pra casa?-Perguntou ela, preocupada.
-Domingo atardinha mãe. Quero que leve meus bebês ok, quero encontra-los lá quando voltar.-Disse eu tentando pareçer animada.
-E sua mãe, não quer ve-la quando voltar, hein?-Queixou-se ela.
-Claro mãezinha! Claro que quero ve-la, quero colo. E mais uma coisa, quero que faça aquele bolo de laranja pra mim.
-Prometo que comerá o melhor deles, te amo minha filha e quero ve-la logo.-Senti que sua voz estava embargada pela emoção, então eu resolvi brincar com ela antes que desmoronasse ao telefone e a deixasse mais preocupada ainda.
-Pare de ser boba mãe. Eu estou em Floripa lembra? Pertinho de ti, agora pare de bobagem e me conte como vai o papai.
Então perçebi que ela começava a se reanimar e conversamos por horas, ela como sempre reclamando das maneiras e manias de Sanches.

Anoite eu estava deitada na rede ouvindo o barulho do mar e olhando as estrelas, a noite estava linda, e a temperatura era agradável. Lembrava a noite em que passei com Antonia pela primeira vez em sua casa. "Era uma noite como esta". Era incrível como tudo me lembrava aquela mulher. Eu não podia me permitir pensar nela, tinha que me ocupar. Então me levantei daquela rede e fui pro banho.
Decidi que iria cozinhar, estava faminta. Coloquei um vestido estampado com cores claras, de tecido bem leve e uma sandalha. Prendi os cabelos num rabo de cavalo e saí em busca de um peixe fresco e camarões.

Dirigi por mais de dez minutos até encontrar uma peixaria e foi divertido escolher o peixe, muitos pescadores disputando a atenção dos clientes, todos muito simpaticos e criativos. Me convençeram a comprar filés de anchovas. Aproveite e comprei tbem camarões, na saída vi uma barraquinha onde vendiam vinhos coloniais, resolvi levar uma garrafa.

No trageto até o chale, eu novamente estava com os pensamentos nela. O que estaria fazendo? Estaria com a outra? Por que resolveu acabar com a minha vida? Eram perguntas das quais eu jamais obteria respostas.
Fui trazida a realidade quando, ao estacionar o carro na garagem, vi que ao lado havia um outro carro estacionado. Aproximei-me do automóvel e não o reconheçi. Senti um frio no estômago e meu coração acelerou. "Quem seria?"
Alcançei a varanda e ali de costas havia uma mulher ruiva, cabelos ondulados soltos que dançavam ao ritmo do vento, usava uma calça muito justa preta e uma blusinha esvoassante azul. Nesse momento ela se virou e imediatamente reconheçi aqueles olhos verdes e aquele sorriso. Fiquei perplexa:
-Nadia?!
Ela se atirou em meus braços abraçando-me fortemente, tive que me equilibrar para não derrubar as sacolas que segurava.
-Que saudade Clarinha! Não acredito que te encontrei!-Perçebi que ela chorava, eu ainda não sabia o que fazer:
-Nossa, eu estou surpresa!-Foi tudo o que pude dizer.
Entramos na casa e Nadia não parava de me olhar, levei as compras até a pia e voltei pra perto dela:
-Poxa! Quanto tempo hein Nadia?- Falei meio constrangida, fiz sinal pra que ela sentasse e me sentei em seguida.
-Dezessete anos! E pareçe que o tempo não passou, vc está...igual. Não, está...mais linda ainda!-Ela me olhava com tanta intensidade que era difícil pra mim ser natural.
-Imagina, Nadia. Faz menos tempo.-Eu ainda não entendia o que ela fazia ali, e como havia me encontrado.
-Eu conto apartir do momento em que vc me deixou.
Me surpreendi com aquelas palavras, mais nada disse. Resolvi mudar o rumo da conversa.
-Quer beber algo. Tenho um vinho ótimo que acabei de comprar.
-Claro. Mais, desde quando vc começou a beber?
-Eu continuo a mesma. Bebo socialmente, fique a vontade, vou buscar.
Enquando eu me retirava dali, ia ainda intrigada com tudo aquilo. "Eu vou matar a Alice!" Não havia outra possibilidade, apenas ela sabia onde eu estava, ela e Mara. Mais Mara jamais diria a Nadia, ela a odiava.
Enchi as taças e antes de leva-las tomei dois goles enormes e imediatamente senti o rosto arder.
-Espero que goste.-Disse eu ao entregar-lhe a taça.-Mais me diga moça, o que faz por essas praias.
-Estou de volta. Vim pra ficar, agora é definitivo. Chega de São Paulo.
-Mais eu soube que estava tão bem lá. Montou uma loja e...
-A loja veio comigo. Ou melhor, uma das lojas veio comigo. Tenho agora várias filiais e a matris será aqui.
-Que bom. Eu...nem sei o que dizer.-Nadia continuava linda, aquela pele lisinha, o sorriso maroto, o tom de vermelho era o mesmo e até seu jeito moleca de ser. Pareçia realmente que o tempo não havia passado. Tomei mais vinho, eu precisava relaxar, a presença inesperada dela estava me perturbando.
-Diga que esta feliz em me ver, que esta feliz em saber que estou de volta.-Enquanto ela falava, se aproximava de mim. Eu instintivamente me levantei e fui até a varanda.
-Vc não mudou mesmo não é Nadia? Continua a mesma safadinha de sempre.-Tentei brincar.
Ela se levantou e veio novamente em minha direção.
-Senti tanto sua falta minha sereia. Busquei por todos os lados uma mulher que substituisse vc mais...não encontrei.
-Ainda gosta de mulheres? Pensei que homens fizessem mais sua cabeça.- Agora eu me sentia melhor, o vinho estava fazendo efeito.
Ouvi Nadia suspirar antes de dizer:
-Sabe que isso não é verdade. Eu errei contigo sereia mais, sabe que sofri muito e...
-Nadia. Por favor, não vamos voltar ao passado. Deixe ele lá, enterrado. Vamos falar do presente, que tal?
-Ok. Sabe que sempre faço tudo o que vc pede.
Senti que aquela seria uma longa noite.
****
Conversamos por várias horas. Até que estava sendo agradável relembrar alguns momentos de nossa infancia e adolescencia. Falei a respeito de minhas viagens, trabalho e até mesmo sobre meus amores, mais sem citar nomes ou aprofundar o assunto.
Ela me ajudou a preparar o peixe, o molho de camarão. Estava sendo agradável te-la ali comigo. Ao menos eu não pensava em Antonia.
Então, após lavarmos a louça e nos esticarmos nas poltronas, Nadia resolveu que queria dançar. Foi até a estante a la começou a mexer nos cds. Eu fiquei observando-a. Ela realmente era uma mulher linda. Seu corpo bem definido, cintura fininha...Fechando os olhos eu ri e falei alto:
-Acho que bebi demais.
Ela voltou-se pra mim e estendendo os braços disse:
-Vem dançar comigo.
Naquele instante o som de Celine Dion inundou o ambiente -Because you loved me.
Me levantei e me aproximei:
-Ainda é fã dela?-Perguntei no momento em que sentia suas mãos me puxarem e nossos corpos se unirem.
-As musicas dela me fazem lembrar de vc. De nós.
Dançavamos coladinhas aos ritmo da música e então Nadia aproximou os lábios de meu ouvido e disse:
-A letra dessa musica diz: !Porque vc me amou. Diga-me Clara; vc me amou não é mesmo?
-Acho que sim.-Eu não estava gostando do rumo daquela conversa, mais sentir ela ali, sentir seu corpo, me causava uma sensação boa.-Digamos que vc foi meu primeiro amor.
Ela então parou de dançar e me encarou:
-Pois vc, sereia, ainda é o meu.-Então ela uniu seus lábios nos meus, de forma urgente e desesperada.



Capítulo 30: cap 3
(por tynah , adicionado em 8 de Fevereiro de 2007)

A união dos lábios úmidos obteve um efeito avassalador. Ela invadia minha boca com sua língua atrevida, enquanto me acariciava todo o corpo. Eu me deixava beijar, me deixava tocar e me via ser encurralada contra a parede da sala. Ali, Nadia abandonou meus lábios e passou a percorrer meu pescoço com beijos e mordidas provocantes.
De olhos fechados eu reçebia suas carícias e sentia meu sexo pulsar de desejo no momento em que percebi que uma alsa de meu vestido caía para o lado expondo um de meus seios. Nadia se afastou e começou a toca-lo com a ponta do dedo, e gemia, fechava os olhos e suspirava. Ate que o tomou entre os lábios e começou a suga-lo e a beijá-lo delicadamente.
Eu tocava seus cabelos, e com a cabeça recostada na parede eu mantinha os olhos fechados, na expectativa do que viria a seguir. Nadia, habilidosamente escorregou a mão por entre minhas pernas e afastando a peça intima, tocou meu sexo. Eu suspirei, e nesse momento abri os olhos e me deparei com seus olhos. Eram verdes e suaves, não eram azuis e fortes, não era Antonia.
Nesse exato momento eu me afastei tão inesperadamente que não houve tempo de Nadia sequer tentar me segurar. Fui até a porta e a abri, ajeitando a alsa do vestido e tentando controlar a respiração que era ofegante:
-Melhor vc ir embora Nadia.-Eu não conseguia encará-la.
-O que houve...sereia eu...-Ela ainda estava muito perturbada, e ao mesmo tempo surpresa com minha reação.
-Pare de me chamar de sereia!-Interrompi rispidamente.-Não haja como se o tempo não tivesse passado, não sou mais a sua sereia! Acabou Nadia, a muito tempo.
Ela aproximou-se e revidou no mesmo tom:
-Sei que não acabou, senti seu corpo todo reagir ao meu toque, vc queria tanto quanto eu. Esta magoada ainda, mais eu já te expliquei Clara!-Ela então chegou bem perto de mim e, mais calma falou:-Eu nunca deixei de amor vc. Quando soube que estava solteira e morando aqui, a mais de dois anos, eu quis vir imediatamente te procurar, mais no primeiro momento tive medo. Depois houve problemas com as lojas e eu...fui deixando, mais Clara eu nunca esqueçi vc.
Ouvi a tudo e m silêncio. Se ao menos ela estivesse apareçido alguns meses antes...Fechei os olhos e suspirei profundamente antes de fechar a porta e voltar a poltrona.
-Sente-se Nadia. Precisamos conversar.

Passava das tres da madrugada, quando terminei de abrir o coração a Nadia. Eu havia resolvido dizer tudo a ela. Como eu havia reagido após descobrir que ela havia me traído com meu irmão e logo em seguida foi embora de Floripa, deixando-me sem ao menos uma explicação. Eu havia chorado por muito tempo, até me dar conta de que eu ainda era jovem e teria ainda muitos amores pela frente. E a dor passou.
Falei tbem sobre as mulheres que haviam passado por minha vida, que no começo fora difícil, pois procurava nelas um pouco de Nadia. E se encontrasse, logo temia ser traída novamente. E como, enfim tinha superado tudo quando ha havia visto algumas veses na cidade, mais jamais tido coragem de se aproximar temendo ter alguma recaída.
Nadia ouvira a tudo sem nada dizer, apenas em alguns momento seus olhos marejavam.
Então eu relatei o momento crucial, quando havia conheçido Antonia e tudo o mais. Ao final o silêncio pairou no ar, até que eu disse melancolicamente:
-É ispantosa essa minha "cina". As duas únicas pessoas que realmente significaram algo pra mim, por quem eu senti muito mais do que apenas paixão, me traíram. Só que...desta vez eu...estou sofrendo bem mais e...por mais que eu tente, por mais que me esforçe eu...ela...- Era difícil falar, quando o que eu mais queria era chorar. E as lágrimas cobriram meu rosto.
Nadia aproximou-se de mim e me abraçou carinhosamente, enquanto acariciava meus cabelos.
-Chore querida. Vai te fazer bem.
-Sinto muito, Nadia. Deus sabe como eu queria poder retribuir o que vc diz sentir por mim mas...Amo aquela mulher, desesperadamente.
-Mais vai esqueçe-la. Sei que vai. E quando isso aconteçer eu estarei bem aqui, vou reconquistar vc, vai voltar a me amar minha sereia, sei que vai.

*****
Nadia passou o resto da noite no chalé. Dormiu na poltrona da sala. Quando acordei já passava das dez da manhã, minha cabeça doía muito eu mal conseguia manter os olhos abertos. Ressaca.
Muito contrariada, me levantei e fui direto pra sala. Nadia ainda dormia. Sorrateiramente saí e fui pra praia.
Tomei um longo banho de mar, a agua gelada curaria aquela ressaca horrorosa, eu relembrava a noite anterior, os momentos com Nadia. E mal podia crer em tudo o que havia aconteçido. A mulher que eu pensava ser o maior amor que já havia tido na vida, agora se declarava me amar e querer construir uma vida a meu lado, e no entanto eu não a amava. Mesmo odiando Antonia, eu não podia negar o que meu coração e minha alma sentiam. Eu amava Antonia Candido.
Sabia que jamais haveria uma chance de ficarmos juntas novamente, pois eu havia visto sua traição, sua deslealdade, e isto eu não perdoaria jamais, eu poderia morrer de amor, mais jamais voltaria pra ela, mesmo que ela pedisse de joelhos.

Quando retornei ao chalé, Nadia me aguardava na varanda.
-Olá sereia, ops! Clara.-Disse ela rindo.
-Bom dia Nadia. Dormiu bem?-Perguntei beijando-lhe a façe.
-Poderia ter dormido melhor, ao seu lado na cama, bem abraçadinhas, mas...
-Boba. Vamos tomar café?
-Não querida, tenho que ir. Mais antes quero te fazer um convite que não permito que recuse.
-Nossa!
-Haverá uma festa no risort aqui perto, fui convidada e quero que vá comigo.
Antes que eu pudesse recusar ela se adiantou:
-Me deve isto. Por me deixar em ponto de bala e na hora h, me botar pra dormir no sofá!-Ela falava num tom queixoso.
-Mais Nadia eu...
-Sem mais...te pego as nove. Vamos comer, dançar, beber e nos divertir. -E dirigindo-se a seu carro ela concluiu:-Esteja pronta. Prometo que não irá se arrepender.
Fiquei ali, parada ser ter tido tempo de dizer a ela que não tinha roupa adequada pra ir a tal festa.
Mais eu realmente devia isto a ela, eu iria, e mais, iria tentar me divertir ao máximo e tirar de vez aquele fantasma que insistia em me perseguir.


********
Eram oito e meia da noite quando ouvi o telefone tocar insistentemente. Eu estava quase pronta. Tive que percorrer as lojas nos arredores da praia para encontrar uma roupa apropriada para a festa.
Optei por uma tomara que caia preta que cobria apenas os seios onde havia um bordado em strass, o resto era uma segunda pele bem finhinha que deixava a barriga exposta e uma saia tbem preta de um modelo que me agradou assim que a havia visto, atrás seu comprimento vinha abaixo do joelhos e seu recorte ia diminuindo na frente onde era transpassada alcançando o meio das coxas.
Os cabelos eu estava acabando de escovar, os queria mais lisos do que eram e soltos. Assim pareçiam mais negros ainda.
Corri pra atender ao telefone, suspeitando já imaginando quem seria. Alice.
-Oi filha.- Me enganei, era Mara.
-Oi mãe. Mais que surpresa é esta, aconteçeu algo?
-É que, de repente me bateu uma saudade. Então resolvi ligar e...saber como vai minha princesa.
-Bem. Eu estou tão bem que até vou sair agora. Não se preocupe comigo mae, estou bem.
-Não vai ficar em casa hoje?-Perguntou ela surpresa.
--Não. Vou...vou numa festa aqui perto.
-Com quem e onde?
-Credo, mãe. Que curiosa vc está me saindo. Vou com...uns amigos que encontrei aqui.-Menti. Ela não gostaria nada de saber que era com Nadia que eu sairia.-E a festa será no Resort, sabe onde é né dona Mara, portanto não se preocupe.
-No Resort. Ok, então se cuide bem tá minha filha. Te amo.
-Tbem te amo mãe. Bjos e até amanha.
Desliguei o telefone e novamente corri pro quarto, já era quase nove horas.

Assim que eu abri a porta para Nadia ela me lançou um olhar de surpresa e admiração. Trazia um vazo com uma orquidea nas mãos.
-Deus do céu, Clara! Que estonteante vc está!-Disse ela entrando antes de me estender o presente.
-Vc tbem está maravilhosa. -Nadia usava um bestido todo sexy verde, de alças finas num decote profundo, que salientavam-lhe os seios, as pernas expostas, e saltos muitíssimo altos, deixavam-na quase de minha altura.-E obrigado pelo presente.
-Ok, agora vamos. Estou doidinha pra fazer uma festa com vc, pelos velhos tempos!


O ambiente onde a festa aconteçia era fabuloso, todo decorado num estilo futurista, era quase uma reiw. Já haviamos jantado, em um dos mais badalados restaurantes do lugar e agora estavamos ali.
Fomos muito assediadas por amigos dos velhos tempos e muitos deles ainda se lembravam que no passado eramos namoradas. Eu me constrangia, mais ela, cada vez que alguem comentava algo a respeito, dizia que ela estava fazendo de tudo para que tudo voltasse a ser como antes.
Num dado momento fui obrigada a repreende-la:
-Nadia, por favor. Pare de dizer essas coisas. Não forçe a barra.
-Desculpe. É que todos estão olhando pra vc e eu estou com ciúmes. Quero que saibam que sou sua primeira opção.
-Não estou aqui pra escolher ninguem, não quero ninguem e vc sabe disso. Por tanto, acho melhor manerar ou vou pra casa.
-Desculpe Clarinha. Agora vamos dançar?
Só então eu percebi como fazia tempo que eu não dançava, havia até me esqueçido que gostava de dançar. Mais então o som de Ivete sangalo contagiou a todos e a mim principalmente e me deixei ser conduzida por Nadia até a pista.
Começei a dançar animadamente e muito inspirada, e no instante seguinte eu estava sendo assistida pela maioria das pessoas na pista e ao redor dela, Nadia estava hipnotizada, aplaudia e assoviava enquanto eu me divertia dançando.
Ao final da música fui aplaudida, então eu agradeçi sorrindo e quis voltar a mesa, porém fui barrada por Nadia.
-Não para não. Continue dançando, estou adorando ver a desenvoltura do seu corpo.-Notei que ela estava diferente, estava bebendo demais, ao ponto de se tornar inconviniente.
-Não quero mais dançar. Vou ao banheiro. -E me livrando de suas mãos saí rapidamente.
Começava a achar que ter saído com Nadia não havia sido uma boa idéia.
No trageto até toalete, fui abordada por um grupo de pessoas que queriam me parabenizar pela dança. Aquilo me deixou mais animada, eu agradeçi e continuamos a conversar por alguns instantes.
No entando durante a conversa meus algo me chamou a atenção próximo ao bar, mais pensei estar vendo coisas, então não dei importancia e voltei a dar atenção aos novos colegas. Descobri que eram todos gaúchos de Caxias do Sul, e falavam que estavam adimrados com tantas belezas naturais que haviam em Florianópolis.
-É verdade. E digo a vcs que já esive em vários lugares do mundo, mais jamais encontrei lugar mais belo do que esta cidade e...- Nesse momento avistei algo que fizeram com que as palavras morressem na minha garganta.
Antonia. Logo atrás do grupo de gaúchos, me olhava intensamente.



Capítulo 31: cap 4
(por tynah , adicionado em 12 de Fevereiro de 2007)

Paralizada. Foi assim que fiquei pelos minutos que se seguiram, os Gaúchos a minha frente a espera da conclusão da frase e atrás deles a razão de meu estado. Eu não estava acreditando no que meus olhos insistiam em me mostrar.
O grupo de amigos, percebendo que algo não estava normal, simultaneamente voltaram-se para trás e depararam-se com a mulher inacreditávelmente linda e impressionante. Os homens imediatamente exbossaram seus melhores sorrisos e tentavam iniciar uma conversa. E assim como era surpreendente sua presença ali, tbem foi a amabilidade com que ela os saudou e iniciou a conversa.
-Olá. Que festa ótima, vcs não concordam?-E voltando-se pra mim, falou:-Como vai srta Clara?
Não era sonho. Ela realmente estava ali. Ela falava com eles e me dirigia aquele olhar indecifrável. "O que ela estaria fazendo ali?". Eu ainda continuava parada, na mesma posição, piscando os olhos estarrecida. Até que ouvi alguem dizer:
-Estava aqui quando esta moça estava na pista dançando?-Perguntou João, o mais velho dos gaúchos.
-Vi sim. Ela é...perfeita.-Agora ela me olhava intensamente, então continuou.-Porém, não se enganem com esse jeitinho doce que ela aparenta, ela pode ser bem perigosa.
O grupo de pessoas riu animadamente, nem sequer imaginando o que estava aconteçendo ali.
Eles continuaram a conversar animadamente e Antonia os ouvia mais agora seu olhar em minha direção era ameaçador.
Sentindo-me sufocada ali, a primeira reação que tive, foi a de sair rapidamente dali, em direção a saída. Eu me desviava das pessoas a minha frente quase em desespero. "O que ela faz aqui? Quer tripudiar em mim?". Eu não queria passar por aquele inferno novamente. E não iria passar.
No compartimento de fora, haviam piscinas e varias cadeiras e mesas tudo lindamente decorado assim como la dentro em tons prateado. Muitas pessoas estavam ali tbem, eu queria ficar sozinha. Continuei caminhando apressadamente até alcançar o mirante onde dali se enchergava o mar logo a frente. Me segurei firmemente no parapeito e fechei os olhos com muita força. Eu tinha que ir embora dali.
Mais era tarde. Senti de repente sua presença a meu lado, olhando o mar.
Ficamos em silêncio. Eu não conseguia dizer nada, e ao que me pareçia, ela não queria falar. Após alguns intantes ela falou, com os olhos ainda voltados pro mar:
-Diga-me Clara. Como se sente?-A pergunta não me impressionou mais do que o tom de sua voz, era melancólico.
Como eu nada disse, ela voltou-se pra mim. Seu olhar me perturbava. Eu não a encarava, um mixto de ódio, tristeza e mágoa invadiam minha alma.
-Responda Clara. Como se sente após, brincar com uma pessoa como eu?- Seu tom era calmo, tranquilo.
Aquilo era demais. Eu agora só sentia ódio. Olhei-a no fundo dos olhos antes de dizer:
-Vá pro inferno Antonia, e fique bem longe de mim!-Eu era ríspida. quis sair dali, mais ao tentar fui empedida por suas mãos que me seguravam os braços e me faziam encará-la:
-Solte-me! Quer que eu faça um escândalo aqui? Me solte!
No mesmo instante ela me soltou, e ficou me observando. Foi a primeira vez que a olhei completamente. E ela continuava linda. Usava um macacão branco todo solto, que deixavam as costas quase toda exposta.Os cabelos soltos. Pareçia cansada, estava diferente agora. Desarmada.
Ela então me deu as costas e novamente ficou a observar o mar. E eu fiquei ali, olhando-a. Aquela pele branquinha das costas nuas. "Deus, me ajude. Faça-me deixar de amar essa mulher." Eu queria sair dali. Mais meus pés estavam presos ao chão.
Então impensadamente eu falei:
-Trouxe sua namorada contigo desta vez?-Perguntei impertinente.
Ela voltou-se para mim e com uma espressão desentendida:
-Namorada? Não entendi.-Ela então exbossou um leve sorriso antes de continuar:-Precisamos conversar Clara. Eu...
-Vc é mulher mais cínica, mais cruel e mais fria que já conheçi!-Minha voz era trêmula, eu tentava não demonstra a ela o quanto eu estava ferida. -Não tem nada o que fazer aqui Antonia. Vá embora.
Quando eu acabava a frase, senti alguem me abraçar pela cintura, por traz, e beijar meu rosto. Nadia.
-Oi minha seria, vc sumiu da festa.-Disse ela ainda abraçada em mim.
Vi Antonia nos olhar de forma curiosa e intrigada. Olhava para mim e para Nadia, agora eu reconheçia o olhar dela, desafiadora e onipotente.
Nadia pareçia alheia a tudo, apertava meu corpo cada vez mais contra o seu, aquilo estava me irritando:
-Nadia, pare com isso!-Disse me desvencilhando de seus braços.
-Nadia!?-Esclamou Antonia,agora nos encarando de forma tão perigosa que precenti o perigo.
-É o meu nome, eu sou...-Antes que esta pudesse continuar, Antonia aproximou-se dela e perguntou?
-Nadia. Vc é a Nadia? Aquela que foi namo...
-Sim sou eu mesma.-Interromeu ela animadamente.-Fomos namoradas sim, ela é minha sereia. Estamos nos...
-Nadia, por favor. Pare com isso.-Perçebi que ela estava embreagada, mais não era isso que estava me preocupando naquele momento, mais sim o olhar fulminante de Antonia. Agora ela não era mais nem sombra da Antonia gentil e paciente que havia apareçido naquela festa. Agora era realmente a Antonia que eu havia conheçido a meses atrás, que me olhava.
Eu perçebia seu macsilar enrigecer e no instante seguinte ela me pegava pelo braço, me arrastando consigo.
-O que está fazendo? Me solte!-Havia sido pega de surpresa, ela apertava meu braço de tal forma que começava a latejar.
As pessoas nos olhavam preocupadas mais nada faziam.
Ela ignorava meus protestos e continuava a me puxar consigo.
Nadia enfim havia conseguido nos alcançar próximo ao estacionamento.
-Solte-a sua idiota! Ou chamo a polícia!
Antonia ainda me segurando voltou-se para Nadia repentinamente e avançou sobre ela. Achei que fosse espanca-la, tamanha era sua cólera, mais esta encarou-a perigosamente e falou:
-Terá sua sereia de volta sua bêbada infeliz! Assim que eu e ela, acertarmos nossas contas. Agora saia!
Senti pena de Nadia, que levou um choque ao ouvir as palavras ásperas da outra. Antonia portava-se como um animal descontrolado. Ela então levou-me até seu carro e quase me atirou dentro dele. Eu não estava assustada com seu comportamento afinal, Antonia era capaz de agir daquela forma. Estava impressionada com sua mudança tão brusca de atitude.
Fiquei sentada no banco do carro, pensando que agora seria o momento de fugir dela, porém eu não saí. Fiquei ali. Ela entrou batendo a porta violentamente. E olhou para mim por alguns segundos, seu olhar era de despreso.
No momento em que ela arrancou com o carro eu senti medo.
O carro seguia em alta velocidade. Eu rapidamente coloquei o sinto de segurança.
Eu olhava suas mãos no volande e percebia que ela o apertava, suas veias saltavam. Ultrapassava os outros carros de maneiras tão bruscas que num dado momento pensei que fossemos bater.
-Antonia, pare este carro. Me deixe descer, sua louca!
Ela não me ouvia, continuava seu trageto, e eu não sabia para onde estávamos indo.
Então ela entrou por uma estreita e lateral, e freiou bruscamente. Percebi que se não estivesse com o sinto, com certeza teria atravessado o para-brisas. Antes mesmo que eu pudesse abrir a boca pra dizer algo, Antonia já havia saído do carro e agora esta em frente ao carro, caminhava de um lado a outro. Vi que estávamos próximo ao pier de uma praia, e a alguns metros dali havia um barzinho, mais ali-para meu desespero-estávamos apenas nós.
Eu continuei ali, sentada no carro, vendo-a naquele estado. O que estaria aconteçendo? Parecia estar transtornada de ciúmes. Mais como ela podia ousar ainda sentir ciúmes?
Vi quando ela recostou-se no capô do carro. Resolvi descer e acabar de uma vez com aquela palhaçada toda.
Aproximei-me e tbem me encontei ali:
-Diga. O que ainda temos pra esclareçer?-Ela voltou-se para mim ainda com muito raiva no olhar:
-Como eu pude ter me enganado tanto a seu respeito!
-Quem é vc pra falar de mim?!-Eu não podia acreditar no que ouvia.
-Sou alguem que vc nunca será!-Ela então aproximou-se de mim ameaçadoramente:-Gosta de fazer o estilo certinha enquanto te convém não é isso?
-Pare com isso ou...
-Ou o que? Eu estava errada quando te comparei a uma prostituta, na verdade vc não passa de uma vagabunda!
Neste momento eu desferi-lhe um tapa violentamente no rosto, e meu ódio só fazia aumentar. Mais assim que a agredi, imediatamente fechei os olhos esperando ela revidar.
Surpreendentemente ela nada fez. Levou a mão ao rosto e ficou em silêncio. Ajeitou os cabelos pra trás, recostando-se novamente no carro e começou a observar o mar.
Meu coração estava aos pulos, pareçiam querer saltar do peito. Não tínhamos mais nada a dizer.
Balançando a cabeça em forma de indignação eu me afastei, tirei as sandálhas e começei a caminhar pela areia, em sentido oposto ao bar. preçisava me acalmar, meu corpo todo tremia. A que ponto eu havia chegado. Jamais havia encostado o dedo em uma mulher para agredi-la, mais Antonia...ela estava me enlouquecendo.
Eu fechava os olhos e me perguntava o que ainda faltava me aconteçer. Será que ela estaria ali pra que eu suprisse suas necessidades sexuais? Ou pior, confirmar tudo e me ofereçer o cargo de amante.
Agora meus pés sentiam a agua gelada do mar, aquilo me trouxe de volta. Olhei pra trás, na esperança de que talvez Antonia houvesse ido embora, mais pra minha surpresa ela estava logo atrás de mim, trazia os sapatos nas mãos e me seguia em silêncio.
Então eu me voltei pra ela e parei. Não suportava mais aquela situação:
-Pelo amor de Deus Antonia, diga, diga o que vc quer de mim!- Eu estava perdendo o controle.
Ela se colocou bem a minha frente e me encarou antes de suspirar profundamente:
-Eu quero...alias eu saí de Portugal pra te dizer que...que preciso de vc Clara, não da pra ficar sem vc eu realmente estou...eu me apaixonei por vc!





Capítulo 32: Cap5
(por tynah , adicionado em 16 de Fevereiro de 2007)

A forma com que ela pronunciou aquela palavra-apaixonada, me assustou. Eu não podia acreditar no que acabava de ouvir. A expressão de sofrimento em seu rosto, a voz embargada. Era impressionante.
Eu fiquei por alguns instantes olhando-a, ela me olhava intensamente antes de continuar a falar:
-Clara. Não sei dizer precisamente quando isso tudo começou mais...poxa, tá difícil pra mim dizer isso tudo pra vc justo agora. Agora que descubri que vc está, alias nunca deixou de estar com essa tal de Nadia não é mesmo?-Enquanto ela falava, tentava em vão ajeitar os cabelos que dançavam com o vento forte.
Continuei sem nada a dizer, apenas a observando, estudando. Perçebi então sua impaciençia:
-Diga algo por favor. Não me deixe nesta espectativa!
Meu riso sarcástico foi inevitável antes de dizer:
-O que posso dizer?! Que vc é um exelente atriz? Que está disperdiçando seu dom comigo, pois com essa sua capacidade quase convinçente de interpretar poderá fazer sussesso nos cinemas e na tv.-Eu tentava controlar meus nervos, mais sentia que poderia explodir a qualquer momento.
-Do que está falando Clara? Acaso acha que estou...
-Me diga uma coisa Antonia; é isso o que vc sempre faz quando uma de suas conquistas descobrem quem vc realmente é?
-Clara...
-É isso o que vc diz a elas? Elas com certeza acreditam não é mesmo? Elas se jogam em seus braços e...-Nesse momento Antonia aproximou-se me segurou pelos ombros.
-Do que está falando garota! Está louca?-Eu tentava me desvençilhar mais ela era mais forte e continuava a falar me forçando a encara-la:-Ouça. Não sei o que está havendo com vc. Mais saiba que jamais me rebaxei assim por alguem!
-Me solte!-O simples contato de suas mãos em minha pele, já me causava palpitações mais fortes, eu precisava fugir dali. A vontade de chorar me sufocava a garganta e eu já não podia mais controlar o pranto.-Pelo amor de Deus pare de me torturar desse jeito, me deixe em paz!
Antonia assustada com meu choro desesperado, soltou-me aflita:
-Acalme-se Clara eu...-Ela tentava aproximar-se mais eu me afastava.
-Quer tripudiar sobre mim é isso? Matar seus desejos sexuais?-As lágrimas me embaçavam os olhos e eu mal podia falar.-Não! Vá procurar suas loiras gostosas, procure outra idiota!
-Deus, o que vc está dizendo criatura!
Eu agora chorava como uma criança, tentava controlar mais era impossível. Levei as mãos ao rosto tentando secar as lagrimas que caíam. Antonia ficou parada me olhando estarreçida. Então eu a olhei nos olhos e desabafei:
-Acho...que sei o que vc quer. Quer que eu diga o que estou sentindo, não é?-Respirei fundo e continuei:-Pois então sra Antonia, saiba que eu odeio vc! Odeio pq vc...vc me usou, me fez confiar e...e acreditar em vc, pra depois me apunhalar da pior maneira possível!
-Clara...
-Cale a boca! Agora vc ouve, depois vai desapareçer da minha vida.-Sentia minha pulsação acelerada, e minhas pernas tremiam, mais agora eu iria até o fim:-Odeio vc por me fazer acreditar que era especial pra vc, e...eu a odeio mais ainda por ter me feito amar vc de tal forma que jamais havia amado.-Eu estava me odiando por estar me sujeitando a tudo aquilo, mais talvez se ela soubesse disso, iria alimentar seu ego e assim sumiria da minha vida.-Odeio vc Antonia, por ter me reduzido a isto!
Ela me olhava de maneira estranha indeçifrável e eu já não conseguia me manter em pé. Sentei-me naquelas areias brancas e recostando a cabeça sobre os joelhos, fechei os olhos. "Acabou".
Senti mãos tocarem meus cabelos:
-Menina. O que está aconteçendo contigo?
Senti um arrepio de raiva ao perçeber que ela sentia pena de mim, de meu estado. Levantei bruscamente a cabeça e tentei impurra-la.-Vá embora! Me deixe em paz, pensa que não ficarei bem? Pois se engana. Vou esqueçer vc e com certeza encontrarei uma mulher de caráter que mereça meu amor.-Eu ainda tentava me livrar dos braços dela que tentavam me imobilizar. Me solte!
-Pare de tentar lutar contra mim menina.-Então ela segurou minhas mãos e deitou na areia trazendo pra cima de mim seu corpo esguio, e continuou:-Não pode mais lutar contra mim, não pode mais.
Nesse instante ela calou minha boca com a sua, faminta. Eu tentava me esquivar, me livrar deles, que pareçiam agora terem vontade própria, capturavam os lábios dela, até o instante em que senti sua língua invadir minha boca e suga-la com desespero. Ela ainda me segurava os pulsos e com o corpo tentava controlar meu corpo que ainda tentava livrar-se.
Os corpos brigavam unidos, eu queria livrar-me dela a todo custo, mais me odiava mais ainda por perçeber que aos poucos eu estava sedendo a ela, e meu desespero cresceu. Eu estava condenada à aquela mulher.
Lágrimas confusas molhavam meu rosto enquanto nos bejavamos de forma violenta, até que Antonia segurou meus pulsos firmemente sobre a cabeça e deixando meus lábios, continuou com o rosto bem próximo do meu e sussurrou:
-Pare de lutar Clara, jamais irá se livrar de mim. Vc é minha.
-Não! Me...-Antes que pudesse concluir a frase tive a boca novamente invadida.
Mesmo tentando libertar-me dela, o beijo durou por muito tempo até que o fôlego nos faltasse.
-Agora meu anjo, por favor pare de chorar, isso está acabando comigo.-Então ela me soltou e levantou-se estendendo-me a mão em seguida:-Venha.Vamos conversar com calma em outro lugar.
Recusei sua ajuda e me levantei sozinha, estava toda suja de areia. E me sentindo humilhada.
-Me leve pra casa.-Pedi num sussurro, vençida.


**********

O tragéto até o chalé foi silêncioso.Apenas em alguns momentos ela me olhava e perguntava se eu estava bem, ou menos nervosa. Eu apenas acentia.
Ambas perdidas em seus pensamentos. Eu tentava não pensar no quanto sentira falta dos beijos dela, do quanto meu corpo clamava por sentir o o corpo macio e cheiroso de Antonia. Mais afinal ela havia vençido, havia feito todo aquele teatro, e teria seu prêmio, eu não resistiria a ela, e na verdade com certeza ela logo iria embora. Então eu poderia viajar pra um lugar bem distânte. Para que se algum dia Antonia Candido voltasse a procura de sexo, escolhesse outra pessoa pois eu já teria fugido, pra bem longe.Sabia que só assim resistiria a ela.
Assim que antramos em casa ela foi logo sentando-se na poltrona:
-Charmoso este lugar.-E olhando pra mim continuou:-Venha menina, vamos conversar, sente-se aqui eu quero...
-Pare com isso Antonia. Venha, vamos pra cama, ou quer me possuir aqui mesmo!-Perçebi imediatamente a mudança no semblante da outra. Começei a me despir ali mesmo:-Vamos acabar com isso de uma vez, é isso o que ve quer, então...estou aqui.
Eu me despi totalmente sob o olhar quase perplexo de Antonia, mais pra minha total surpresa ela não se movia, continuava ali sentada olhando pra mim, mais não era com desejo, seu ar era de reprovação:
-O que foi? Não quer mais? Ou agora esta tendo crise de conciencia e não quer trair sua loirinha gostosa?! Ou quem sabe vc está querendo chama-la aqui pra participar!-Eu agora provocava.
Antonia levou as mãos aos cabelos com nítida expressão de impaciência:
-Está se comportando como uma louca Clara, se não me disser exatamente o que vc quer dizer quando fala...
-Pare com isso sra Antonia, quer que me rebaixe novamente? Ok. Eu estou louca pra fazer sexo com vc!-Me aproximei dela e fiquei ali a sua frente.
Ela ficou olhando meu corpo nu a sua frente e suspirou:
-Vc é mesmo linda Clara.-Então ela se levantou e passando por mim, dirigiu-se até a porta:-Mais acho que está bêbada ou algo assim. Não está dizendo nada coerente. Então vou deixa-la descansar, amanhã nos falamos.
Agora quem não estava entendendo nada era eu, mais me mantive em silêncio.
-Ficará bem aqui, sozinha?-Quis saber ela pareçendo realmente preocupada.
Eu, me vendo totalmente nua ali a sua frente praticamente me ofereçendo pra ela me senti ainda mais tola e rebaixada e a raiva novamente me possuiu:
-Vá embora de uma vez, e nunca mais volte.
-Até amanhã menina maluca. Dizendo isso ela deixou o chalé.
Fiquei ali, parada sem ação. Até que num impulso fui até a varanda e gritei, vendo-a entrando no carro:
-Vá pro inferno!
Ela simplesmente me acenou um tchau e partiu.
Entrei novamente em casa e recostando-me na porta fechei os olhos angustiada, lutando contra meus próprios sentimentos, lutando contra a sensação de rejeição e o que era pior, contra o desejo que queimava meu corpo todo.



Capítulo 33: cap 6
(por tynah , adicionado em 26 de Fevereiro de 2007)

"Me apaixonei por vc Clara". Esta frase não saía de meus pensamentos, por mais que eu tentasse pensar no quanto eu a odiava, no quanto ela havia me feito sofrer, era impossível tirá-la da cabeça.
Eu ainda estava nua deitada no sofá da sala, era madrugada e eu não tinha ídeia sobre o que faria, estava sem sono, angustiada e o corpo todo ainda emplorando pelo corpo de Antonia. Resolvi então tomar um banho e deixar imediatamente aquele chalé, antes que ela voltasse, afinal ela havia dito que voltaria.


Após um longo banho, fiz um café bem forte e tomei uma xícara bem cheia, pois agora o sono começava a tomar conta de mim, mais eu estava descidida iria pegar a estrada antes do amanheçer.
Quando entrei no carro já passava das cinco horas da manhã. Mais eu me sentia um pouco menos tensa, menos abalada com tudas as emoções pelas quais eu havia passado aquela noite. Era difícil acreditar em tudo, desde o momento em que a havia visto naquela festa até o momento da declaração dela. Não conseguia entender a razão daquele teatro todo, apenas para poder satisfazer seus desejos, afinal, ela era comprometida com outra.
Eu tentava prestar atenção ao trânsito mais por váras vezes me distraía, tamanha era a confuzão de indagações em minha cabeça. Então de repente me veio a questão e como ela havia me encontrado ali. Alice havia dito a Nadia onde eu estava, e mesmo sabendo disso colocou Antonia tbém em minha frente. "Eu mato vc Alice".


Passava das seis quando cheguei em casa, porém de súbito me ocorreu que óbviamente tanto Antonia quanto Nadia, perçebendo que eu não me encontrava mais no chalé imediatamente iriam pra minha casa, eu não queria ver nenhuma delas, e principalmente Antonia.
Nem ao menos desci do carro, fui direto pra casa de meus pais. E pra meu alívio e satisfação, assim que abri o portão fui reçepcionada com euforia por meus cães Barth e Meg. Estava tão frágil que chorei ao abraçá-los.
Mara me reçebeu com estranheza afinal; eu ali aquela hora da manha e totalmente frágil?! Percebeu logo que algo não estava nada bem. Me abraçou com muita força e me levou pro meu antigo quarto, ali eu chorei em seus braços por um longo tempo até dormir sem nada dizer.

Muito barulho de crianças brincando e conversas me tiraram de um sono agitado. Demorou pra me dar conta de onde estava e de que era domingo. Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi os labradores deitados no tapete do quarto, aquilo fez sorrir. Ambos viaram ao meu encontro e foi difícil me livrar deles e me levantar:
-Tbém senti muita falta de vcs meu amores!!-Eu dizia acariciando os dois.

Entrei na cozinha e já não havia mais barulhos encontrei apenas Mara em frente ao fogão. Sorrateiramente aproximei-me e a abraçei por tráz
-Oi mãe.
Ela continuou mechendo algo em uma chaleira e respondeu:
-Oi filhinha, estou preparando um chá pra vc. Dormiu bem?
-Sim, muito.
-Sente-se aí, vou servir seu almoço. Depois vai tomar este cha de cidreira.
Obedesci e me sentei. Estava toda desalinhada, os cabelos despenteados usava um shorts velho de quando ainda era adolescente e uma camiseta muito grande com a estampa do garfield e pantufas de gatinho.
Assim que Mara voltou-se para mim e perçebeu minha vestimenta não conteve ao riso:
-Pareçe que tem 15 anos de novo. Sabe que as vezes sinto vontade de doar estas roupas que vc deixou aqui, mais aí eu desisto. Gosto de saber que vc continua sendo o meu bebe.
-Seu bebe precisa de colinho mãe.-Falei em tom choroso. Ela riu e me trazendo um prato com uma enorme fatia de lazanha de camarão respondeu:
-Eu sei. Por isso fiz essa lazanha pra vc. Expulsei todos da casa pra podermos ficar avontade e conversar.
-Os meninos almoçaram aqui?-Perguntei já começando a saborear aquela maravilha.
-Sim. Sabe que seus irmãos não ficam um só domingo sem almoçar aqui. Mais agora foram com suas respectivas mulheres e filhos juntamente com seu pai pra praia, acho que ficaram a tarde toda lá.
-Eu dormi demais.
-Imagina querida, pela hora que vc chegou, perçebi que nem ao menos havia dormido anoite, a ainda nem são tres da tarde! Mais agora pare de dizer bobagens e coma. Teremos a tarde toda pra conversar.


***********

Foi como tirar um peso de uma tonelada de meus ombros. Contei a Mara tudo o que havia aconteçido desde a ida a Portugal até ali. Mara havia me ouvido atentamente, em alguns momentos eu perçebia que ela não entendia, mais nada dizia, me deixava falar. Estávamos sentadas na varanda próximo ao jardim, ali uma brisa gostosa nos atingia, me causando uma sensação de bem estar. Não sabia se era o chá que havia tomado após o almoço ou o desabafo, mais agora depois de falar tudo, eu me sentia mais calma.
Mara ficou em silêncio por alguns instantes olhando as arvores que dançavam com o vento. Até que voltando-se para mim falou irritada:
-Onde Alice estava com a cabeça ao dizer a Nadia onde vc estava?
-Desta vez realmente a Alice passou dos limites, não por Nadia, mais por Antonia. Ela jamais deveria ter dito a ela onde eu estava! Ainda mais...-Antes que eu pudesse concluir a frase, Mara me interrompeu:
-Eu disse a Antonia onde vc estava.
Fiquei perplexa, olhando pra ela. Então ela continuou:
-Filha, vc precisa conversar direito com aquela moça ela...
-Vc o que mãe?!-Eu não podia acreditar no que acabara de ouvir.
-Clara, ouça; Vcs devem conversar com calma. Antonia tem vindo aqui e temos conversado muito. Ela é uma boa moça e...gosta de vc!
Levei as mãos ao rosto e fechei os olhos, tentando coordenar os pensamentos e manter a calma:
-Mãe...-Respirei fundo antes de continuar-...Como pôde fazer isso comigo? Quem deu esse direito a vc? -Eu tentava controlar a voz.
-No que diz respeito a felicidade de minha filha, eu tenho todo o direito sim e agora vc vai ficar quietinha e vai me ouvir!
Fiquei estarreçida com o que veio a seguir, até mesmo presentes para os meus sobrinhos ela havia dado. Antonia havia conquistado uma aliada. Eu via minha própria mãe partir em defesa da mulher que havia acabado com minha vida.
-Não sei exatamente o que fez vc odia-la desta forma mais escute bem moçinha, Antonia ama vc de verdade. Ela não é como essa mocinhas com quem vc gosta de se envolver, esses seus amores de verão que não duram nada. Ou aquela que te fez sofrer por anos.-Ela falava sem parar, quando eu abria a boca para revidar ela continuava:
-Pensa que todas as mulheres são desleais como Nadia, ou futeis como todas as outras com as quais vc já se envolveu? Não. E sei que vc a ama de verdade e esse amor não acabou não!
-Mãe, ouça...
-Não. Ouça vc filha;-Então ela segurou meu rosto com ambas as mãos e olhando no fundo dos meus olhos, continuou:-As coisas nem sempre são o que pareçem. Ela não me disse nada sobre tudo isso que vc acabou de me contar mais, ela disse o que sente por vc e eu acredito nela. Vá falar com ela, tenho certeza que haverá uma explicação pra esse mal entendido.
-Pare com isso mãe.-Eu já não aguentava mais aquilo tudo.-O que houve? Ela andou fazendo uma lavagem cerebral em vc? Vc não ouviu nada do que eu disse? Mãe, ela tem outra, ela mentiu pra mim, me enganou! Estou sofrendo com isso infinitamente mais do que quando me separei de Nadia!-Eu sentia novamente as lagrimas inundarem meus olhos.-Amo aquela maldita mulher e a odeio por isso e me odeio mais ainda! E agora vc esta a favor dela e contra mim?!
-Filha...-Eu não esperei que ela continuasse, me levantei e ´corri pro quarto.
Abri o gurda roupas e o primeiro vestido que encontrei eu vesti. Um vestido curto até os joelhos num tom de rosa bem claro, alsinhas finas e um tecido bem leve. Dei apenas duas escovadas nos cabelos, calçei as sandálias e saí.
-Onde vai desse jeito Clarinha?- Perguntou ela ao me ver atravessar a sala a passos largos?
-Vou desmascarar aquela mulher de uma vez por todas.
Dizendo isso eu saí batendo a porta, já nem ouvindo o que Mara dizia.
Eu nunca havia dirigido tão rápido, em menos de meia hora eu já estava em Jurerê Internacional. Não tinha certeza de que ela estaria hospedada na mesma casa mais era o único lugar que eu tinha pra procura-la. Ao me anunciar na portaria, imediatamente os portões se abriram e eu reconheçi o porteiro, o mesmo que a alguns meses havia me barrado na festa daquela casa.
Desci do carro com o coração aos pulos e fui entrando na casa, logo ouvi o mordomo aproximar-se:
-Pois não srta?-Ele tbém era o mesmo mordomo, já me conheçia mais sua expressão de surpresa era nítida, devido a meu comportamento agitado, eu já estava querendo subir as escadas sem ao menos dar atenção a ele, então ele insistiu:
-Srta, se procura a sra Antonia Candido, ela não se encontra no momento apenas a...
-Maria sim eu vou falar com ela então onde ela está?
-Na pscina srta, mais não...
-Eu sei onde fica tá, obrigado.
Imediatamente eu me retirei deixando o homem falando sozinho.
Seria melhor falar com Maria antes, assim eu poderia me acalmar um pouco, talvés ela pudesse me dizer o que Antonia estaria tramando desta fez, talvés até mesmo algo relaçionado a academia. O fato é que eu tinha que resolver aquilo de uma vez pois aquelo tudo estava me enlouqueçendo. Contornei a mansão até alcançar o local onde ficava a piscina, então ao longe eu perçebi uma mulher de biqquine deitada em uma cadeira tomando sol, usando oculos escuros e cabelos soltos loiros e longos.
Recostei-me em uma porta e fechei os olhos. Era ela, era a loira do beijo, era o pivô do meu sofrimento.
Senti uma espécie de vertigem, apoiando-me na parede caminhei até a entrada que dava acesso a piscina encoberta e a academia. Imediatamente as cenas do primeiro beijo vieram a minha mente, e a primeira vez em que eu havia sentido suas mãos invadirem meu corpo, tudo dançava ao redor da minha cabeça. Senti as pernas perderem as forças, então antes que eu caísse resolvi me sentar em um dos colchonetes que estavam ali.
Tentava respirar fundo e reorganizar meus pensamentos, mais estava difícil. "Deus o que eu vim fazer aqui?" Eu estava dolorozamente arrependida de estar ali. Aquela prova fatal quem precisaria ver era Mara, pois eu já sabia de tudo, não precisaria passar por mais aquela humilhação. Antonia havia trazido consigo a mulher "oficial", e ainda assim estava em busca de mais aventuras. Como ela conseguia ser tão mal-caráter?!
Me levantei lentamente e ainda controlando o impulso de gritar e chorar desesperadamente, eu caminhei até a saída, queria desaparescer dali antes que aquela loira ou Antonia me vissem.
Porém ao avançar o terçeiro passo senti meu braço ser capturado por uma mão forte. Antonia.
-Ola moçinha fujona!- Ela então me puxou para bem perto de seu corpo e ficou a me encarar de maneira ameaçadora.
Eu a encarei da mesma forma porém eu sentia muito ódio e a queria longe de mim. Então violentamente tentei desvençilhar meus braços de suas mãos, debatendo-me agraçivamente. Ela porém não me soltou, ao contrário segurou-me com mais firmeza e me precionou contra a parede:
-Nossa, que saudade Clara!-E apossou-se de meus lábios com muito desejo e paixão mesmo sob meus protestos, minhas tentativas de desvencilhar-me de seus braços, ela me controlava agora, posicionando as pernas entre as minhas precionava o corpo no meu pareçendo querer fundir os corpos. Eu ainda tentava empurra-la, mais ela agora segurava meus punhos contra a parede perseguia minha boca que tentava livrar-se dos lábios predadores:
-Me sol...-Eu mal podia falar, ela me tomava a boca com fúria e desejo e eu a cada instante desesperada perçebia que estava cedendo, que mesmo sabendo que a outra estava logo ali ao lado, sentia meu coração bater descompassado de desejo e o corpo arder em brasas.
















Capítulo 34: cap 7
(por tynah , adicionado em 27 de Fevereiro de 2007)

Lutar contra meus próprios desejos e os desejos da outra era uma batalha injusta, eu sentia meu corpo todo enflamar de desejo e a cada momento em que Antonia conseguia capturar meus lábios e me entroduzir sua língua umida eu me sentia mais entregue a ela.
Quando eu conseguia me livrar de sua boca ela mordia e beijava meu pescoço e orelha, sussurrava meu nome e gemia, aquilo tudo me causava arrepios. Ela mantinha minhas mãos presas e precionava seu corpo no meu. Descia os lábios até meus seios mesmo sobre o fino tecido do vestido, sugava-os e mordia-os me enlouqueçendo, meus mamilos enrigeçidos emploravam por sua boca e eu a cada minuto me desesperava mais.
Até que novamente a imagem da loira misteriosa tomando sol a beira da piscina a espera de sua amada Antonia, me vieram a cabeça e junto com este pensamento, todos os outros, e principalmente a troca de carinhos e o beijos das duas.
O ódio novamente se apossou de mim no momento em que ela novamente devorava minha boca, então, eu impensadamente mordi seu lábio inferior violentamente. Imediatamente Antonia gemeu e afastou-se, levando a mão aos lábios com uma expressão de surpresa. Eu ofegava muito e ainda recostada na parede fiquei esperando sua reação.
Ela me olhava,tbém ofegante. Perçebi que sua boca sangrava, senti um mixto de arrependimento e satisfação:
-Eu te avisei pra me soltar!-Falei ainda muito abalada.
-Está louca menina?-Perguntou ela limpando o sangue da boca com a mão.
-Vc mereçia muito mais do que isto!- Eu estava muito abalada, preocupada com ela, mais não iria deixa-la perçeber isto.
Antonia agora me encarava de maneira um tanto confusa. Livrou-se da camisa branca e transparente que usava sobre uma blusa azul frente única muito justa que salientava seus lindos seios, tive que desviar o olhar para que ela não perçebesse o que aquela visão me causava. E com a camisa ela limpou melhor a boca. seu lábio inferior não parava de sangrar então eu me preocupei.
Aproximei-me lentamente dela que agora estava sentada nos colchonetes precionando o tecido da camisa no canto da boca.
-Foi culpa sua...eu...-Ela continuava de cabeça baixa, não dizia nada.Então eu continuei:-Deixe-me ver isso Antonia.
Sentei-me a seu lado e toquei seu braço, afastando sua mão do ferimento.
Ela mantinha-se em silêncio. Deixou que eu olhasse sua boca. Eu havia mordido seu lábio inferior e o corte ocorreu pa parte interna. Mais agora já não sangrava, estava apenas um pouquinho inchado. Eu tocava seu rosto pra poder ver melhor o ferimento e ela continuava em silêncio, me olhando. Aquilo me perturbava tanto! Não era mais a mesma mulher, se fosse a Antonia que eu havia conheçido, teria me agredido com certeza e me escurraçado de sua casa. Mais agora ela estava ali, quietinha, olhando pra mim de uma forma indecifrável. Tive que conter o impulso de acariciar aquele rosto lindo e beijar a boca ferida.
Ficamos ali sentadas em silêncio por algum tempo, perdidas em nossos próprios pensamentos.
O assustador era o fato de que naquele exato momento eu já cogitava a hipótese de aceitar me tornar a amante dela, voltar a ser dela novamente. A realidade era uma só: Eu queria aquela mulher pra mim novamente. Tais pensamentos me perturbavam e eu fechei os olhos tentando afasta-los de mim.
Antonia perçebendo minha reação tocou minhas mãos com uma delicadeza incomum. Eu abri os olhos e nos encaramos por alguns instantes até que ela falou:
-Sabe que é a segunda vez que vc me machuca em menos de 24 horas?! Tenho que te impor limites ou acabarei em uma delegacia de mulheres denunciando vc!-Seu tom era de brincadeira mais melancólico ao mesmo tempo.
-Antonia...-Minha voz saiu num sussurro, eu estava a ponto de me atirar em seus braços e matar aquela saudade que estava me acabando comigo, estava certa de que apartir daquele momento eu aceitaria ser a amante que ela certamente queria que eu fosse e nada mais. Te-la ao menos algumas vezes era infinitamente menos doloroso do que nunca mais sentir aquela mulher perto de mim, seus lábios, seu corpo, seu olhar sobre mim, sua presença. Agora eu me renderia a isto, estava cansada de lutar contra meus sentimentos, contra meu coração. Mas antes eu precisava esclareçer tudo, ela preçisava ser sincera comigo.
-Diga Clara, estou ouvindo.-Ela me olhava intensamente pareçia saber o quanto aqueles olhos azuis me perturbavam:
-Por que não me disse nada sobre sua...sobre aquela moça? Eu nunca te exigi nada Antonia, tudo entre nós foi aconteçendo e eu...bem, eu não sou mais uma criança. Entenderia, se vc tivesse me contado que não é uma mulher livre. Talvez eu não estivessei aceitado ir a Portugal contigo mais eu...
-Clara!-Disse ela sériamente, segurando minhas mãos e me olhando:- Vou repetir o que já te disse ha algum tempo atrás: Não há outra mulher.
Imediatamente eu me afastei e a raiva voltou novamente. Por que ela mentia pra mim?
-Antonia, pare com isso! Eu sei. Eu vi, vc beijando outra eu vi!-Eu me via perdendo o controle novamente.
-O que vc viu?- Perguntou ela ainda com aquela expressão de desentendida.
Eu a desafiei com o olhar antes de responder:
-Vi vc trocando carícias e beijando aquela loira que agora está la fora tomando banho de sol!- Eu tentava manter a voz calma mais expressão dela estava me irritando.
Então ela de repente levantou-se de onde estava e aproximou-se de mim e eu poderia jurar que agora ela se divertia com tudo o que eu acabava de dizer:
-Então vc viu eu e a Pietra...
-Eu sabia que este era o nome dela. Nunca me esqueçi do dia em que eu estava aqui com vc e ela ligou. Me recorde de como seu rosto se transformou ao saber que ela estava na linha. Mais eu estava tão apaixonada na época que preferi fingir que não havia nada.
Ela levou as mãos a cabeça e quando voltou a me encarar, falou;
-Está me dizendo que voltou daquela forma de Lisboa porque assistiu quando Pietra apareçeu no meu apartamento e...
-E vcs se acariciaram e se beijaram...sim. E o que mais deveria fazer? Implorar pra que vc a deixasse e ficasse comigo, ou fosse lá interromper o momento romântico e me humilhasse? Não mesmo. A culpa foi toda minha, por ter me deixado seduzir daquela forma e...ter me apaixonado e viajado contigo feito uma adolescente deslumbrada!
Ela chegou bem perto de mim e me lançando agora um olhar de provocação e sedução,disse:
-Ontem na praia vc falou em amor, não em paixão. Deixou de amar nessas últimas horas?
Senti o rosto enrubescer:
-Pare com isso Antonia! E me diga, por que não foi sincera comigo, por que mentiu e por que esta mentindo agora que não ha outra mulher, quando ela está logo ali e...
Ela então, antes que eu pudesse concluir a frase puxou-me pelo braço e me levou consigo para fora da academia.
Seguimos em direção a piscina, eu tentava me livrar da mão que me segurava o pulso, não queria ser mais humilhada ainda:
-Me solte Antonia! Quer fazer o que? Me apresentar a sua mulher? Perguntar se ela aceita outra mulher entre vcs? Me solte!
Ela não me ouvia, me arrastava pelo pulso até alcançarmos a beira da piscina. Na outra estremidade se encontrava Pietra ainda deitada na cadeira:
-Pietra!-Chamou ela enquanto ainda me segurava. Eu tentava me debater mais era inútil. Então no momento em que a loira le levantou Antonia me soltou:
-Pare de se comportar feito criança. Não queria saber a verdade? Então, agora vai saber.
Pietra vinha caminhando lentamente, seu andar graçioso, era muito alta, magra e linda. Os cabelos eram lisos e longos.
Quando ela chegou bem perto eu perçebi que sobrava ali, eram duas lindas mulheres altas e exuberantes. Um casal perfeito. Me senti um pano de chão.
Antonia olhou pra mim e logo em seguida para a outra:
-Então Clara, foi com esta moça que vc me viu aos beijos?-Perguntou ela.
Pela primeira vez eu olhei diretamente para a outra mulher. Pele bem branca lábios rozados. Usava óculos escuros então como se Antonia lesse meus pensamentos ela voltou-se para Pietra e pediu:
-Tire esses óculos Pietra, deixe a moça ve-la direito!
Foi então que tive um choque. A mulher ao tirar os óculos, me apresentou um par de olhos tão azuis e intensos quanto os de Antonia. E só aí eu começei a perçeber o quanto elas se pareçiam.
-Pietra, quero que conheça Clara.-E voltanto-se para mim ela continuou num tom divertido:-Clara quero que conheça Pietra, minha filha.



Capítulo 35: cap 8
(por tynah , adicionado em 1 de Março de 2007)

Ambas me olhavam. Antonia com aquele arzinho de riso e Pietra, com muita curiosidade.
Eu agora realmente me sentia um estúpida. Como não havia perçebido a semelhança antes?! Elas eram muito pareçidas, claro que eu jamais imaginaria que fossem mãe e filhas mais talvez irmãs. Eu ainda não sabia o que dizer, porém ainda estava confusa:
-Mais...eu vi. Vi vcs duas se beijando e...
-Viu eu tentando conter a angustia dessa moça inconsequente.Pensa que trato bem apenas as mulheres que levo pra cama srta Clara?- Disse ela me repreendendo.
Pietra que até então apenas assistia a tudo, falou:
-Está vendo mãe; acho que estou crescidinha o bastante para não ser tratada como um bebe!-Disse ela em tom divertido.
-Ok. Então não corra mais pro meu colo quando cometer tolices. Sempre cultivei esse habito de beijinhos e carinhos contigo porque vc sempre procurou isso.
-Tudo bem, tudo bem, desculpe mãezinha.-E dirigindon-se a mim continuou:-Ela é durona assim mais no fundo ela é a melhor mãe do mundo.
-Pare com isso Pietra, Clara já se convençeu de que sou sua mãe, agora já pode ir.
Ela agiu como se Antonia não tivesse dito nada, continuou falando comigo:
-Eu sempre vou precisar do carinho dela.Vai ter que dividir isso comigo Clara. Sei que tenho quase 27 mas mesmo assim, sou carente.
Ela era uma moça, alem de linda, muito simpática e meiga, muito diferente da personalidade da mãe. Enquanto ela falava eu ficava observando Antonia, que já demonstrava impaciência mais nada dizia. Então Antonia havia engravidado aos 15 anos? Eu não conseguia imagina-la grávida. Mais ao que tudo indicava ela pareçia ser uma ótima mãe.
Pietra continuava falando.
- Sabe que nos últimos dias quem tem procurado colinho é ela e sabe por que?
-Silencio Pietra.-Interrompeu Antonia sériamente.-Bem Clara, acho que tudo está esclarescido não? E quanto a vc, pode voltar a seu banho de sol.
-Sim eu vou mais, mãe o que houve com sua boca? está um pouquinho enchado o lábio inferior.
Meu rosto queimou naquela hora. Atnonia arqueando uma das sobrançelhas olhou diretamente pra mim:
-Pergunte a essa moça, ela dirá a vc.-Eu queria que o chão se abrisse e me engolisse naquela hora. Agora Antonia tentava controlar o riso.
-Melhor eu nem perguntar, agora vou tomar um banho de mar, espero que conversem e se acertem. Clara, foi um enorme prazer conheçe-la. Tchau mãe. Ela realmente havia se divertido com toda aquela revelação.
Antonia apenas acenou e Pietra saiu com o mesmo caminhar elegante da mãe.
Ficamos ambas ali, nos olhando, ela ainda mantinha o sorrriso no rosto, e eu ainda minha cara de desconcertada.

Entramos na casa e fomos pra sacada. Antonia pediu para que nos fosse servido suco e ficamos ali sentadas, nos alhando, sem nada dizer. Até que eu resolvi dizer algo:
-Por que escondeu isso de mim?-Perguntei ainda confusa.
-Clara, eu sempre mantive minha vida pessoal em família, longe de mídia, imprensa ou do meu meio profissional ou digamos, aventureiro.-Ela escolhia bem as palavras.-Não gosto que invadam minha vida pessoal, não gosto de falar sobre ela com estranhos, enfim, eu sempre fui assim. Fui criada assim, meu pai sempre foi muito reservado, discreto. Acho que me espelhei nele.
-Por que então me levou pra Lisboa, já que não gosta de misturar as coisas?- Perguntei um pouco entristescida.
-Não sei. Ou melhor, não sabia. Naquele momento eu não pensei em mais nada, eu queria que vc fosse comigo. Sabia que provavelmente eu teria problemas, mais...não queria deixa-la aqui. Eu a queria comigo.
-Mais poderíamos ter evitado tanta coisa e...
-Eu sei disso Clara. Agora eu sei, porque só agora sei os motivos que encorajaram a agir daquela maneira, deixando Lisboa e voltando pra cá sem dizer nada.- Então ela levantou-se de onde estava e veio sentar-se a meu lado. Tocando meu rosto com uma das mãos ela falou:- Eu imaginei tanta coisa. Pensei que naquele dia vc houvesse ligado pra Alice e ela pudesse ter te dito algo sobre alguem e vc não pensou duas vezes e resolveu partir. Afinal, é jovem e aventureira. Demorei pra me dar conta de que vc havia sumido, pois Pietra estava inconsolável, chorava muito. Levou muito tempo pra eu convençe-la tomar um calmante e se deitar. Então quando enfim pude voltar ao quarto, fiquei estarescida quando não te vi. Não sei se foi o momento de sensiblidade em que eu estava afinal, eu tinha uma filha sofrendo no quarto ao lado!
Então eu liguei pra Maria e pedi para que te procurasse, e voltei pro quarto de Pietra. Acabei tomando dois calmantes e me deitei a seu lado, imaginando o qua Alice poderia ter dito a vc que a fizesse deixar o apartamento daquela forma. Por um minuto a idéia de que talvés vc pudesse ter nos visto na sala, me ocorreu mais achei tão absurda, devido a idade de Pietra que logo esqueçi.
-Pietra tem 26 anos.-Disse eu tentando justificar.
-Isso mesmo. É uma criança. Acha que eu ficaria com uma garota da idade de minha filha?
-Vc achava que eu tivesse menos de 35, lembra?- Provoquei.
Ela suspirou profundamente e um leve sorriso surgiu em seu rosto:
-É mesmo. Vc pareçe ter a idade da minha filha! Deus, como fui me permitir cair nas teias dessa moça!?-Ambas rimos, então ela coninuou:-Tudo com vc foi diferente. Desde o momento em que a vi. Muito jovem, muito temperamental, muito independente. Exatamente tudo o que eu sempre evitei em minhas "aventuras".
-Então por que continuou comigo?
-Não sei. Vc me infeitiçou. Mais o engraçado é que eu sempre pensei que tudo estivesse sob controle. Que assim que nossa relaçao se tornasse uma rotina eu logo perderia o interesse por vc, e tudo voltaria ao normal. Mais aqueles dias em Lisboa foram tão especiais, e eu perçebia que a cada dia que passava, mais eu me envolvia, mais eu queria estar perto de vc. Nem mesmo o trabalho que era algo que me realizava, já não era mais importante. O mais importante era o momento em que eu voltava pro hotel e encontrava vc, tão linda!
Eu sentia meu coração disparar a cada palavra, mais me mantinha em silêncio. Queria que ela falasse, que esclaressesse tudo:
-Bem, continuando. No dia em que os seguranças a barraram em minha empresa, eu estava na companhia de Pietra, lembra?
-Sim, eu a vi de relançe, tbém não entendi a presença dela lá.
-Eu estava tentando envolve-la nos negócios da família, queria que não pensasse muito nos problemas que andava tendo com o noivo que ela amava. Ela desconfiava que ele pudesse ter uma amante. E com isso, ela andava muito perturbada, agreçiva.
No dia em que nos viu "trocando carinhos e beijos", ela havia realmente descoberto tudo, seu noivo ha estava traindo com sua melhor amiga.
-Coitada!
-É. Poi bem. Devido a este estado em que Pietra se encontrava naqueles dias, eu me sentia mais ensegura ainda em relação a apresentar vcs.
Mas, naquele dia na empresa, eu pude perçeber o quanto eu me importo com vc, o quanto ver aquela cena havia me abalado. Ver vc naquele estado, chorando, sofrendo. Ali eu descobri que realmente estava perdida.-Ela parou de falar e por alguns instantes ficou me olhando, para logo em seguida continuar seus esclarescimentos:-Eu descidi que vc iria fazer parte integral de minha vida, e para isso eu deveria abrir o jogo. Então a levei pro meu apartamento. Onde nos fins de semana, quando eu não vou pra nossa casa no litoral, onde minha avó e Pietra residem, elas é que vem e ficam comigo. Meu reduto. Jamais, mulher alguma foi parar ali, minha filha e minha avó nunca souberam de minhas namoradas. Claro que sabiam que eu tinha uma vida particular, mais não perguntavam nada até por que eu não dava esta abertura.
-Por isso sua governanta ficou tão chocada olhando pra mim?
-Sim. Ela trabalha comigo a mais de dez anos naquele apartamento e aquela foi a primeira vez que me viu com uma namorada.
Eu sentia uma sensação de bem estar, de alegria, crescendo dentro de mim.
-Naquele dia eu iria te falar de Pietra. Lembra das fotos sobre o piano?
-Sim mais...-Eu mesma parei de falar no momento em que me lembrava das fotos.-O bebe nas fotos não eram vc?
-Não. Se vc fosse uma pessoa um pouco mais observadora teria perçebido que aquele bebe era moderninho demais para ser eu, não acha?
-Por que não me disse?
-Perdi a coragem. Enquanto vc olhava as fotos eu só ficava esperando o momento em que vc me perguntasse quem era o bebe. Mas como vc não disse nada eu logo perçebi que pensou que fosse eu.
-Claro, vcs tem os mesmos olhos, o mesmo rosto. Mais podeia ter me dito Antonia, poxa eu sofri tanto e...
-Agora sei disso Clara, se eu pudesse ter previsto as consequancias dessa omissão! Eu não gosto de falar de mim, de minha história de adolescente, e pra falar de Pietra preciso voltar no tempo, mas me recordar da época em que engravidei... foram tempos muito difíceis sabe e...-Ela então parou de falar e eu perçebi que ela sofria com tais lembranças.
Toquei seu rosto com ambas as mãos e a beijei delicadamente:
-Agora não. Chega minha querida.
Antonia me abraçou fortemente e por um longo tempo ficamos assim, apenas sentindo as batidas descompassadas dos corações.
Depois nos beijamos novamente, agora com mais intensidade, então os corpos começaram a arder de desejo e os carinhos a se tornarem mais intensos. Antonia acariciava meu corpo sem pudor algum, invadindo meu vestido e invadindo meu sexo latejante de desejo. Ela sussurrava em meu ouvido:
-Ai Clara, quanta saudade eu senti de vc, do seu corpo, do seu gosto.- Então ela se ajoelhou a minha frente. Eu perçebendo de imediato o que ela tensionava fazer, segurei seu rosto assustada:
-Não Antonia, alguem pode nos ver aqui. Sua filha pode apareçer e...-Ela levantou-se rapidamente e me pegando pela mão levou-me em dirção ao seu quarto. Estávamos com o desejo a flor da pele e eu mal podia acreditar que meu corpo seria novamente dela, eu teria novamente aquela mulher em meus braços.



Capítulo 36: cap 9
(por tynah , adicionado em 2 de Março de 2007)

Houve apenas tempo para fechar a porta do quarto, e logo fui atacada por uma mulher sedenta.
Antonia me encostou na parede e ali me sufocou com seus beijos apaixonados, suas carícias enlouqueçedoras. Senti no minuto seguinte o ranger de um tecido se rasgando, era meu vestido que agora ia para o chão. Eu delirava de paixão, tinha tbem muita ansiedade em sentir os corpos se tocarem, sem barreiras. Ajudei Antonia a livrar-se de suas roupas e me deliciei ao ver novamente aquele corpo nu deslumbrante:
-Antonia, como senti sua falta. Não sabe o quanto eu a amo!-A frase saiu embargada de emoção. Então Antonia imediatamente segurou meu rosto entre as mãos e aproximou seu rosto do meu.
-Diga novamente, Clara.- Pediu ela com visível emoção.-Diga meu anjo.
-Eu te amo Antonia, te amo...-Fui interrompida pelos beijos que vieram a seguir. Tomou meu corpo em seus braços, fazendo-me enlaçar minhas pernas em sua cintura, enquanto ainda nos beijavamos. Ela apertava minha cintura e assim me levou até a cama. Deitou-me com delicadeza e veio por cima de meu corpo. Agora estavamos nuas, loucas de paixão. Ela ficou por alguns instantes me olhando, observava cada centímetro do meu corpo, para em seguida iniciar uma tortura com sua lingua percorrendo meu pé, mordendo meus dedos e seguindo uma trilha por minhas pernas. Eu me contorçia de desejo e tezão. senti sua lingua alcançar minha virilha e ali ela lambia e beijava, me levando a loucura. Involuntáriamente segurei seus cabelos e a guiei até meu sexo que ja emplorava por sua boca quente. Ela, por sua vez segurou minhas mãos e veio por cima de mim e me encarou, dizendo num sussurro:
-Ainda não minha querida, quero enlouqueçer vc primeiro.-Então senti seus dedos tocarem meu clitóris numa carícia alucinante.
Meu corpo todo reagiu e se arqueou de encontro ao dela:
-Por favor...está me enlouqueçendo deste jeito.-Eu gemia, era quase insuportável aquela sensação da eminência do gozo.
-Isso, assim guerida.-Enquanto ela falava, ia percorrendo meu corpo com a lingua novamente até chegar a meu sexo, então descansou minhas pernas sobre seus ombros e sua boca apoderou-se do orgão pulsante e úmido de desejo:
-Ai,ai como eu adoro quando vc faz isso...ai...-Eu estava transtornada, Antonia fazia movimentos circulares com a lingua em meu sexo, estimulava o clitóris mordendo-o e sugando-o com ansiedade. Até que senti um impulso violento e movi os quadris contra aquela boca devoradora no momento em que senti meu corpo explodir num gozo incontrolável.

************

Já era noite quando nossos corpos vençidos pelo cansaço, se desgrudaram e descansaram sobre os lensões.
Olhei pro lado e vi minha mulher amada dormir, seu sono era tranquilo. Eu admirava seu rosto lindo, seu corpo com algumas gotas de suor, eu ainda transpirava muito estava cansada, mais queria ficar olhando pra ela. Queria eternizar aquele momento. Ainda não podia acreditar em tudo o que havia aconteçido, em tudo o que Antonia havia dito. "Ela me quer mesmo, quer que eu seja dela!".
Toquei suas costas com delicadeza, ela continuou imóvel, então eu desci a mão delicadamente até seu bumbum, e o desejo voltou. Eu queria ama-la novamente. Sentei-me na cama e me aproximei mais dela e depositei um beijo molhado em sua nadega branquinha, nesse momento ela se moveu, mais continuou na mesma posição. Começei a passear a lingua pela pele delicada e desci por suas pernas e ela nada fazia. Eu não conseguia parar, sabia que ela estava cansada mais eu queria mais. Percorri suas costas, pescoço e mordi sua nuca com muita delicadeza. Ela gemeu alto antes de dizer:
-O que esta fazendo menina levada?!-Mantinha-se de olhos fechados.
-Pode ficar quietinha sra Antonia, deixa que eu faço tudo, pode deixar.-Continuei a provoca-la com meus beijinhos, desci por suas costas novamente e lentamente minha mão escorregou para o interior de suas pernas. Gemi ao sentir o quanto Antonia estava exitada. Abri levemente suas pernas continuei com as carícias, desta vez fui mais ousada, invadindo seu corpo, eu estava delirando com aquilo tudo.
-Antonia, como vc é linda! Vire-se por favor, quero sentir mais...quero vc!
Ela imediatamente virou-se e vi aquele rosto lindo, aqueles cabelos em desalinho, era uma visão maravilhosa.
-O que quer faze menina? Eu...-Antes que ela pudesse concluir sua frase eu me posicionei entre suas pernas, afastando-as com ansiedade e capturei seu sexo e o suguei com tanto desejo e paixão que temi te-la machucado. Mais ela gemia, segurava meus cabelos e me apertava contra si:
-Isso querida, isso continue...não pare que quero inundar sua boquinha linda.
Quanto mais ela falava mais exitada eu ficava e mais eu a sugava, beijava, mordia. E no momento em que eu perçebi que ela estava proxima do gozo, levei uma de minhas mãos a meu proprio sexo e o acariçiei com a mesma intesidade com a qual penetrava Antonia com minha lingua, e neste momento senti seu mel invadir minha boca e no mesmo instante eu gozava tbem.


****************

Eu nunca havia feito amor por tantas horas seguidas, e tudo foi maravilhoso, era madrugada quando me dei conta de que estava com muita fome. Abri os olhos e me deparei com os olhos de Antonia sobre mim. Estendi os braços e envolvi seu pescoço antes de beija-la:
-Será que agora eu posso descer e preparar algo pra comermos? Ou que mais?-Perguntou ela com um sorriso preguiçoso.
-Bem...acho que vou te dar uma trégua...pq tbem estou morrendo de fome! Vc acabou comigo Antonia.
Ela se levantou da cama rindo de meu comentário, e enquanto vestia um roupão, ela falava:
-Olha, eu sempre me considerei uma mulher insassiável, mais vc...vc menina me vençeu!
-Vc me deixa assim...Louca de vontade.- Eu tbem me levantei e me aproximei dela, ela me abraçou carinhosamente, eu sentia que agora ela era uma Antonia sem barreiras, sem a redoma de vidro.
-Vou preparar um lanche pra nós, espere aí e descanse, que volto logo.
-Não mesmo, vou com vc. Eu vou preparar um lanchinho pra minha amada deusa.
-Ok. Então vista um roupão.
Então fomos de mãos dadas para a cozinha como um verdaderio casal feliz.

Continua...



Capítulo 37: cap10
(por tynah , adicionado em 8 de Março de 2007)

Tudo pareçia parte de um conto de fadas. A noite era linda, a lua cheia inibia as estrelas, vinha imponente e hipnotizante. Eu já havia preparado nosso lanche, sanduíches de peru e suco de laranja. E agora estávamos saboreando sob o lindo luar, sentadas a beira da piscina:
-Só mesmo vc pra me fazer comer sanduíche as 3 horas da manhã, aqui.-Disse Antonia recostando-se na cadeira.
-Não está bom o lanche?-Perguntei com visível expressão de frustração, ao que Antonia rapidamente respondeu:
-Imagine, Clara. Está ótimo, disse isto por ser algo que desde minha adolescencia não faço mais.
-A tá. Viu como a lua está linda!?
-É está compactuando com nosso momento e pareçe estar satisfeita.-Comentou ela esbossando um leve sorriso.- Agora venha aqui mocinha, sente-se do meu lado.-Convidou ela me indicando um lugarzinho a seu lado na cadeira. Prontamente eu a obedeçi e me senti juntinho dela. Nos beijamos com uma delicadeza atípica. Antonia acariciava meu rosto, meus cabelos.
Realmente, tudo pareçia um conto de fadas.
Ficamos em silencio por alguns momentos, então eu resolvi perguntar:
-Me diga uma coisa Antonia; por que vc mandou que a Maria me tiresse do hotel naquele dia em Lisboa?-Aquilo ainda não havia sido esclarecido.
-É, eu sabia que vc iria me perguntar sobre isto, então vamos lá. Pietra andava me persiguindo, queria encobrir o que estava aconteçendo a ela, me expondo, queria me agredir, foi ela quem te ligou no hotel uma vez me procurando, lembra-se?
-Sim mais...
- Na verdade ela queria me encomodar sabe.
-Como assim, não entendi.
-Como eu já havia lhe dito antes;minha filha vinha tendo problemas com o noivo, um músico idiota de 28 anos. Pois bem, eu andava desconfiada de que ele a estava traindo. Na verdade eu não gostava dele desde o início e ele sabia disso. E claro, Pietra tbém sabia, mais no início eu apenas não gostava dele.Então com o tempo eu fui perçebendo que ele realmente não a respeitava, pois olhava descaradamente para outras mulheres, nas festas onde íamos. Começei então a tentar abrir os olhos dela, mais fui repreendida, julgada e até mesmo insultada por ela. Pietra pareçe ser um doce de pessoa, mais não se engane, ela é tão ou pior do que eu quando esta irritada.
-Credo. Pior do que vc, eu acho impossível!-Brinquei. Ela então me lançou um daqueles seus olhares ameaçadores antes de dizer:
-Garota, não me provoque.-Então me surpreendeu com um de seus beijos avassaladores antes de continuar a história:
-Descidi então que iria provar a ela o que estava dizendo, então coloquei um detetive atraz de Tômas, este é o nome do canalha.
-Não acredito que fez isto!-Fiquei surpresa com aquilo.
-Fiz sim. E farei novamente se o próximo namorado dela tiver o mesmo comportamento.-Ela estava séria, realmente não estava brincando:-Queria provar a mim e principalmente a ela o quão canalha ele era, e acertei. Então eu obtive fotos e até mesmo videos dele com outras mulheres, eram várias.A maioria fãs dele. No dia em que pedi a Maria que a tirasse do hotel, Pietra havia descoberto que eu havia pago um detetive pra seguir os passos de Tômas. Ela estava louca então eu temi que para se vingar de mim, por eu "tê-la feito sofrer" ela fosse ao hotel, pq ela sabia que havia uma mulher hospedada lá como minha convidada. E sabia que era minha...digamos, namorada, ela tbém andava metendo-se na minha vida justamente por eu estar metendo-me na dela
-Foi por isso que não foi me ver na casa da Maria naquele dia?
-Sim, Pietra estava descontrolada. Brigamos muito, ela não acreditada nas fotos, me recriminava, enfim, me dizia horrores, eu tive que ouvi-la sentia pena dela, pois apesar de todo seu descontrole eu sabia que ela estava sofrendo. Depois de nossa briga ela enfim dormiu abraçada em mim, eu estava muito nervosa, arrependida por tudo o que havia feito.
-Mais quando eu estive em seu escritório no outro dia, ela estava lá.
-Sim, após a longa noite de sono nós conversamos, e eu resolvi leva-la ao escritório, envolve-la no trabalho. Ela é formada em direito mais na verdade nunca exerçeu a profissão. Eu queria que ela se ocupasse um pouco antes de procurar o noivo e esclarescer tudo pois, como eu te disse, minha filha pode ser uma bomba relógio. Mais aí aconteçeu tudo aquilo contigo e...bem, Pietra se assustou com minha reação em relação a vc e...Enquanto vc ficou na minha sala tomando um chá, eu ouvia Pietra me pedir para que cuidasse de mim e de vc,pois ela estava bem e já estava crescidinha o suficiente para resolver seus problemas. Então foi o que eu fiz.-Ela suspirou e eu aproveitei a pausa da história para beija-la:
-Continue, esá interessante.-Disse eu após o beijo.
-Então, Pietra resolveu que no outro dia iria até a casa do ordinário, levaria as fotos e poria fim ao noivado. Mais quando ela chegou na casa dele, foi surpreendida com uma cena de sexo entre ele e a melhor amiga de Pietra. Amiga de infãncia, sabe. O surpreendente foi a reação dela, apenas chegou bem pertinho da cama, jogou as fotos sobre o casal juntamente com o anel de noivado e saiu, deixando ambos desesperados em tentar explicar a ela o inexplicável. Coidada da minha filha.-Por um momento ela ficou pensativa, mais logo em seguida continuou:-Foi aí que ela foi direto pro meu apartamento totalmente abalada e frágil. Me pedindo colo.
-E eu pensando que fosse sua...
-Vc acreditou no que viu. Apesar de eu achar um exagero pensar que Pietra possa se passar por minha namorada, eu acho que pensaria a mesma coisa, afinal, senti siúmes de sua mãe quando a conheçi lembra-se?
Eu ri ao me recordar.
-Claro que me lembro. Mais me diga, como Pietra está reagindo a tudo o que aconteçeu?
-Por incrível que pareça, ela está muito bem. Os primeiros dias foram difíceis, e ela precisou muito de mim e de sua avó, só por isso eu não vim no mesmo dia pra cá pega-la pelos cabelos!
-Fico feliz em saber que sua filha está bem e pode contar contigo.
-Sempre fui considerada uma mulher de gelo Clara, mais nunca com minha filha. Tenho um jeito diferente de demonstrar, ou melhor, tenho dificuldades em demonstrar mais...Pietra é tudo o que eu tenho.
-Como vc consegue Antonia?- Perguntei olhando-a nos olhos intensamente.
-Como consigo o que?
-Como consegue me fazer ama-la mais e mais a cada dia.
Ela então abraçou-me de forma que nos desequilibramos e caímos sentadas no piso branco gelado. Rimos muito antes de nos envolvermos uma nos braços da outra unindo nossos lábios úmidos.
Antes que o desejo tomasse conta de nossos corpos, nos levantamos e voltamos ao nosso ninho de amor.


*****************


Voses ao longe me despertaram lentamente e eu não sabia ao certo se ainda estava sonhando. Ouvia a voz de Antonia. Abri os olhos e a vi ao telefone, sentada a meu lado na cama. Ao me ver de olhos abertos eu a ouvi dizer:
-...espere. Ela acabou de acordar...sim exatamente, com aquela carinha de criança levada.-Eu estranhei a conversa e fiquei olhando pra ela. Ela então tocou meu rosto com uma das mãos enquanto continuava sua conversa ao telefone:-Bem, vou deixa-la falar contigo, ou logo ela pensará que estou tendo um caso contigo...vc a conheçe não é! Ok...um abraço.- Então ela me estendeu o aparelho. Eu o peguei automaticamente ainda não havia acordado direito:
-Alô.-Fiquei surpresa ao ouvir a voz do outro lado.
-Enfim acordou sua dorminhoca! Filha vc quer me matar do coração? Saiu daqui daquele jeito ontem atarde e não me deu mais notícias!
-Mãe eu...-
-Minha sorte é que vc tem uma pessoa muito especial do seu lado. Ela me ligou pra avisar onde vc estava. Mais da próxima vez vê se não se esqueça de sua mãe viu!
-Calma mãe.-Agora eu já estava bem acordada, e pude ver a expressão de divertimento no rosto de Antonia em pé olhando pra mim.
Eu a repreendi com o olhar, mais ela não se importava continuou a se divertir com meu constrangimento, por estar sendo repreendida:
-Mãe, eu...me desculpe tá, eu sei que errei. Agora deixe pra brigar comigo quando eu chegar em casa ok!
-Ok. Mais agora que vcs já se acertaram, não se esqueça de trazer Antonia pra jantar aqui hoje.
-Mas...
-Bjos filha, a mãe te ama.
Então eu ouvi um click. Ela ja havia deslidado o telefone.
Fiquei com o aparelho na mão, com cara de boba. Antonia se retirou rapidamente pra o banheiro, não contendo o riso.
Eu saltei da cama:
-Não fuja sua...-Corri atras dela.-Eu vou pegar vc Antonia.
Quando a alcançei no banheiro ela tentou assumir novamente sua postura de mulher séria;
-Pare com isso Clara. Me desculpe mais...foi divertido ver sua expressão enquanto sua mãe falava.-Ela tentava conter o riso.
-Poupe-me de seus discursos dona Antonia, agora é tarde. Vou pegar vc.- Me adiantei em sua direção e a vi correr de mim;
-Pare menina. Não somos crianças e...
-Vou fazer cócegas em vc. Gosta de rir de mim? Então vai rir.
Começou ali uma gostosa brincadeira de caça e caçador. Antonia tentava não rir, ou, não fugir de mim, mais acabou correndo. Pareçiamos duas crianças. Então eu enfim a alcançei, caimos as duas obre o carpete. As cócegas tornaram-se carícias e novamente fizemos amor.



Capítulo 38: cap 11
(por tynah , adicionado em 13 de Março de 2007)

Apesar de ser segunda feira, era como se fosse fim de semana. Antonia e eu passamos o dia todo juntas, namorando e jogando baralho com Pietra. Eu, aos poucos ia conheçendo a vida de minha mulher amada.
No final daquela tarde eu soube como ela havia se tornado mãe tão jovem.
Disse ela que sua familia era tradicional em Portugal, e ainda eram adeptos do casamento arranjado. Então, aos trese anos Antonia descobriu que assim que completasse 18 anos se casaria com um conceituado rapaz de uma família tão rica e tradicional quanto a dela. Miguel Queirós era o nome de seu prometido, na época, com 25 anos. Antonia mesmo respeitando muito os pais, revoltou-se com tudo aquilo e fugiu de casa, era apaixonada por uma colega de classe, mais era um amor impossível, pois ela mesma pensava que gostar daquela forma de uma menina era errado, era pecado. Mais jamais se casaria com uma pessoa que ela nem ao menos conheçia.
Ela se aventurou por uma semana, vagando pelas cidades de Portugal, escondendo-se sorrateiramente dentro dos vagões de trens de carga. Quando os pais a encontraram, revoltados, decidiram casa-la imediatamente. Na época a única pessoa que se opos a tal cituação havia sido Augusta, sua avó. Mais mesmo assim ela se casou contra sua vontade com Miguel, e foram os piores anos de sua vida, pois alem de tudo Miguel mostrara-se um fantoche de seus pais e dos pais de Antonia. Ela então engravidou aos 15 anos e Pietra passou a ser sua razão de viver.
No entanto, aos 18 anos o destino foi ainda mais cruel com ela, quando durante uma viagem que toda a família fazia para Inglaterra, iam a um casamento de um dos primos de Antonia. O jatinho onde estavam caiu e desta tragédia apenas Antonia, Pietra e o piloto sobreviveram. Seus pais e seu marido morreram na hora. Pietra saiu ilesa e Antonia ficou em coma por alguns meses. Apartir daí sua Avó passou a ser sua mãe e seu pai. Logo que se recuperou Antonia resolveu que tomaria conta dos bens e dos negócios da família. E foi pra faculdade. Assim nasceu a impresária fria. Ela mesma admitia ter muito dos pais, mais o que mais ha havia tornado aquela rocha, era o fato de ser uma mulher, jovem na época e ter de assumir tantas responsabilidades e mais que isto, ter o respeito dos homens.
Antonia contou toda a história na presença de Pietra, que em muitos momentos, deixava correr algumas lágrimas dos olhos, emoçionando-se com os momentos ruins pelos quais a mãe havia passado. Até mesmo Antonia estava emocionada ao final, mais nem uma lagrima ela deixou rolar, sorriu quele sorriso triste e preparou um drinque.


Anoite jantamos na casa de minha mãe e Pietra nos acompanhou, muito animada. Perçebi que ela assim como Antonia foi aprovada por todos, e logo eu me senti excluída pois todos as bajulavam o tempo todo. Mais eu estava feliz. Antonia era a mulher pela qual eu havia esperado minha vida inteira.
Mara havia nos convidado para dormirmos em sua casa, mais eu queria ir pra minha casa. Então Antonia me levou pra casa, e iria levar Pietra pra sua casa. Mais prometera voltar e iria passar a noite comigo:
-Me espere querida, prometo que não demoro.-Disse ela na varanda de casa. Pietra esperava no carro.
-Não demore, vou abrir um vinho pra nós e...estarei usando algo que vc vai gostar.-Provoquei enlaçando-a pelo pescoço.
-Hum, pode deixar menina, prometo que não demoro. Então nos beijamos e ela saiu.

************
Fazia mais de uma hora que Antonia havia saído. Eu havia tomado banho, e usava uma langerie bordô muito sensual. Mais queria surpreende-la então colequei um hobbi por cima.
Estava tão feliz que assustava, era quase impossível acreditar que estavamos vivendo aquilo tudo. Enquanto eu abria o vinho e me servia de uma taça eu ia me recordando desde o primeiro momento em que haviamos nos visto. O primerio beijo, a primeira transa...meu coraçao batia mais forte, só em pensar em tudo.
Eu bebericava o gostoso vinho tinto, quando ouvi batidas leves na porta.Eu sorri, "Como ela era formal quando queria".
Levantei-me preguiçosamente e abri a porta ja dizendo:
-Senti saudades de...-A frase foi interrompida no momento em que me deparei com Nadia em minha porta com um buque de rosas vermelhas nas mãos.

Por alguns segundos eu fiquei olhando pra ela, sem saber o que dizer. Ela então falou:
-Oi sereia desapareçida, enfim encontrei vc.
Ela nem ao menos esperou que eu a convidasse, simplesmente passou por mim e entrou. Quando dei por mim ela já estava parada no meio da sala, me estendendo a lindas flores:
-São pra vc.
Fechei a porta e lentamente me aproximei. peguei o presente automáticamente.
-O...obrigado.-Fiquei tensa, angustiada. Medo de pensar no que Antonia faria se a visse ali.-Nadia, eu acho que é melhor vc ir embora eu...me desculpe mais...
-Poxa Clarinha, vim aqui te pedir desculpas pelo porre que eu tomei naquele dia, por ter te constrangido e...
-Tudo bem Nadia, mais... olha acho que não temos muito o que conversar então eu acho melhor vc ir.
-A mulher que arrastou vc naquele dia era a tal pela qual vc se apaixonou não é?-Perguntou ela, aparentemente tensa.
-Sim. É ela mesmo. Nos entendemos e agora estamos bem.
-E por estarem bem, agora vc me quer ver pelas costas?-Disse ela auterando um pouco o tom de voz.
-Olha Nadia, não é isto ok. Eu apenas quero evitar um encontro constrangedor entre vcs.
-Ela esta aqui é isto? Onde? No quarto? Nua sobre sua cama?-Agora Nadia era agreçiva com as palavras.
-Não é da sua conta Nadia! Vá embora, por favor.
-Não vou não. Quem essa mulherzinha pensa que é? Ela não vai tirá-la de mim, não vai!-Notei pela agrecividade da outra, que ela não estava em seu estado normal, pareçia drogada, ou bebada. Começei a me assustar.
Ela rapidamente se dirigiu ao quarto, e eu a segui:
- O que está fazendo sua doida!? Não tem ninguem aí. Vá embora por favor!
-Sei que ela esta aqui, deve ter se escondido de mim. Apareça sua vadia! -Ela gritava enquanto abria as portas dos armarios do quarto.
Eu não podia acreditar no que via, Nadia, quando adolescente, usava alguns tipos de drogas, eu não me importava afinal, eramos jovens, mais seu comportamento era totalmente areçivo quando ela se intorpecia. Eu estava chocada com o fato de saber que ela não havia amadureçido em nada. Estava com 35 anos e continuava com a cabeça de 16.
-Nadia eu...
-Ontem eu estive aqui procurando por vc e...fiquei sentada na sua varanda a tarde toda, e boa parte da noite tbem. E agora que eu a encontro vc me reçebe assim, com quatro pedras na mão?
Enquanto ela falava, ia avançando pra cima de mim. Eu ia recuando lentamente, imaginando o que ela seria capáz de fazer, tentei acalma-la:
-Calma Nadia. Venha, sente-se aqui no sofá, vamos conversar.
-Não quero conversar Clara, quero ficar contigo, estou com saudades, deixe-me tocar vc, tenho certeza que irá tirar aquela mulher da cabeça.
Ela agora estava a apenas um passo de mim, eu perçebia que ela estava angustiada e irritada ao mesmo tempo:
-Nadia...-Não pude concluir a frase ao perçeber que Nadia num movimento brusco abriu meu hobbi, expondo meu corpo sob a langerie.
Imediatamente eu me afastei, e ela veio em minha direção. Quando ela conseguiu me alcançãr eu a exbofetiei violentamente infureçendo-a ainda mais.
-Vc é minha Clara, e vou te provar isso!-Ela conseguiu me agarrar pelos cabelos e eu caí no chão da sala.
Imediatamente eu senti seu corpo sobre o meu, eu estava de barriga para baixo, o que dificultava mais ainda pra livrar-me daquela maluca. Nadia precionava seu corpo sobre minhas costas e mantinha meus braços presos:
-Está ainda mais linda do que antes minha sereia.-Como eu podia ter sido apaixonada por uma mulherzinha como aquela, apesar de Nadia ser uma mulher linda, naquele momento eu sentia nojo dela, repulsa.
-Me solte, me solte vc esta me machucando!-Ela precionava meus braços pra traz e eu sentia a dor cada vez mais forte. Entao ela se debruçou totalmente sobre mim e começou a morder minha nuca e meu pescoço, mordia com força, queria realmente me machucar. O pior de tudo é que ela pareçia se divertir, ria de tudo aquilo.
-Vamos voltar aos velhos tempos minha querida!
Agora a dor era lancinante, quanto mais eu tentava me desvincilhar dela mais ela me machucava:
-Me solte...socorro!
No instante seguinte eu ouvi um estrondo e imediatamente o peso saiu de cima de mim. Virei-me rapidamente e vi Nadia sendo violentamente atirada contra um outro canto da sala.



Capítulo 39: cap 12
(por tynah , adicionado em 14 de Março de 2007)

Pareçia cena de filme. Antonia imediatamente desferia vários tapas na façe de Nadia. Esta não tinha tempo de reagir, mal conseguia desviar-se das envestidas da outra. Antonia estava enfureçida.
Aquando enfim eu consegui me colocar em pé, vi que Nadia estava em apuros, Antonia precionava seu pescoço com ambas as mãos. Nadia se debatia, tentando libertar-se, porém continuava provocando Antonia:
-Eu sou a dona do coração dela sua idiota...vc sabe disso...ela nunca me esqueçeu...-Antonia a fusilava com os olhos.
Porém entes que ela fizesse algo mais grave eu a interrompi dizendo:
-Antonia!- Ela então voltou-se pra mim, porem suas mãos continuavam firmes ao redor do pescoço da outra:-Solte-a por favor, não vale a pena. Não ve que ela está totalmente chapada?!
Antonia a encarou novamente, e esta ria um sorriso débil. Pupilas dilatadas. Só então pude perçeber que Antonia tornava-se novamente uma mulher racional. Soltou Nadia, que partiu pra cima dela novamente. Habilmente e sem muita dificuldade Antonia novamente a imobilizou, segurando seus braços atrás das costas. E foi a empurrando pra fora da casa:
-Desapareça daqui e não volte mais. Ou não só acabarei com sua vida pessoal, como tbém com sua vida profissional, entendeu bem?
Antonia atirou-a dentro do carro de Nadia e disse em tom de ameaça:
-Dirija! E pense bem no que te falei. Não pague pra ver como sou capaz de tornar sua vida um verdadeiro inferno.-Eu estava na varanda e assistia a tudo, e vi a expressão de surpresa no rosto de Nadia.
Então ela ligou o carro e saiu ascelerando.
Fiquei olhando Antonia voltar pra casa lentamente. Seus cabelos em desalinho, transpirava muito, ela aproximou-se de mim e nos olhamos por alguns instantes. Fiquei já na espectativa. Sabia o que estaria por vir. Ela com certeza iria imaginar que eu talvez houvesse provocada Nadia com aquela roupa. Ou até mesmo perçebesse que eu não era a pessoa certa pra ela afinal, Antonia com certeza não estava habituada a sair no tapa com outra pessoa. E tudo aquilo havia ocorrido por minha causa.
Enquanto ela me olhava eu sentia meu coração ascelerado, na espectativa do inevitável.
Entretanto, para minha total surpresa, Antonia veio em minha direção e envolveu meu corpo no seu num abraço terno e cheio de carinho. Eu quis apertá-la contra mim, no entanto as dores no braço esquerdo não me permitiam. Ela afagava meus cabelos e sussurrava em meu ouvido:
-Esta tudo bem querida. Fique calma, seu corpo está tremulo.
-Não estou assim pelo que aconteçeu. Estou assim pq te amo.
Ela então me olhou intensamente, tocando meu rosto delicadamente:
-Clara, vamos entrar, quero falar com vc. Mais antes vamos cuidar do seus ferimentos.

Mesmo eu tentando convençe-la de que meu braço já não doía tanto, Antonia providenciou por telefone, um médico aquela hora para me examinar em casa.
Dr Cláudio, muito atencioso e gentil, rapidamente chegou e me examinou. Antes porém Antonia havia me deitado sobre a cama e me coberto com lensões até o pescoço deixando apenas meu braço a mostra:
-Pronto. Assim ele não irá ter a visão do corpo de uma deusa usando roupas íntimas.
Eu ri do cuidado e ciúme da outra. E a presenteei com um gostoso beijo, antes do Dr etrar no quarto.
-E então dr? -Perguntou ela preocupada ao final do exame do médico.
-Não foi nada sério. Não quebrou nada, do contrário estaria inchado e ela sentiria muita dor quando eu toquei seu braço. Mais vou preescrever um remédinho pra aliviar a dor. Creio que amanhã ela se sentirá melhor, se tomar esse remédio ainda hoje.
-Ok. Vou providenciar isso agora mesmo.- Então ela pegou seu celular e ligou pra uma farmácia. Falava com tal autoridade ao telefone que surpreendeu o médico, que apenas sorriu ao ver minha espressão divertida:
-Ela é assim mesmo doutor. Estou acostumada.

**************

Naquela noite dormimos abraçadinhas, Antonia me afagou os acabelos até que eu dormisse.
Acordei sentindo o calor gostoso do sol da manhã em meu corpo. As janelas estavam abertas. Movi-me na cama a procura do corpo macio de Antonia, mais ela não estava.
Realmente, assim como o médico havia dito, eu já não sentia muita dor no braço. Mais meu corpo todo ainda estava muito tenso.
Sentei-me na cama e só então vi Antonia recostada na porta segurando uma bandeja com o café da manhã:
-Bom dia menina.-Disse ela aproximando-se.-Ela depositou a bandeja em meu colo. Eu estava surpresa.
-Deus! Acho que ontem eu morri. Estou num mundo das coisas impossíveis?!
-O que foi? Acha que não sou capáz de preparar um café pra uma moça em repouso?
Estendi meus braços e a enlaçei pelo pescoço. Beijando-a apaixonadamente.
Após tomarmos o café, ou melhor, tentarmos tomar, ambas chegamos a conclusão de que Antonia e cozinha não combinavam. As torradas estavam queimadas, o suco de laranja exageradamente doce. Comemos as frutas rindo muito da situação:
-Ok, ok. Da próxima vez pedirei o café por telefone.-Disse ela enquanto retirava a bandeja e a colocava na mezinha de canto.
-Imagina, eu adorei!-Disse eu tentando conter o riso:- Mais mesmo assim eu prometo que te darei algumas aulinhas de culinária certo?! Ou melhor, vamos pedir isso a dona Mara, minha mãe vai nos salvar.
Antonia voltou pra cama e me abraçou carinhosamente. Pareçia que seus pensamentos estavam em outro lugar:
-Clara, ontém eu disse que precisavamos conversar, lembra-se?
Meu coração novamente gelou. Fiquei na espectativa, apenas acenei um sim com a cabeça.
-Pois bem. Tenho algo muito...muito sério e delicado pra tratar contigo.
-Diga. Estou ouvindo.- Fiquei olhando-a tentando adivinhar o que viria asseguir, mais nada vinha a minha mente.
-Bem, eu queria ser mais direta mas...É difícil, então vou fazer do jeito mais demorado.- "Meu Deus, ela vai dizer adeus".Pareçia até que eu podia ouvir as batidas descompassadas do meu próprio coração.
Ela então segurou minhas mãos:
-Clara, lembra-se de quando nos conheçemos? Sabe que me lembro daquele dia como se fosse ontém. Eu lá da escada vendo-a falar e mover-se como uma menina enquanto falava com Maria, naquele rabo de cavalo e roupinhas de física. Uma moleca!-Ela sorriu e me olhou. Fiquei em silencio.- Acho que me apaixonei por vc naquele momento.
Fui tão agreçiva com vc por tanto tempo não é mesmo?-Eu já sentia meus olhos úmidos.
Lutei com todas as minha forças pra não sentir o que eu já sentia, e o pior, eu lutava para ter o controle do que sentia.
Mais eu perdi e perdi feio. E sabe quando eu me dei conta de que havia ultrapassado os limites da paixão?!
Sussurrei um não quase inaldível. Ela estava tão emocionada quanto eu seus olhos estavam marejados:
-Quando eu vim atrás de vc. Quando a vi naquele boite, quando conversamos e principalmente quando discutimos naquela praia e vc...vc disse que me amava e eu me declarei apaixonada por vc. Mais sabe, naquele dia eu menti.
-Mentiu? Como assim, vc não está...-Eu não estava conseguindo controlar a angustia. Antonia então me interrompeu:
-Shiu. Deixe-me terminar ou...perco a coragem.-Ela tocou meu rosto e eu perçebi que seu dedo tocava em uma lagrima que rolava em meu rosto.
-Ultapassei os limites da paixão naquele dia pq ali, eu descobri que tbém amava vc. Amo vc Clara, como jamais, jamais pensei que algum dia fosse capaz.
Pareçia que meu coração havia parado de bater naquele momento, tamanha era minha emoção.
Eu não sabia o que dizer. Mais não foram precisas as palavras. Antonia segurou meu rosto entre as mãos e declarou novmanete:
-Eu te amo menina. -Então ela be beijos apaixonadamente e eu sentia o sal de nossas lágrimas misturarem-se a nosso beijo. Não conseguia controlar as lagrimas de alegria emoção.
E entre os beijos eu a ouvi dizer;
-Quero que venha morar comigo. Quero que seja minha mulher. Aceite por favor Clara. Sei que tem sua família e seus negócios aqui mais...
-Aceito, aceito, aceito.-Disse eu emoçionada.-Faço tudo por vc, tbém não conseguiria mais viver longe de vc meu amor. Aceito ser sua mulher. Amo vc. Quanto ao resto, bem, daremos um jeito.
Não couberam mais palavras, nossos beijos celavam nosso compormisso que seria eterno.
Nos beijavamos incessantemente. Até que os beijos tornaram-se mais e mais intensos e então nos amamos.
Os corpos se entregaram sem rezervas, sem limites e eu me vi no céu, totalmente intregue a única pessoa com a qual eu queria passar o resto dos meus dias.

Em poucos dias passei oficialmente meus poderes sobre a academia para Alice. Ela apesar de feliz com isso não disfarçou a tristeza no momento da despedida. Assim como minha família e principalmente Mara, que chorou muito no momento da despedida.
-Até mesmo Barth e Meg irão contigo! Sinto que desta vez vai demorar pra nos vermos novamente não é mesmo filha?-Disse ela chorando.
-Pormeto vir visitá-la sempre mãe.-Comentei enquanto a abraçava fortememte.
-E vc ira pra Portugal seguidamente sra Mara, pode ter certeza de que mandarei busca-la sempre que essa moça aqui me pedir.-Disse Antonia sorridente.
E assim, sem pensar duas veses já estava de malas prontas para uma nova e feliz etapa em minha vida.


******************


-Acha que ela irá gostar de mim?- Perguntei angustiada. Estávamos adentrando os portões das propriedades da família Candido, no litoral de Lisboa. Antonia dirigia o carro divertindo-se com meu nervosismo.
-Não. Ela dirá que vc é uma garota muito levada e te dará muitas palmadas ao se deparar com a garota que me reduziu a uma mulherzinha chorona.-Disse ela risonha.
-Mãe! Não assuste minha madrastinha querida, não ve que ela esta nervosa?-Recriminou Pietra que estava sentada no bando de trás. Mais tbém se divertia com tudo aquilo.
-Deixa ela Pietra. Sei como me vingar dela depois.-Então voltei-me para Antonia.-Sabe não é?
-Qualquer coisa, menos abstinência, por favor!
Pietra imediatamente protestou:
-Por favor digo eu mãe! Poupe-me das intimidades de vcs!
Todas rimos do comentário de Pietra.

Entramos na imensa mansão de mãos dadas. Pietra observava a tudo extasiada, pareçia não acreditar no que via.
Então surgiu na sala de estar uma senhora bem velhinha e cabelos brancos, num rosto que apesar das marcas profundas da idade era pura delicadeza meiguiçe. Seus olhos eram os mesmos de Antonia e Pietra, azuis como o mar.
Ela ao nos ver parou e ficou nos olhando por alguns instantes. Olhou diretamente para mim e depois para nossas mãos intrelaçadas. Eu imediatamente quis soltar a mão de Antonia, porém esta segurou-me ainda mais firmemente. Pietra ficou atrás de nós.
A senhora então bem lentamente caminhou em nossa direção. Suas roupas esvoassantes e muito sofisticadas demonstravam seu bom gosto.
-Enfim tenho a honra de conheçe-la, Clara. -Disse ela no seu sotaque Portugues. Então segurou minhas mãos e continuou:-Seja bem vinda a sua casa, querida, e trate de fazer minha neta feliz, ou terá problemas comigo.
-Pode deixar. Prometo que a farei a mulher mais feliz do mundo.
Antonia então voltou-se pra mim e sorrindo falou:
-Vc já me faz a mulher mais feliz do mundo menina. E vou retribuir isso todos os dias da minha vida, eu prometo isso aqui diante de minha filha e minha avó!
Pietra que até então assistia a tudo, falou em alto e bom som:
-Então eu as declaro casadas! Pode beijar a noiva mãe.
Mesmo rindo da brincadeira da outra, não resistimos e selamos a união consedida pela matriarca da família, com um doce e terno beijo. Sob os olhares e aplausos das duas mulheres que apartir daquele momento passariam a ser parte de minha familia.
O beijo tbém selava a promessa de que ficariamos juntas e seriamos felizes para sempre. Enquanto o amor durasse.

FIM.

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